quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

my (re)view: 1917 . 2019

Imagem via variety.com
Podemos sentir emoção em várias situações ou várias experiências na vida, mas podem ser tão boas as emoções reais, como aquelas que chegam até nós das mais variadas maneiras. 1917 é um todo de emoção. Uns queixam-se que há pouco sangue, outros que não demonstra a crueldade da guerra, mas se há obra difícil de concretizar com exito é um drama de guerra épico em plano sequencial - ou neste caso editado de forma brilhante para parecer isso mesmo! - que emociona a cada minuto. 1917, oitavo filme de Sam Mendes é uma homenagem ao seu avó e as memórias que trouxe da Primeira Grande Guerra, o trabalho mais pessoal do realizador britânico que já nos presenteou com outros grandes filmes como Jarhead (2005) ou Revolutionary Road (2008), desta vez eleva imenso a fasquia do que em qualquer dos seus outros filmes. Sendo este um filme bastante pessoal para Mendes, nota-se a paixão que colocou nele, com uma qualidade técnica de se tirar o chapéu, ainda mais quando o desafio era fazê-lo dando uma sensação presencial em tempo real acompanhando uma jornada dolorosa. Dá-nos uma sensação constante de ansiedade e emoção, seguindo os dois personagens principais, sentindo que estamos com eles durante todo aquele percurso. A premissa é bastante simples, mas muito eficaz e por vezes não são precisas histórias complexas para um filme nos encher as medidas. A mestria do cinematografo Roger Deakins faz com que tudo seja ainda mais belo, onde imagens valem mais que palavras. Um dos melhores filmes a nível técnico que já vimos nos últimos anos, talvez dos mais bem concretizados da década.

Classificação final: 5/5.