quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Crítica: Horizonte Profundo - Desastre no Golfo (Deepwater Horizon) . 2016


Mais um pedaço de história americana, aqui contado neste filme de Peter Berg (Hancock, Battleship, Lone Survivor) que nos leva até um dos maiores acidentes ambientais da história americana, onde da explosão de uma petrolífera resultaram muitos feridos, 11 homens perderam a vida e muitos outros ficaram feridos. Quanto vale a vida humana? Este também é definitivamente um projecto com a intenção de mostrar o quanto a vida humana pode ser posta em causa, em troca de um dos bens mais valiosos do planeta Terra.

Horizonte Profundo conta a história trágica da plataforma petrolífera Deepwater Horizon que a 20 de Abril de 2010 explodiu no Golfo do México, nos Estados Unidos. Apesar de pertencer à Transocean (empresa da indústria petrolífera que presta serviços de perfuração marítima por todo o mundo), a plataforma estava a ser operada pela BP, que ignorou alguns sinais preocupantes, que mais tarde levaram a várias explosões que resultaram no derramamento de petróleo ao longo de 60 km. Aqui seguimos o decorrer dos acontecimentos durante esse dia até ao resgate dos 126 trabalhadores a bordo, acompanhando um pouco das funções de alguns dos trabalhadores petrolíferos interpretados por Mark Walhberg, Gina Rodriguez, Kurt Russell entre outros. Este evento foi considerado o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Crítica: Os Sete Magníficos (The Magnificent Seven) . 2016


Mais um remake. Na realidade, um remake do remake. Em 1960, John Sturges realizava o famoso clássico The Magnificent Seven, que na realidade era uma obra ao estilo western baseada no filme japonês de 1954 Seven Samurai, de Akira Kurosawa. Aqui estamos perante uma versão, não contemporânea, mas definitivamente avançada com toda a ajuda que os tempos de hoje podem fornecer. Os Sete Magníficos é apenas uma versão criada para atrair novos públicos, centrado no entretenimento, que não satisfará os fãs do velho oeste. 

Após a Guerra Civil, os habitantes de uma cidade mineira com o nome de Rose Creek, vivem aterrorizados pelo instável e temível barão Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard), que pretende ficar com todos os seus terrenos. Bogue dá três semanas, para que todos abandonem o local ou haverão consequências graves. Decididos a lutar pelo que é seu, dois dos aldeões (Haley Bennet e Luke Grimes) partem para a vila mais próxima para pedir ajuda a um grupo de sete pistoleiros fora-da-lei (Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Vicent D'Onofrio, Byung-hun Lee, Manuel Garcia-Rulfo e Martin Sensmeier) com habilidades singulares que estão dispostos a proteger e preparar todos os habitantes para o confronto violento com Bogue e os seus homens.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Crítica: Snowden . 2016


Para além do seu reconhecido trabalho em Hollywood, Oliver Stone é bem conhecido pelas suas visões politicas. Snowden seria algo para se esperar com bastante curiosidade, visto tratar-se de um caso de controverso na politica norte americana, que continua a levantar questões no que toca ao quanto a privacidade é preservada.

Aqui seguimos os acontecimentos e motivações que levaram Edward Snowden (Joseph Gordon-Levitt), um analista americano especializado em computadores a querer alistar-se no exército, vindo mais tarde a ser contratado pela CIA (Agência de Inteligência Central) e depois mais tarde pela NSA (Agência de Segurança Nacional) a serviço da empresa tecnológica Dell. Cada um desses momentos mais marcantes, são intercalados com as horas antes do escândalo ser divulgado, quando Snowden resolve revelar informação classificada sobre os programas de vigilância global dos EUA a um grupo de jornalistas do The Guardian (interpretados por Melissa Leo, Zachary Quinto e Tom Wilkinson), o que posteriormente levou ao seu asilo na Rússia onde permanece até hoje, acusado de traição e crimes de estado. Mas o que é afinal Snowden, um herói ou um traidor?

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Crítica: O Bebé de Bridget Jones (Bridget Jones's Baby) . 2016


Passaram 12 anos desde a última aparição de Bridget Jones no grande ecrã. Em 2001, O Diário de Briget Jones destacou-se deixando a sua marca no género da comédia romântica, mostrando provas de ter sido claramente influenciado pelo clássico de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, dando-lhe um toque moderno e fresco, que posteriormente também influenciou outros, centrando-se na versão honesta e feminina, da vida de uma solteirona na casa dos 30. A notícia de um terceiro filme na franquia, deixou um certo cepticismo no ar, especialmente depois de O Novo Diário de Bridget Jones em 2004, não tão brilhante e bem construído quanto o primeiro. A verdade, é que este O Bebé de Bridget Jones surpreende da melhor maneira, fazendo-nos lembrar a razão pela qual Bridget encantou o mundo pela primeira vez.

Bridget Jones (Renée Zellweger) tem agora 43 anos, e parece ter voltado à estaca zero no que toca ao amor. Agora com uma carreira profissional estável e respeitada no mundo da televisão, Bridget sente-se novamente incompleta no campo sentimental, depois de ter terminado à cinco anos o namoro com Mark Darcy (Colin Firth) o amor da sua vida. A idade começa a despertar em si novos objectivos e motivações, mas Bridget continua a ser fiel a si própria, e à sua maneira extrovertida de ser. Desesperada por um pouco de mais acção, deixa-se cair nos encantos de Jack (Patrick Dempsey) um completo desconhecido com quem tem um caso durante um festival de música. Passado uns dias, ao encontrar Mark, a velha chama entre os dois acende e isto tudo resulta numa noite de paixão. Bridget encontra-se agora numa situação complicada, quando descobre que está gravida mas não tem a certeza, qual deles é o pai.

Crítica: Milagre no Rio Hudson (Sully) . 2016


Clint Eastwood resolveu transportar para o cinema, mais um feito americano. Milagre no Rio Hudson é baseado numa inacreditável e aterradora história verídica que ocorreu durante aproximadamente 3 minutos. Transformar isso num filme de 1 hora e 50 minutos não seria tarefa fácil, e a verdade é que se revela numa experiência que sabe a pouco.

Chesley "Sully" Sullenberger (Tom Hanks), um piloto veterano da US Airlines, ficou marcado na história da aviação como o herói que miraculosamente conseguiu aterrar o voo 1549 no meio do Rio Hudson, devido à perda de ambos os motores depois um percurso de apenas cerca de 3 minutos. Horas após o incidente, e mesmo tendo retirado com sucesso os 155 passageiros a bordo, Sully e o co-piloto Jeff Skiles (Aaron Eckhart) viam-se interrogados pela National Transportation Safety Board (organização que investiga acidentes de aviação civis, entre outros, nos EUA), que sugeriam que ambos teriam posto em causa as vidas dos tripulantes, tomando a decisão precipitada de aterrar no rio, ao invés de voltar para o aeroporto de LaGuardia de onde tinham descolado. Sully veria agora a sua vida exposta na imprensa, sendo considerado pelo país como um herói, mas sofrendo uma grande pressão psicológica por parte do inquérito interno que apontava para que fosse erro humano e não da capacidade que os motores teriam para regressar em segurança.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Crítica: Personal Shopper . 2016


Depois de Clouds of Sils Maria em 2014, Olivier Assayas volta a formar dupla com Kristen Swewart, desta vez para uma história sobrenatural. Dentro do bizarro, mas sem dúvida cativante, Personal Shopper, aparentemente assustador, quer ser muito mais que isso, lidando com questões do oculto, mas acima de tudo demonstrando uma busca pelo conforto emocional durante o luto.

Maureen (Kristen Stewart) é uma jovem americana a viver em Paris. Aparentemente tem um trabalho de sonho, bem pago como personal shopper (para quem não sabe, um especialista em compras, que ajuda o cliente a escolher o que vestir em determinadas ocasiões) de uma celebridade. Mas a razão pela qual se encontra a residir em Paris, vai para além do profissional, pois Maureen tem a capacidade de comunicar com espíritos, e espera um sinal do seu irmão gémeo Lewis, que faleceu recentemente em Paris. Depois de uma forte aparição, numa propriedade em que o irmão trabalhava antes de partir, Maureen começa a receber mensagens de um número desconhecido, mensagens essas que começam a interferir com o seu dia-a-dia.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Crítica: Kubo e as Duas Cordas (Kubo and the Two Strings) . 2016


A Laika Entertainment é bem conhecida pelas suas animações stop-motion que primam sempre por tentar criar o melhor que se faz no género da animação. Com história interessantes e um lado mais sombrio e relevante associado a elas, chega agora Kubo e as Duas Cordas, depois de surpresas como Coraline (2009), ParaNorman (2012) e The Boxtrolls (2014), todos grandes obras que recomendo.

No Japão, um pequeno rapaz com um só olho, chamado Kubo (Art Parkinson) vive com a mãe Sariatu (Charlize Theron), notoriamente frágil e debilitada, no topo de uma montanha. Todos os dias, Kubo dirige-se à aldeia mais próxima para contar histórias, onde magicamente consegue manipular através da música do seu pequeno sangen (instrumento de cordas tipicamente japonês) pedaços de papel, formando origamis que vão ilustrando os seus contos e alegrando todos os que se juntam para o ouvir. Todas as suas histórias estão centradas nas aventuras de um bravo samurai, Hanzo, o seu falecido pai. A cada por-do-sol, Kubo têm obrigatoriamente de regressar para junto da sua mãe, correndo o risco de ser encontrado ao anoitecer pelas suas tias (Rooney Mara) e pelo avó, Moon King (Ralph Fiennes) arriscando-se a perder o seu único olho, visto que o outro lhe foi retirado por eles ainda em bebé. Kubo viverá uma grande aventura, tradicionalmente japonesa e cheia de magia, onde mais tarde se juntam a ele o seu amuleto da sorte (uma peculiar macaca) e um guerreiro com a forma de uma carocha (Matthew McConaughey).

sábado, 3 de setembro de 2016

Crítica: O Demónio de Neon (The Neon Demon) . 2016


Há quem goste, há quem odeie. O trabalho de Nicolas Winding Refn está longe de agradar a largas audiências e a verdade é que isso faz com que se destaque. O seu mais recente trabalho anda finalmente pelas nossas salas, é suficientemente apelativo e de tema controverso.

Aqui seguimos Jesse (Elle Fanning), uma aspirante a modelo a viver em Los Angeles, cuja a beleza é tal que provoca as mais variadas emoções naqueles que com ela se cruzam. Quando Jesse conhece a maquilhadora Ruby (Jena Malone) e as colegas modelos Sarah (Abbey Lee) e Gigi (Bella Heathcote) acredita que conseguirá sobreviver sem grandes problemas nesse mundo novo. Mas assim que consegue um importante contracto  com uma grande agência de moda, as coisas começam a mudar. O fascínio pela jovem, começa a tornar-se numa ameaça para outras, o que faz com que se comece a gerar uma certa tensão entre todas assim como inveja e ambição, mais tarde fazendo com que Jesse adquira excesso de auto-confiança, acabando por correr perigosos riscos.