tag:blogger.com,1999:blog-55108620488771473912024-03-05T11:00:17.498+00:00"May the CINEMA be with you..."Opinião sobre filmes e séries que vejo.Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.comBlogger663125tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-36822917205942291912021-01-19T18:31:00.003+00:002021-01-19T18:31:36.385+00:00my (re)view: Pieces of a Woman . 2020<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQGeg1F5wYrz79uAHZsKAOsx3IDzbBFBap_Q0YbXOjWYM_M1Et-VIFm38AjepPM6_HSEK-qlx6Y35CuM2tX9zHPwlA1l8OwrJvfIJfRVI0E_NuydkEgOVBL3g7LM3cmwtU-CpI_IQNGlI/s681/pieces-of-a-woman.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="383" data-original-width="681" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQGeg1F5wYrz79uAHZsKAOsx3IDzbBFBap_Q0YbXOjWYM_M1Et-VIFm38AjepPM6_HSEK-qlx6Y35CuM2tX9zHPwlA1l8OwrJvfIJfRVI0E_NuydkEgOVBL3g7LM3cmwtU-CpI_IQNGlI/w640-h360/pieces-of-a-woman.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://deadline.com">deadline.com</a></td></tr></tbody></table><br /><p></p><div style="text-align: justify;">Assim que <i>Pieces of a Woman</i> começa conhecemos brevemente Martha (<i>Vanessa Kirby</i>) e Sean (<i>Shia LaBeouf</i>) futuros pais prestes a dar o grande passo de constituir família. Logo de seguida estamos perante um magnifico plano sequencial de mais de vinte minutos, belissimamente coreografado e desempenhado, que é provavelmente dos momentos mais desesperantes e cheios de tensão que já vi num filme. Um parto feito em casa, que corre mal e pelo meio de muita dor, muito desconforto e a cima de tudo muita expectativa do desconhecido a tragédia ocorre. Martha e Sean perdem a sua filha poucos minutos depois de ter nascido. Depois de todo o sufoco que vivemos desesperadamente ao lado dos protagonistas, começamos a viver com eles o luto. <i>Vanessa Kirby</i> tem aqui talvez a melhor performance da sua carreira até agora, demonstrando todo o sofrimento e angústia de uma mulher que perdeu um filho e do sentimento de culpa pela decisão que tomou quanto à forma que escolheu ter a sua bebé. Este é o seu filme. Acompanhamos também todo o drama familiar paralelo e de como é fácil as coisas se demoronarem se não existirem alicerces fortes num relacionamento. Penso que o facto do filme ser bem sucedido se deve as óptimas interpretações de todo o elenco assim como a forma como o realizador <i>Kornél Mundruczó</i> optou por o filmar, dando uma prespectiva bastante intimista de todos os momentos como se também nós estivessemos lá. O filme foi baseado na experiencia pessoal do realizador e da sua mulher <i>Kata Wéber</i>, que escreve o argumento do mesmo, pois ambos passaram por uma experiência parecida. Talvez por isso mesmo, <i>Pieces of a Woman</i> seja tão forte e tão intimo que nos toca a todos. Fica no final uma mensagem de esperança que nos cabe a nós interpretar. Nem tudo o que é mau dura para sempre e todos nós temos forças não propriamente para superar a dor e a perda, mas para saber lidar melhor com ela ao longo das nossas vidas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 4,5/5 estrelas.</b></div>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-7533555967920126692021-01-14T16:39:00.004+00:002021-01-14T16:40:29.047+00:00my (re)view: Ma Rainey's Black Bottom . 2020<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggltygl9yYnZjcpvAdSzrnOM2mVwsFz5t1i9cIMwPu9T0kao-OiHWC1DptOOURDxNEc0z1koeoG6m5ILw7zAXmi5Zy1EzcWEIfaWGyM8p0wYAPdOLDGnMBGtue_dissfKRr1Aew4FHZvQ/s923/ma-rainey.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="519" data-original-width="923" height="347" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggltygl9yYnZjcpvAdSzrnOM2mVwsFz5t1i9cIMwPu9T0kao-OiHWC1DptOOURDxNEc0z1koeoG6m5ILw7zAXmi5Zy1EzcWEIfaWGyM8p0wYAPdOLDGnMBGtue_dissfKRr1Aew4FHZvQ/w640-h347/ma-rainey.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://variety.com">variety.com</a></td></tr></tbody></table><br /><p></p><div style="text-align: justify;"><i>Ma Rainey's Black Bottom</i> poderá não ser o filme mais apelativo do mundo para muitos, mas certamente é dos melhores filmes do ano que passou. Para além de ser uma excelente demonstração do que era o mundo do blues na época também nos dá a conhecer mais um pouco do que a comunidade afro-americana passava artisticamente e socialmente naqueles tempos. Esta é a última performance de <i>Chadwick Boseman</i> que o ano passado nos deixou. E tão cedo que foi. A sua interpretação é magistral, algo pela qual espero que tenha o devido reconhecimento apesar de já não estar entre nós. O seu retrato é o de Levee, um trompetista ambicioso e bem falante que pretende medir forças com a carismática "mãe do blues" Ma Rainey também belissimamente interpretada por <i>Viola Davis</i> que já nos habituou aos grandes papeis. <i>Boseman</i> deixa qualquer um arrebatado com uma assombrosa performance que marca bastante este filme e aquilo que pretende transmitir quando contrasta o que é querer ser respeitado no mundo músical e problemas sociais da comunidade afro-americana. O filme é baseado na peça de teatro de 1982 escrita por <i>August Wilson </i>com o mesmo nome e essa inspiração está bem vincada a nível cinematografico. Apesar dos cenários muito limitados, isso não importa nada e fica aqui o exemplo de que com pouco se faz muito. Ritmo perfeito e duração perfeita com presenças muito importantes no ecrã e argumento poderoso abordando vários temas importantes. Tudo impecável à excepção do pesar que fica quando chegamos ao final e sabemos que <i>Chadwick Boseman</i> não voltará a poder fazer papeis releventes como este, no seu melhor. Rip.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 4,5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-55860335002878614222021-01-05T18:43:00.002+00:002021-01-05T18:43:37.434+00:00my (re)view: The Midnight Sky . 2020<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx7Hb_tnNbu6amR_Io88uE_ipILn44mmu3XZoGonVFRYCAw1lL3GbvaAlk0ZPUBG5j2ZKgdIJL8mon0bybVzZ_1rG7syr5dszHUGzQJAM1w59XY-8vMXHrOQEtfd3mwQiX4YkD2YLgEyQ/s1600/The-Midnight-Sky-Teaser.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx7Hb_tnNbu6amR_Io88uE_ipILn44mmu3XZoGonVFRYCAw1lL3GbvaAlk0ZPUBG5j2ZKgdIJL8mon0bybVzZ_1rG7syr5dszHUGzQJAM1w59XY-8vMXHrOQEtfd3mwQiX4YkD2YLgEyQ/w640-h360/The-Midnight-Sky-Teaser.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://universalnews.org">universalnews.org</a></td></tr></tbody></table><br /></p><div style="text-align: justify;"><i>George Clooney</i> volta ao grande ecrã não apenas para estrelar mas também realizar depois de um hiato de três anos. <i>The Midnight Sky</i> é um sci-fi levado a boleia de muitos outros cujo apocalipse aconteceu derivado a alterações climáticas. Estamos em 2049 e o cientista Augustine Lofthouse (<i>Clooney</i>) decidiu ficar sozinho no planeta Terra depois de todos os outros habitantes o terem abandonado. Muito poucos detalhes a cerca do que aconteceu nos são dados e essa é logo uma das minhas primeiras embirrações com o filme. Augustine sabe que uma tripulação espacial está a caminho de casa, não sabendo o que entretanto aconteceu na Terra. Vamos acompanhando em paralelo Augustine e essa mesma tripulação em que o proposito será impedir que os mesmos regressem, abrindo uma possibilidade de humanos habitarem noutros planetas favoraveis, objectivo daquela missão em questão. A nível visual o filme está bastante bem conseguido, as cenas no espaço são ambiciosas e fazem lembrar muito <i>Gravity</i>, inspiração que <i>Clooney</i> pode ter ido buscar ao filme de <i>Alfonso Cuaron</i> em que também entrou. Mas quando falamos de narrativa consegue ser pouco destemido e por vezes até aborrecido. O elenco esforça-se, sentimos a dedicação de Clooney e do resto do elenco nomeadamente <i>Felicity Jones</i> cujo papel se vem a revelar mais significativo e emotivo, mas falta a sensação de realismo talvez pelo facto das pontas soltas serem mais que muitas. Talvez com um argumento mais forte, este poderia ter sido das melhores apostas do ano que passou. Só que não.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 2,5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-85391345615950901202021-01-05T13:23:00.003+00:002021-01-05T13:29:44.380+00:00my (re)view: The Undoing . 2020<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCKP7X9FiFx1pTqs7xjF43nLY6MsFJ3efEeirjSLrtosvPl12vF-dp3zGuhOw-P7_g1KsADTEZ2IUbwGk8PW9PBjtt1a7aYMpvI1Guo8ve50s1a3nBmuDZD3_6EvFBPy83tOSN9aJ8N8M/s800/0015876b-800.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCKP7X9FiFx1pTqs7xjF43nLY6MsFJ3efEeirjSLrtosvPl12vF-dp3zGuhOw-P7_g1KsADTEZ2IUbwGk8PW9PBjtt1a7aYMpvI1Guo8ve50s1a3nBmuDZD3_6EvFBPy83tOSN9aJ8N8M/w640-h360/0015876b-800.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://onyanserat.se">onyanserat.se</a></td></tr></tbody></table><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Todo o <i>hype</i> criado em torno de <i>The Undoing</i> torna-se um despedicio assim que chegamos ao final desta mini-série da HBO de seis episódios e percebemos que afinal podiamos apenas ter-nos ficado pelo primeiro e estava tudo bem. Levada aos ombros pela força dos protagonistas e pelo nome da realizadora a história acaba por não trazer nada de novo nem de surpreendente ao mesmo tempo que cria um suspense completamente desnecessário caminhando até um desfecho desleixado e bastante pobre criativamente. Falhou na surpresa, mas pior que isso, falhou na parte de investigação que poderia ter sido bem mais explorada. Ao invés disso, andamos perdidos no meio do melodrama da dona de casa que foi enganada pelo marido (aparentemente) perfeito. Nicole Kidman e Hugh Grant prometiam-nos imenso e suscitavam a curiosidade nos grandes posters da cidade que nos entravam pelos olhos a dentro vendendo-a como uma "grande série" só pela sua imagem. Considero as performances banais, sem dar grande espaço para os actores brilharem se bem que dos melhores momentos de representação que obtemos são os de Donald Sutherland, que aos 85 anos de idade continua impecável naquilo que faz. Quem mais brilha é sem dúvida ele e mal tem destaque. Esta é mais uma vez a prova que um elenco de estrelas não faz a qualidade de uma história que se releva muito básica e pobre a nível de narrativa. Quando cheguei ao último episódio senti que perdi o meu tempo com algo que me quis enganar o tempo todo, mas que nunca chegou a conseguir. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Classificação final: 2,5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-60414578132320264882020-12-14T20:17:00.001+00:002020-12-14T20:19:55.337+00:00my (re)view: The Affair (2014-2019)<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH126Yk3VxHChrQHYRHSoNrRvI917_HjavtEwZYfU8y-YcQvwU-texPA4ED19rLEB4tBWdsRh598tBP9LHyh6Ez0NzEnCm3GKj1h3MnLPuHaBtp0oTIl8ZAWorkEbbFLXlXoZDVOQKRJs/s970/affair_s3_lockups_horiz_a_4c.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="546" data-original-width="970" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH126Yk3VxHChrQHYRHSoNrRvI917_HjavtEwZYfU8y-YcQvwU-texPA4ED19rLEB4tBWdsRh598tBP9LHyh6Ez0NzEnCm3GKj1h3MnLPuHaBtp0oTIl8ZAWorkEbbFLXlXoZDVOQKRJs/w640-h360/affair_s3_lockups_horiz_a_4c.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://www.observer.com">www.observer.com</a></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Desde o início da sua existência, ouvi e ouvi dizer que <i>The Affair</i> era uma excelente série. Sem qualquer tipo de razão, a verdade é que apesar de me ter despertado interesse, fui sempre adiando a sua visualização. Só sabia que envolvia uma traição (como o próprio nome da série indica) e que se focava nas consequências desse mesmo caso extraconjugal. O que eu não sabia era que a sua estrutura a faria destacar-se de outras já feitas até então e que a qualidade de escrita a faria ser única mostrando-nos que cada um de nós pode interpretar as coisas de maneira diferente, reagir e medir consequências de maneira diferente. Ao longo de todas as temporadas cada episódio está dividido em duas partes, que seguem os mesmos acontecimentos, mas vividos por duas personagens diferentes, explicando a visão de cada uma delas. Ao contrário do que se podia pensar, a repetição não é aborrecida e cada versão trás coisas novas para cima da mesa. Todas as temporadas são mais focadas em Noah (<i>Dominic West</i>) e Alison (<i>Ruth Wilson</i>) os dois personagens que se envolvem e levam de arrasto consigo numa teia de destruição Helen (<i>Maura Tierney</i>) e Cole (<i>Joshua Jackson</i>) que por isso mesmo também merecem o seu destaque, mas sempre vistos como os dados colaterais de todo o envolvimento. Esta é uma série bastante madura, que provavelmente não me teria sido tão interessante e impactante se a tivesse começado a ver uns anos mais cedo. Ela faz-nos perceber que todas as decisões que tomamos acabam por causar impacto nos que nos são mais próximos, quer sejam elas boas ou más. Se num momento estamos do lado de Noah por estar preso a um casamento infeliz e sufocante, estamos do lado de Helen pois nada perdoa uma traição. Se noutro momento estamos do lado de Alison por viver presa a um dor incurável, por outro lado estamos solidários com Cole, pois não deixa de partilhar essa mesma dor. Penso que até à quarta temporada a qualidade da série é bastante consistente e tirando um ou outro episódio mais fraco, pode-se dizer que na sua generalidade nunca desaponta. A última temporada é provavelmente a mais fraca de todas, onde talvez por algum tipo de pressão (existem algumas curiosidades de bastidores que mais tarde li e que possam ter influenciado um final mais apressado) fizeram decrescer a escrita e a tornaram menos consistente e mais previsível e até desleixada. Dispensava algumas das passagens temporais enormes e até ficava feliz se o final fosse deliberadamente aberto. Ficarão para sempre evidentes as interpretações excelentes de todo o elenco, nomeadamente os quatro protagonistas que em especial na temporada quatro, onde nos proporcionam alguns dos momentos mais bonitos e atrevo-me a dizer mais bem interpretados da história do drama em televisão. Chegando ao final deste texto, pensando em tudo aquilo que experienciei aquando da visualização de <i>The Affair</i> penso que terá sido das séries que mais gostei de ver. Sem dúvida fica como uma das minhas favoritas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 4,5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-1135596243418325892020-11-12T14:31:00.001+00:002020-11-12T14:32:22.057+00:00my (re)view: His House . 2020<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6eoCTdnAKMFrcJ_Bx3VqtVwpt5kxbDGAlz546kD9DOOzzMdG6jDbEk5QA1Hvu_EWtZKE1BWoH4hl4OnmBgatlc3mHNczJ78B1dBpV89Hk9w59nQ5tPOW-_oy3wLFNtemQ2LSgmbRcXbA/s2000/his-house-image-sope-dirisu-wunmi-moskau.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="2000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6eoCTdnAKMFrcJ_Bx3VqtVwpt5kxbDGAlz546kD9DOOzzMdG6jDbEk5QA1Hvu_EWtZKE1BWoH4hl4OnmBgatlc3mHNczJ78B1dBpV89Hk9w59nQ5tPOW-_oy3wLFNtemQ2LSgmbRcXbA/w640-h320/his-house-image-sope-dirisu-wunmi-moskau.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://www.empireonline.com">www.empireonline.com</a><br /></td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Sou particularmente esquisita com o género do horror, existindo algum parametros cujos quais sou bastante picuinhas para que fique satisfeita com o resultado. Não são os filmes pelos quais procuro regularmente por novidades, mas pelas sujeitões do catalogo da <i>Netflix</i> a premissa de <i>His House</i> interessou-me particularmente associando-o aparentemente só pelo trailer a algum filme que perturba-se mais a nível psiclogico do que propriamente a nível de sustos e daqueles clichés habituais em que já sabemos sempre quando e como vão acontecer. <i>His House</i> conta a história de um casal de refugiados que fugiu da guerra no Sudão em busca de uma vida melhor no Reino Unido. Ambos estão a ter dificuldades de adaptação à nova vida, mas um mais que outro, estando disposto a enfrentar as consequências de um trauma do passado. As óptimas interpretações de ambos os protagonistas fazem muito pelo sucesso do filme, mas também o ambiente que é criado em torno dos mistérios desta história onde o drama dos refugiados muito presente hoje em dia tem bastante impacto naquilo que o filme pretende transmitir enquanto mensagem. Desafios sociais e psicologicos misturam-se muito bem com os elementos de horror aqui aplicados relacionados com questões tribais e do sobrenatural com uma história sólida e suficientemente perturbadora para mexer connosco. É algo fresco e feito com qualidade suficiente para ficarmos de olhos postos em <i>Remi Weekes</i>, o realizador. Para os que possam ter dúvidas, vale a pena dar uma espreitadela.</p><p style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 4/5 estrelas.</b></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-39939258743876076702020-09-08T23:20:00.002+01:002020-09-08T23:20:21.075+01:00my (re)view: I'm Thinking of Ending Things . 2020<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1368" data-original-width="2048" height="419" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAf5u7ZyedDBIbOKcWjsDpBYyzlSaIaLbl-uTNg1bKPgDwBVu2zLH8r4mWV694pzKihCrmEiv-VkXFC0vwOU_I7vFpmXl61LYo5UM8vn3JND318bEW4sV83Q3c0LnMlCYSPTmylbHvZlA/w625-h419/itoet-unit-00096-r-1599231232.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="625" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://www.cosmopolitan.com">www.cosmopolitan.com</a><br /></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><i>Charlie Kaufman</i> é um dos argumentistas mais interessantes e provocadores da sua era. Mais uma vez, e tendo em conta que esta adaptação do livro <i>I'm Thinking of Ending Things</i> de Iain Reid parte da mente de quem idealizou <i>Being John Malkovich</i> (1999) ou <i>Eternal Sunshine of the Spotless Mind</i> (2004), estamos perante mais uma obra que nos dá muito em que pensar. A história é aparentemente simples, sobre uma mulher que vai com o namorado à quinta onde os pais dele vivem para os conhecer. Para uma premissa tão banal como esta, as coisas tornam-se surreais em pouco tempo. Logo após uma breve introdução que poderia bem ser digna de uma comédia romântica indie, um longo dialogo entre os personagens principais faz-nos perceber um pouco do caminho em que estamos prestes a embarcar. Andamos para trás e para a frente, entre momentos que não percebemos bem se são realidade ou não, com uma imensa vibe de sonho bizarro com algum tipo de conexão com o que estamos a ver, mas que por vezes não se apresenta da forma mais clara e evidente. A magnifica <i>Jessie Buckley</i> interpreta uma mulher que vê alteradas múltiplas vezes ao longo da história vários aspectos sobre a sua vida, até mesmo o seu nome ou as cores da sua roupa, o que nos faz questionar realmente qual o seu papel nesta jornada sobre relações, sobre envelhecer, ser feliz, ser pai, ser filho, sobre sonhar, sobre desilusões e frustrações. <i>Jesse Plemons</i> tem uma performance mais contida, mas nem por isso menos intrigante, sendo bastante mais difícil de descortinar. Há momentos e conversas incríveis, mas que podem não resultar para todos devido à sua invulgar estrutura e complexidade. Eu cá achei que <i>I'm Thinking of Ending Things</i> é um filme desafiante e melancólico, para já o melhor que este também bizarro ano de 2020 nos deu. Um filme que invade a nossa mente de forma intrigante e por vezes até assustadora e que sem sabermos bem porquê mexe de alguma forma com o nosso interior.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 4,5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-7508174295950813842020-09-07T21:18:00.002+01:002020-09-07T21:48:11.737+01:00my (re)view: Tenet . 2020<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img alt="imagem via www.variety.co" border="0" data-original-height="1229" data-original-width="2048" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv6mwJzbXoRioIuGKaWFovSvIJztYtUtHYhmNuc4-uLt_c0YEcaLc4ED07y5Sg05fiohsuTjeTPUhSxJKsbjYITF2Csls7dQTHRhtgcmMWj_CGbuukBkXV1hTf2V64fAQXe7ZY3bW7W0o/w611-h368/ChristopherNolan-TenetMovie-2020.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="611" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://www.variety.com">www.variety.com</a><br /></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Primeiro que tudo e em tempos de pandemia é óptimo poder regressar as salas de cinema com filmes que valem a pena ver no grande ecrã. Se há coisa que <i>Christopher Nolan</i> sabe bem fazer, é um belo espectaculo cinematográfico e <i>Tenet</i> para além da originalidade da sua premissa também proporciona uma grande dose de entretenimento. A complexidade dos temas está sempre inerente às histórias que <i>Nolan</i> escreve e nos apresenta das maneiras mais loucas possíveis. Sim é um filme complexo, às vezes até demais, e não sei se mesmo depois de múltiplas visualizações ficarei totalmente elucidada, mas é isso que <i>Nolan</i> mais gosta de provocar no espectador. Irritante para uns, mas interessante para outros, se pensarmos que quando chegamos ao final são inúmeras as perguntas e os significados que procuramos discutir por algum tempo. A história gira em torno do personagem principal intitulado The Protagonist interpretado por <i>John David Washington</i>, um agente da CIA que se vê preso a uma operação secreta com o nome de Tenet que consiste em prevenir eventos no passado numa lógica de tempo invertido. <i>Robert Pattinson</i> é o seu parceiro de espionagem e acaba por ser o personagem mais interessante e misterioso da trama. Os cenários são espectaculares e tudo é ainda mais fantástico se pensarmos que <i>Nolan</i> nunca recorre à tecnologia para criar as cenas mais desafiantes nos seus filmes, assim como a banda sonora que está freneticamente a condizer com as ocasiões. Achei que o maior problema do filme tenha sido talvez os diálogos, que de por vezes tão preguiçosos fizeram com que os personagens não transparecessem uma conectividade emocional entre si. Sendo este muito mais um filme de emoção/acção e não emoção/sentimento onde não criamos grande afectividade pelos personagens. Mentiria se dissesse que compreendi todos os seus aspectos e não é dos melhores que <i>Christopher Nolan</i> já fez, mas foi sem dúvida mais uma grande experiência.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 3,5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-90896418166004290052020-09-03T14:47:00.009+01:002020-09-07T21:51:48.815+01:00my (re)view: Inception . 2010<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZUvOpODEDvbWez0Mj9lUiGzJax4QpRulj8oo0MeuKbxkljBbR2DAVB7igwxrvDoBYyHWTy4eklDu93SQcPfOrcSWXqKbczVrve7OTXQ51HLHi0_my7gp3KMaWwHFzPEu2hzTq_DdQNmk/s0/13347-1532336916.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://www.imdb.com">www.imdb.com</a><br /></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Neste post em jeito de celebração do aniversário de dez anos de <i>Inception</i> e ainda antes de escrever sobre o próximo filme de <i>Christopher Nolan</i>, <i>Tenet</i>, aqui ficam algumas palavras sobre o meu filme preferido do realizador. Mesmo passados dez anos, <i>Inception</i> continua a ser um dos filmes de ficção-cientifica mais bem conseguidos de todos os tempos. A qualidade de escrita e realização de <i>Christopher Nolan</i>, assim como a banda sonora de Hans Zimmer e as interpretações, resistem ao passar o tempo e nunca desiludem. Vive-se repetidamente esta grandiosa experiência a cada visualização e dez anos após a primeira vez que o vi no cinema, voltei a fazê-lo ainda com mais entusiasmo. Elogiado por uns, muito criticado por outros o trabalho de <i>Nolan</i> marca sempre a diferença, não só pela complexidade com que conta histórias mas também pela originalidade e forma como nos envolve dentro delas. Este conceito de sonho dentro de sonho e daquilo que é realidade ou não faz-nos mergulhar numa roda gigante de paradoxos que suscitam curiosidade, e algumas estranhas teorias. Quer se goste ou não fica-se a falar dos seus filmes cuja imagem muito própria e os parâmetros são cada vez mais fieis a si próprio.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Classificação final: 5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-84431462934906044032020-08-21T17:44:00.001+01:002020-08-21T17:44:22.445+01:00my (re)view: The King of Staten Island . 2020<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH1ZNZCZ1DBTFWVCMm1AO-rGN0wkeF8ky5l5IpvcwgLOgiF7179ZfGA3y4lXhJVrruEWFyh6ilCKzFx4-SCdxkBjrpyBQlcbnvv7KXaVVWxuwDu0ob_DIiHWwnnOEGNbCQIyXkApt-OH0/s1000/Pete-Davidson-Judd-Apatow-The-King-of-Staten-Island.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="1000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH1ZNZCZ1DBTFWVCMm1AO-rGN0wkeF8ky5l5IpvcwgLOgiF7179ZfGA3y4lXhJVrruEWFyh6ilCKzFx4-SCdxkBjrpyBQlcbnvv7KXaVVWxuwDu0ob_DIiHWwnnOEGNbCQIyXkApt-OH0/s640/Pete-Davidson-Judd-Apatow-The-King-of-Staten-Island.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Judd Apatow continua a centrar toda a sua carreira de realizador e argumentista em projectos que são uma mistura entre o humor e experiencias menos boas da vida. É fácil criar empatia com os personagens e nos identificarmos com algumas situações ou não fosse a comédia das melhores coisas para saber levar a vida. O actor Pete Davidson que aqui se juntou a Apatow como co-argumentista, transporta para o personagem principal Scott, à semelhança da sua experiência de vida pessoal a morte do pai, bombeiro, que acidentalmente perdeu a vida num incêndio quando este era criança. Scott não tem interesse nenhum em ser bem sucedido, passa os dias sem fazer nada com os amigos e afoga as suas magoas a fumar erva culpando a morte do pai por tudo o que lhe corre mal na vida. Fazemos o percurso habitual dos filmes de Apatow onde a vida dos personagens não podia estar mais caótica e as suas inseguranças se reflectem em decisões constantemente falhadas. Somos capazes de criar empatia por Scott por mais desleixado e pouco esforçado que seja, mergulhando cada vez mais na inércia que é sua vida. Bem equilibrado entre o divertido e o dramático, com performances muito sólidas arrasta-se um bocado na sua excessiva duração. Perde-se talvez demasiado tempo com a teimosia de Scott quando já percebemos qual é a intenção, mas ao chegar ao final chegamos a um lugar que aquece o coração e que podemos classificar de satisfatória como feel-good movie sem pretensiosismos cujo sorriso no rosto e a esperança que dias melhores estão para vir. Um bocado bem passado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Classifiação final: 3,5/5 estrelas.</b></div><p></p>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-50629533582778997372020-07-16T16:23:00.001+01:002020-07-16T16:24:12.308+01:00my (re)view: Snowpiercer (season 1 - 2020)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVVfKruZJzJc2WC0xUVJX5A_tnIYV4saQnEf2iQ5zye_yzp2mrJ_CsXC44y0bKQf-b2PSK2-GZcFHpPZc4ChKsu_Ql3P9vSDxcYCa-I2WRvFTbz_Y3vZS1ZYiCbZlSyWJm-HiMETLtzhg/s1800/snowpiercerC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1800" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVVfKruZJzJc2WC0xUVJX5A_tnIYV4saQnEf2iQ5zye_yzp2mrJ_CsXC44y0bKQf-b2PSK2-GZcFHpPZc4ChKsu_Ql3P9vSDxcYCa-I2WRvFTbz_Y3vZS1ZYiCbZlSyWJm-HiMETLtzhg/w625-h416/snowpiercerC.jpg" width="625" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://www.rollingstone.com">www.rollingstone.com</a><br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />Em 2013 o filme <i>Snowpierce</i>r de <i>Bong Joon-ho</i> capturou as atenções de Hollywood, no entanto foi apenas o ano passado que com <i>Parasitas</i>, <i>Joon-ho</i> surpreendentemente superou todas as expectativas para um filme coreano. A verdade é que a qualidade dos seus trabalhos e o sucesso dos seus filmes desde que o mundo começou a olhar para si de maneira diferente é agora evidente. Baseado na série de graphic novels franceses mas acima de tudo no filme de <i>Jonn-ho</i>, este novo <i>Snowpiercer</i> da Netflix tem a mesma premissa de apocalipse gelado onde os unicos sobreviventes no mundo estão dentro de um comboio com 1001 carruagens onde os passageiros estão distribuidos por classes e a igualdade é coisa que continua extinta da pouca Humanidade que sobrou no gelado planeta Terra. Enquanto no filme estamos mais focados na perspectiva dos membros da classe mais baixa do comboio e nos desenvolvimentos da revolução levada a cabo por eles na busca por igualdade social, nesta série apesar da premissa ser igual vamos saltitando entre carruagens e acompanhando momentos de todo o tipo de personagens e o factor surpresa não tem o mesmo impacto. O facto de irmos descobrindo no filme os detalhes ao mesmo tempo que os personagens torna tudo mais emocionante, na série isso é descortinado cada vez mais rapidamente a cada episódio que passa. A metáfora sobre o capitalismo e desigualdade social, não tem a mesma força e passam a ser o relacionamento entre personagens o foco principal. <i>Daveed Diggs</i> e <i>Jennifer Connelly</i> são quem faz com que este comboio não descarrilhe, <i>Alison Wright</i> ajuda mas passamos a temporada toda com escrita básica e nada de novo. A segunda temporada está confirmada e o último episódio deixa algum pano para mangas, mas o vilumbre de melhoria dos seus aspectos não fica definido. Até lá irei pensar se valerá embarcar na próxima carruagem ou não.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Classificação final: 3/5 estrelas.</b></div>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-2522707375944552132020-06-17T17:20:00.002+01:002020-06-17T17:43:16.838+01:00my (re)view: Da 5 Bloods . 2020<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwNTxI_1U3MI4Tp9C1lGQS8_f3vHk_D751SjdPnv-jahXa-JYgetsKSOXL6usaUnSLEcQoGZ_EspQnb13MghfNF2U7tjmt5L8d8m6N3wBZntxPBKt-5MVhCSMV1aNiCAyV75ta5nUXMk4/s2500/200612-da-5-bloods-1128_583aa9bc99df786adfba4979f13d0761.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1352" data-original-width="2500" height="338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwNTxI_1U3MI4Tp9C1lGQS8_f3vHk_D751SjdPnv-jahXa-JYgetsKSOXL6usaUnSLEcQoGZ_EspQnb13MghfNF2U7tjmt5L8d8m6N3wBZntxPBKt-5MVhCSMV1aNiCAyV75ta5nUXMk4/w625-h338/200612-da-5-bloods-1128_583aa9bc99df786adfba4979f13d0761.jpg" width="625" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Spike Lee não poderia ter lançado filme o seu novo filme em melhor altura. Com o movimento Black Lives Matter em força pelo mundo na luta pelas questões raciais e de direitos civis, este drama de guerra sobre um grupo de amigos negros que lutaram na guerra do Vietnam é mais uma visão sobre os traumas de guerra nomeadamente na comunidade afro-americana que seria das primeiras a ser enviada para a linha da frente sem grandes hipoteses de escolha. Um grupo de quatro amigos, regressa ao Vietnam para recolher os restos mortais do amigo que acabou por morrer durante a guerra mas também para recuperar um tesouro por lá perdido. Poderá parecer ao inicio um filme muito mais light do que se vem a revelar com o desenrolar da trama, onde a amizade destes veteranos é posta a prova quando começam a acontecer alguns incidentes pelo caminho. Delroy Lindo é quem tem a performance de maior destaque neste filme, mostrando um homem complicado e marcado pelos fantasmas da guerra cujos sonhos foram destruidos logo em tenra idade. Spike Lee usa e abusa da mensagem politica que sempre pretendeu mostrar nos seus filmes, remetendo-as sempre para as questões de direitos civis na america pois a verdade é que poucas vezes cinematograficamente se mostrou o lado dos negros nesta parte da história americana. As escolhas artisticas de Spike Lee são sempre interessantes, onde supostas imagens reais do passado têm o devido significado e a moral da história é uma mistura de beleza e caos que a própria guerra inflinge em todos aqueles que a enfrentam. Depois do grandioso BlacKkKlansman (2018) Spike Lee não se supera, mas continua em altas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Classificação final: 4/5 estrelas</b></div>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-72258057186824153872020-05-02T23:44:00.000+01:002020-05-03T00:15:41.100+01:00my (re)view: Ozark season 1, 2 & 3 (2017- ) . 2020<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRnRRGRISD53BC-i2iDDv9-oLA7PP1SkszVSxyn7nChb4HaBRXAjBC9RV6qTcP_91cxX3Ofgk1KLcGwtsOy_7yvrBFwtnxETFDCNr8kj9Y_QJboB7oyoMq7gvAbo8wlAVB7xII_EFChpA/s1600/MV5BMTU1MjUwMTY1N15BMl5BanBnXkFtZTgwMTk1Njg4MjI%2540._V1_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="767" data-original-width="1600" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRnRRGRISD53BC-i2iDDv9-oLA7PP1SkszVSxyn7nChb4HaBRXAjBC9RV6qTcP_91cxX3Ofgk1KLcGwtsOy_7yvrBFwtnxETFDCNr8kj9Y_QJboB7oyoMq7gvAbo8wlAVB7xII_EFChpA/s640/MV5BMTU1MjUwMTY1N15BMl5BanBnXkFtZTgwMTk1Njg4MjI%2540._V1_.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://imdb.com/">imdb.com</a></td></tr>
</tbody></table>
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A cada temporada o buzz era grande, mas foi só à chegada da terceira temporada que finalmente me rendi aos encantos de <b>Ozark</b>. Uma história que de encanto não tem nada ou não fosse sobre uma família que até podia ser outra qualquer, com os problemas de outra qualquer, com o dia-a-dia de outra qualquer com a particularidade de gerir negócios com o objectivo de lavar dinheiro para um dos maiores cartéis mexicanos a operar em Chicago. Se na primeira temporada vemos o desespero da família Byrde para se livrar das garras do cartel, na segunda vemos a sua ascensão nos negócios já com um plano de saída elaborado, com uma terceira temporada a caminho do descontrolo total mas um pouco de ambição à mistura. Cada vez mais mergulhados no mundo do crime a cada episódio que passa, o casal Marty (<i>Jason Bateman</i>) e Wendy (<i>Laura Linney</i>) vão-se ligando a outros personagens cada vez mais complexos e mais loucos e isso também faz com que o interesse nessas personagens todas e nas suas histórias não se perca. Toda a sua estética bastante sombria ajuda-nos a submergir na trama trágica definindo um estado de espírito. Com um elenco excepcional que excede as expectativas do que esperamos de personagens com as suas características, todos os actores sabem dar-lhes profundidade nas mais variadas situações, principalemente <i>Jason Bateman</i>, <i>Laura Linney</i> e <i>Julia Garner</i> que aqui brilha interpretando a jovem criminosa Ruth Langmore. Apesar de ser uma série que no geral é bem elaborada, com dilemas constantes e questões de moral que nos fazem torcer por várias personagens ao mesmo tempo, mesmo quando não seria ético tomarmos partido dessas mesmas personagens, <b>Ozark</b> por vezes não toma as melhores decisões mas curiosamente isso acaba por não nos incomodar. Ficamos facilmente viciados. Posto isto, mesmo não seguindo muitas vezes o caminho que eu gostaria que seguisse, fez me continuar presa a ela a querer mais e mais, com um nível de satisfação elevado no fim de cada temporada. Se ainda não viram e querem começar uma boa série, esta é sem dúvida uma óptima escolha.</div>
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<b>Classificação final: 4,5/5 estrelas.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-35787284843849698162020-04-12T18:57:00.001+01:002020-04-12T18:57:48.863+01:00my (re)view: Sorry We Missed You . 2019<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ3GzDckgOydKpxoWGbgmoXK0i3_7RcGEa3a5NSwDNRFUfE4tK_OelhKFC3PsOU29OElCZFKWFAphrF2q6Kgde2RzwSKaX3DjWqlirySLwVXEwMKc9vg8LzmZtzpq_b_u4ddtW6sVhDUE/s1600/sorry-we-missed-you-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ3GzDckgOydKpxoWGbgmoXK0i3_7RcGEa3a5NSwDNRFUfE4tK_OelhKFC3PsOU29OElCZFKWFAphrF2q6Kgde2RzwSKaX3DjWqlirySLwVXEwMKc9vg8LzmZtzpq_b_u4ddtW6sVhDUE/s640/sorry-we-missed-you-1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">via <a href="http://empireonline.com/">empireonline.com</a></td></tr>
</tbody></table>
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Ken Loach volta a dar-nos aquele doloroso murro no estômago. Depois do brilhante <b>I, Daniel Blake</b> (2016) em <b>Sorry We Missed You</b> estamos perante mais um drama social, bastante real e credível que nos desgasta e magoa a cada passo que damos rumo ao futuro de uma família de Newcastle que vive com dificuldades financeiras desde a crise de 2008. Ricky, pai de família com poucos estudos e muitas contas para pagar agarra a oportunidade de trabalhar por conta própria para uma empresa de distribuição de pequenas encomendas e mercadorias. Com dois filhos a estudar e a mulher Abbie a trabalhar como cuidadora de idosos, a vida desta família está longe de ser perfeita e a realidade do dia-a-dia é difícil de gerir. Loach tem o dom de nos fazer acreditar nestas histórias porque todas elas são uma realidade e a naturalidade como tudo se desenrola toca a qualquer um que perceba e compreenda as dificuldades de cada um, pois todos nós nos conseguimos identificar com eles em algum momento e sentir compaixão pelo que estão a viver. Tudo parece real, porque na realidade o cinema pode muito bem ser apenas o retrato fiel de muitas vidas. Ken Loach sabe fazer isso melhor que ninguém. Mais um excelente contributo seu para o cinema cujo retrato da realidade se encaixa perfeitamente numa ficção que tem muito, mas mesmo muito de verdadeira ora não estivéssemos todos os dias a lutar contra as consequências de outrora, com um futuro que nos obriga a saber lutar pelas coisas que precisamos para sobreviver.</div>
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<b>Classificação final: 4/5 estrelas.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-60629598759423712892020-03-31T17:56:00.002+01:002020-03-31T17:56:32.120+01:00my (re)view: Birds of Prey (and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn) . 2020<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBl4VWOD1QcjXOqsj8JcLRe-ZqnxDUeXe85N1Gc6mxV5t26rJ9ByRf9toMjrFAzMPVyzLhELQKSR6R4mkRqgWT0WRq3wpqnIRk4JjrXe8-wimaYIwtoWKUXsCETKuO5o96Lpw66Zcu6u0/s1600/birds-7-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBl4VWOD1QcjXOqsj8JcLRe-ZqnxDUeXe85N1Gc6mxV5t26rJ9ByRf9toMjrFAzMPVyzLhELQKSR6R4mkRqgWT0WRq3wpqnIRk4JjrXe8-wimaYIwtoWKUXsCETKuO5o96Lpw66Zcu6u0/s640/birds-7-1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://variety.com/">variety.com</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Derivado a situação dificil que o mundo atravessa, <b>Birds of Prey</b> chega até nós mais depressa do que seria esperado, bem mais cedo até do que provavelmente saíria das salas de cinema. Não é que se pudesse esperar muito deste stand-alone, mas a verdade é que até superou aquilo que estava à espera. Muita da sua força e alegria advém da fantástica performance de <i>Margot Robbie</i> neste papel que é mais desafiante do que possa parecer numa personagem que mistura loucura e diversão mas com uma enorme componente emocional onde a abordagem da doença mental aparece de forma sublimilar. É Harley Quinn que narra a história que temporalmente se passa num cenário pós <b>Suicide Squad</b> (2016) onde a sua relação com Joker terminou e é hora de mostrar o que vale sozinha sem o rótulo de namorada do assassino mais louco de Gotham. Para sobreviver Quinn junta-se a um dos maiores vilões de Gotham, Roman Sionis (<i>Ewan McGregor</i>) mas as coisas descontrolam-se um pouco, ou não fosse ela assim mesmo. A loucura de Harley Quinn é absolutamente bem transportada para dentro deste filme, onde todo o ambiente louco nos remete para as caracteristicas desta personagem da DC Comics, onde a timeline é ela também diferente, as cenas de acção bem coreografadas e a banda sonora a condizer com os momentos. Fica a faltar apenas um background mais coeso das personagens secundárias e também uma maior solidez na narrativa contendo pormenores pouco desenvolvidos. Resta-nos apreciar a loucura de Harley Quinn fabulásticamente interpretada pela talentosíssima Margot Robbie. Podia ser melhor, mas caramba diverte muito!<br />
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<b>Classificação: 3/5 estrelas.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-69051919883748375722020-03-24T17:36:00.002+00:002020-03-24T17:38:44.072+00:00my (re)view: The Invisible Man . 2020<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivn2Bspw0w5HXenmur6Ykt1wnPMsetwwELNS86Wgd6mmeUVL2woW4XMk0DI_VVK5ycmAi-xwFrIVxJPR7LQ9wqe6BaB4RK9UddvtYL3QrsoU85wSDPpmzPP3fr5NXjy9-7XF1zvuqpoCE/s1600/The-Invisible-Man-Elisabeth-Moss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="672" data-original-width="1600" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivn2Bspw0w5HXenmur6Ykt1wnPMsetwwELNS86Wgd6mmeUVL2woW4XMk0DI_VVK5ycmAi-xwFrIVxJPR7LQ9wqe6BaB4RK9UddvtYL3QrsoU85wSDPpmzPP3fr5NXjy9-7XF1zvuqpoCE/s640/The-Invisible-Man-Elisabeth-Moss.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://time.com/">time.com</a></td></tr>
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É muito difícil surpreender dentro do género do terror hoje em dia, se bem que eu não inseria <b>The Invisible Man</b> propriamente dentro desse género. É mais um thriller de ficção cientifica com alguns sustos à mistura, mas que funciona muito melhor pela mensagem que quer passar do que pelas semalhanças que possa ter com mais um mero filme de terror como aparentemente nos possa parecer. Para quem vá à espera da habitual história de fantasmas e das suas vinganças para além da morte, enganem-se. <b>The Invisible Man</b> consegue ser bem sucedido tomando decisões inteligentes apesar de irmos facilmente ligando os pontos da história. Cecile vive atormentada há muitos anos, presa a uma relação abusiva com Adrian, um riquissimo cientista obssessivo, da qual ganhou finalmente coragem para se ver livre. Já em segurança em casa de um amigo e após saber que o ex-namorado se suicidou, Cecile nunca imaginaria que o seu tormento continuaria mesmo depois do desaparecimento de Adrian. Um filme que vive bastante de silencios e de movimentos lentos ou estáticos de camera que intimidam bastante. Tudo isto mais a fantástica performance de Elisabeth Moss que incorpora na perfeição todo o terror vivido por uma vitima de violência doméstica. Para além da parte ficcional, este é um filme cuja mensagem excede aquilo que a ficção quer mostrar e por isso mesmo Moss faz-nos ganhar um carinho muito especial pela personagem que sofre psicologicamente dia-a-dia e que transparece de forma angustiante todo esse tormento. O realizador Leigh Whannell já é experiente nestas andanças quer do terror quer do sci-fi, mas aqui encontramos uma obra que apesar de alguma previsibilidade vale muito a pena pela experiência e pela forma como mexe connosco utilizando técnicas muito boas para o fazer.</div>
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<b>Classificação 4/5 estrelas.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-26363102528019654522020-03-21T15:18:00.000+00:002020-03-21T15:18:27.951+00:00my (re)view: Waves . 2019<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_f_qi0ie8eT5vafQCB13eNtA7Hfnx6IIlk-EnMCArbvinF3NRjRCAVlOOdYRZr1MEMYY78FuNASH1FTyd6iUNdcyFccU4XSiGts_tDSNKlzId6xBTK3-Qvo0_rwqWdGbN7EBc_acK7gg/s1600/waves-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_f_qi0ie8eT5vafQCB13eNtA7Hfnx6IIlk-EnMCArbvinF3NRjRCAVlOOdYRZr1MEMYY78FuNASH1FTyd6iUNdcyFccU4XSiGts_tDSNKlzId6xBTK3-Qvo0_rwqWdGbN7EBc_acK7gg/s640/waves-1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://empireonline.com/">empireonline.com</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Reacção imediata: wow. Realista, envolvente, absolutamente honesto. <b>Waves</b> não se deixa levar pela forma bonita de encarar as coisas más na vida e mostra como tudo pode desabar de um dia para o outro. É nos contada a história de Tyler um jovem do secundário de uma familia afro-americana de classe média alta, cujos sonhos parecem ter tudo para se concretizar, mas as peças do seu dominó vão cair mais depressa do que ele pode imaginar. Começamos com um ritmo agradável, digno de romance dos tempos antigos, mas a medida que a história de desenvolve vamos escalando de intensidade e percebemos que alguma coisa não está bem como aparentemente parecia estar. A fúria e a raiva acumulada começa a transbordar naquilo que se revela uma experiência angustiante e de ansiedade, mas neste caso no bom sentido. Trey Edward Shults que realizou em 2017 o interessante <b>It Comes At Night</b>, explora aqui todo o tipo de sentimentos ao mesmo tempo que opta por uma estética bastante diferente que por si só também ela conta a história, assim como a sua banda sonora. Kelvin Harrison Jr. é a meu ver uma das jovens promessas de Hollywood, se já me tinha surpreendido em <b>Luce</b> aqui continua a mostrar ao mundo o quão grandioso pode ser. Sterling K. Brown e Taylor Rusell também impressionam bastante, digamos que numa segunda fase deste filme onde lidamos com as consequências duras da dita primeira. Podemos dividir o filme em duas partes, uma absolutamente desgastante e outra mais reconfortante, chegando ao fim com uma sensação de que acabamos de assistir a algo de extrema qualidade, qualidade essa a que a produtora A24 já nos habituou. Daqueles filmes que devia ter visto mais cedo e se o tivesse feito teria entrado no top dos favoritos do ano passado.</div>
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<b>Classificação: 4,5/5 estrelas.</b>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-42940415545052271992020-03-15T20:49:00.001+00:002020-03-15T20:49:39.933+00:00my (re)view: The Gentlemen . 2020<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTHaFFexMhT91vEZhVuG1W-5MN7Zpc6c8ZMO_Q2vt_PU-NdkK_WqDD82vjDMg9PDl_A2jEW3aWoMUsKNwma3151iVvyHtKwr21vf9gqjW_s9atmIkdYNNeQFLZcYBxovKtk7Tud3H04_Q/s1600/Movies-1-The-Gentlemen.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="843" data-original-width="1500" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTHaFFexMhT91vEZhVuG1W-5MN7Zpc6c8ZMO_Q2vt_PU-NdkK_WqDD82vjDMg9PDl_A2jEW3aWoMUsKNwma3151iVvyHtKwr21vf9gqjW_s9atmIkdYNNeQFLZcYBxovKtk7Tud3H04_Q/s640/Movies-1-The-Gentlemen.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via <a href="http://sfreporter.com/">sfreporter.com</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Guy Ritchie de volta à velha formula, melhor que nunca e 2020 no cinema começa agora!! Diverti-me como já não me divertia há algum tempo com twists and turns, humor mas também suspense com muito estilo gangster à mistura. Co-escrito e realizado por Guy Ritchie, <b>The Gentlemen</b> é totalmente dedicado à boa forma como o crime e o suspense se equilibram com a comédia e os diálogos virtuosos e inteligentes. Ritchie popularizou-se com Lock, Stock and Two Smoking Barrels (1998) e Snatch (2000) que viriam a ditar qual o estilo em que ele se sentiria mais a vontade para criar e o resultado deste seu novo filme é que ele continua a saber fazer bons filmes, apesar dos percalços dos últimos anos. A história é sólida, sobre o mundo dos lords da droga ao jeito british da coisa, mesmo quando o maior de todos eles é um americano desde quase sempre nas terras de sua majestade. O forte elenco faz um trabalho extraordinário, onde todos têm o seu destaque, onde nenhum personagem se sobrepõe ao outro e todos encontram a sua importância algures no enredo. Apesar do óptimo trabalho dos actores é de destacar a incrível interpretação de Hugh Grant e Colin Farrell que se distanciam do que habitualmente costumam fazer, principalmente Grant. <b>The Gentlemen</b> não só é tudo aquilo que podíamos esperar dele, é ainda mais. Nada melhor que ver Guy Ritchie a fazer um filme à Guy Ritchie.</div>
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<b>Classificação final: 4,5/5 estrelas.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-43042785944165706812020-03-06T08:58:00.002+00:002020-03-06T09:00:16.825+00:00my (re)view: Dark Waters . 2019<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqx2xK5rdialONuHTpH6CdXuR8nurTz7xLOkkMQms46Z0aVs0bgrFG8E_Xj1OooNj_rCG6O5nZET2gNzikcct3lMWm-BhiMBVlgaQOOwX7svWacB-_uuUlXZxAQQjGqowiCkdWbRqV1Q/s1600/image.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqx2xK5rdialONuHTpH6CdXuR8nurTz7xLOkkMQms46Z0aVs0bgrFG8E_Xj1OooNj_rCG6O5nZET2gNzikcct3lMWm-BhiMBVlgaQOOwX7svWacB-_uuUlXZxAQQjGqowiCkdWbRqV1Q/s640/image.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">imagem via <a href="http://theguardian.com/">theguardian.com</a></span></td></tr>
</tbody></table>
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Há muito que se explora no cinema as mais variadas teorias da conspiração e se denunciam graves situações. Todd Haynes já provou que consegue fazê-lo como ninguém. <b>Dark Waters</b> baseia-se no caso real do advogado Robert Billot e da batalha legal de vinte anos contra a empresa de químicos DuPont, acusada de fazer despejos tóxicos no estado do West Virgina ao longo de vários anos, pondo em causa a saúde da população e dos seus animais, chegando a causar varias mortes ao longo desses anos. Mark Ruffalo interpreta este advogado que decide ajudar um agricultor local na luta contra a gigante DuPont. Ruffalo, como belissimo actor que é, opta por um retrato frágil de uma postura bastante recatada demonstrando que com esforço e dedicação se consegue tudo, mesmo que seja contra alguém muito mais imponente que nós. Uma interpretação com uma componente física fundamental que significa muito. Vamos ficando aos poucos cada vez mais envolvidos no mistério deste thriller partilhando quase que do mesmo sentimento paranoico de Rufallo pela busca de respostas ao estilo dos bons clássicos de antigamente. Um filme que passou ao lado de muitos o ano passado e que merecia mais destaque, pela história, pelo protagonista mas a cima de tudo pelas escolhas inteligentes e criativas de Todd Haynes.<br />
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<b>Classificação final: 4/5 estrelas.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-63499199071156198862020-02-20T20:24:00.004+00:002020-02-20T20:24:30.022+00:00my (re)view: 1917 . 2019<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4U5_k7EgBBeOtdAXy9ccfSTc2hwDIlRaaB4axaeu4TOc-FTncp_sf0BK9JELzmbEaQ-9jUW1oxBsTTmiY6anYNRXn8pEPO1i02941XgUFaPnJARPiVYimu6RUmW1vHqMoLLnJVKY-LH4/s1600/1917-1-e1574557964851.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="592" data-original-width="985" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4U5_k7EgBBeOtdAXy9ccfSTc2hwDIlRaaB4axaeu4TOc-FTncp_sf0BK9JELzmbEaQ-9jUW1oxBsTTmiY6anYNRXn8pEPO1i02941XgUFaPnJARPiVYimu6RUmW1vHqMoLLnJVKY-LH4/s640/1917-1-e1574557964851.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via <a href="http://variety.com/">variety.com</a></td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">
Podemos sentir emoção em várias situações ou várias experiências na vida, mas podem ser tão boas as emoções reais, como aquelas que chegam até nós das mais variadas maneiras. <b>1917</b> é um todo de emoção. Uns queixam-se que há pouco sangue, outros que não demonstra a crueldade da guerra, mas se há obra difícil de concretizar com exito é um drama de guerra épico em plano sequencial - ou neste caso editado de forma brilhante para parecer isso mesmo! - que emociona a cada minuto. <b>1917</b>, oitavo filme de Sam Mendes é uma homenagem ao seu avó e as memórias que trouxe da Primeira Grande Guerra, o trabalho mais pessoal do realizador britânico que já nos presenteou com outros grandes filmes como Jarhead (2005) ou Revolutionary Road (2008), desta vez eleva imenso a fasquia do que em qualquer dos seus outros filmes. Sendo este um filme bastante pessoal para Mendes, nota-se a paixão que colocou nele, com uma qualidade técnica de se tirar o chapéu, ainda mais quando o desafio era fazê-lo dando uma sensação presencial em tempo real acompanhando uma jornada dolorosa. Dá-nos uma sensação constante de ansiedade e emoção, seguindo os dois personagens principais, sentindo que estamos com eles durante todo aquele percurso. A premissa é bastante simples, mas muito eficaz e por vezes não são precisas histórias complexas para um filme nos encher as medidas. A mestria do cinematografo Roger Deakins faz com que tudo seja ainda mais belo, onde imagens valem mais que palavras. Um dos melhores filmes a nível técnico que já vimos nos últimos anos, talvez dos mais bem concretizados da década.</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b>Classificação final: 5/5.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-90366390348001314792019-12-26T20:46:00.002+00:002020-03-06T09:18:37.249+00:00my (re)view: Star Wars: The Rise of Skywalker . 2019<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0hMnByz_A2WpkM3agalkkNeYD5UR2pjQ8xTcmELMwoCPn8knk5A98rz4DItwVcDKsvJMCKTTSRXpbx-urVc9zjgylUlEdG1nisVU9JfhhUhVb_9nY8bPANveWyvgo22OIV1SJzxAUHnQ/s1600/MV5BODI3NDllMmQtNTI5NS00N2JkLWJmOTctMzFlNDEyZjhlMDdjXkEyXkFqcGdeQXVyNjg2NjQwMDQ%2540._V1_SX1777_CR0%252C0%252C1777%252C744_AL_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="670" data-original-width="1600" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0hMnByz_A2WpkM3agalkkNeYD5UR2pjQ8xTcmELMwoCPn8knk5A98rz4DItwVcDKsvJMCKTTSRXpbx-urVc9zjgylUlEdG1nisVU9JfhhUhVb_9nY8bPANveWyvgo22OIV1SJzxAUHnQ/s640/MV5BODI3NDllMmQtNTI5NS00N2JkLWJmOTctMzFlNDEyZjhlMDdjXkEyXkFqcGdeQXVyNjg2NjQwMDQ%2540._V1_SX1777_CR0%252C0%252C1777%252C744_AL_.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem via <a href="http://imdb.com/">imdb.com</a></td></tr>
</tbody></table>
As minhas expectativas para o suposto final da saga <b>Star Wars</b> não eram as maiores. Todos sabemos que a trilogia original com os episódios IV, V e VI é um grande marco no sci-fi e que os episódios I, II e III foram algo que podiamos passar bem sem eles, mas quando J. J. Abraams fez renascer mais uma vez a saga, com personagens novos e cheios de carisma no episódio VII havia esperança na continuação desta história. Rian Johnson agarrou com garra o episódio VIII, mas J. J. Abraams regressou à saga depois de Colin Trevorrow ter saído por divergências criativas com a Disney. Mau sinal, o alerta começou logo aí! Rey (Daisy Ridley) era uma belissíma protagonista e Finn (John Boyega) também tinha o lado aventureiro e destemido que a saga precisava, mas chegarmos ao final de mais um ciclo e constatar a falta de cuidado que houve pela história, pelos personagens e a quantidade de situações que não fazem sentido ou simplesmente surgem de forma patética é triste. Rey torna-se desinteressante e irritante, Finn não tem qualquer relevância e até Ben (Adam Driver) se tranforma naquilo que todos os vilões mais temem, quando o verdadeiro vilão Palpatine revolve renascer com um plano maquiavélico quase que inventado à pressão. Estes filmes são feito a cima de tudo para passarmos uma boa experiência de cinema, quer a nível visual quer a nível de história, mas o poder narrativo é tão fraco e pouco esforçado que os caminhos mais fáceis e desinteressantes que podiam existir foram utilizados. Quando tudo tenta ser demasiado perfeitinho, deixa de surpreender e se era suposto ser empolgante falha no entusiasmo, com desilusão atrás de desilusão pelas escolhas correctas demais que optou por tomar. Um final nada glorioso, de uma saga que apesar disso continuará a fazer sonhar gerações e gerações.<br />
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<b>Classificação final: 2/5 estrelas.</b></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-69239504445554617622019-12-08T15:15:00.000+00:002020-03-06T09:19:04.591+00:00 my (re)view: Marriage Story . 2019<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXyPSOO69BtzIZsryi3J40GNfLTskJs8mh6YvkYhzttnOWKSf0DVEU9PEC9STruziBhxuoPfviTkCErSN3P_BtUXTmqRLjlFEs9cccgHuP1XEBKkLTLadEohStHxYYBW30bMdQsMTx0J0/s1600/marriage-story-marriagestorysubway-rgb-1575389464.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="962" data-original-width="1600" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXyPSOO69BtzIZsryi3J40GNfLTskJs8mh6YvkYhzttnOWKSf0DVEU9PEC9STruziBhxuoPfviTkCErSN3P_BtUXTmqRLjlFEs9cccgHuP1XEBKkLTLadEohStHxYYBW30bMdQsMTx0J0/s640/marriage-story-marriagestorysubway-rgb-1575389464.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Imagem via <a href="http://variety.com/">variety.com</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="p1" style="color: #454545; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 3px; text-align: justify;">
Pode dizer-se que <b>Marriage Story</b> é um filme bastante denso. Denso nos sentimentos, denso nas palavras, denso naquilo que significa ser feliz e valorizado quando colocamos o amor e a felicidade de outros em primeiro lugar numa relação, e deixamos para trás o nosso bem estar emocional. Noah Baumbach (Frances Ha 2012) escreve e realiza de forma crua, verdadeira mas também divertida aquilo que podiam ser situações perfeitamente normais entre um casal à beira da ruptura e com naturalidade percebemos cada um dos lados e identificamo-nos com algumas situações. Existem momentos de uma intensidade tamanha que elevam este filme a muito mais do que uma história sobre um divórcio. Esses momentos transmitem dor e sofrimento e é impossível não ficarmos tristes e abalados com o que estamos a ver. Os diálogos entre personagens são perfeitamente credíveis e espontâneos, cheios de raiva e angústia mas também cheios de amor e tudo se sente como verdadeiro, pois esta podia ser a história de cada um de nós ou de qualquer outra pessoa que já conhecemos na nossa vida. Scarlett Johansson tem a meu ver a melhor performance da sua carreira e Adam Driver mostra mais uma vez porque é dos melhores actores da actualidade e quem diria que química entre os dois resultaria tão bem. Chegamos ao fim de <b>Marriage Story</b> completamente de rastos depois de termos levado uns quantos murros no estômago. A beleza da sua honestidade tocará a todos disso tenho a certeza.</div>
<div class="p1" style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-size: 18px; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 3px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px;"><br /></span></div>
<div class="p1" style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-size: 18px; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 3px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px;"><b>Classificação final: 4,5/5.</b></span></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-71499130732919462642019-12-06T00:29:00.000+00:002020-03-06T09:19:21.676+00:00my (re)view: The Irishman . 2019<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSWHkW80uHNpP7P5jCMjvGEHXWhZumlqCCDrs-WkHzmk7sHLq6yQ7h3H5oVOhi38GCmYNSsuQRcgVJuZMwuaPCT12i-rE6ZUrtdEJqx0C8aco2fWe3f5zyGpoee0K96_AByAHwfoRK_Co/s1600/The-Irishman-2019-de-Martin-Scorsese-1024x554.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="1024" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSWHkW80uHNpP7P5jCMjvGEHXWhZumlqCCDrs-WkHzmk7sHLq6yQ7h3H5oVOhi38GCmYNSsuQRcgVJuZMwuaPCT12i-rE6ZUrtdEJqx0C8aco2fWe3f5zyGpoee0K96_AByAHwfoRK_Co/s640/The-Irishman-2019-de-Martin-Scorsese-1024x554.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">imagem via </span><a href="http://bostonhassle.com/">bostonhassle.com</a></td></tr>
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A maneira como vemos e apreciamos um filme vai mudando consoante o nosso gosto, mas acima de tudo vai acompanhando o nosso crescimento intelectual. Com Martin Scorsese aprendi que o meu gosto por cinema tinha um grande impacto na minha vida. Talvez sem os filmes dele e o que significavam para mim nunca me teria apercebido disso. Quando me perguntam qual é o meu género preferido de filme, digo imediatamente “gangster” e isso deve-se à forma magistral como Scorsese introduziu esta vertente no cinema. Mas vamos focar-nos no que interessa, <b>The Irishman</b> - o meu filme mais aguardado do ano, com um elenco de luxo, o tema do costume com os suspeitos do costume. E tal como o crescimento que falava anteriormente, este é um outro nível Scorsese, com a maturidade que todos estes bosses precisavam e só um homem podia fazer. Nunca me senti tão triste a ver um filme deste género e não digo isto de forma depreciativa. Essa tristeza vai aumentando até ficarmos totalmente desgastados, destroçados e é incrível evidenciar a eficácia com que isso se sente. De novo, o rise and fall de um outcast com muita sorte e o quanto o peso dessa sorte pode transformar-se num enorme vazio. Sente se uma melancolia cada vez maior e existe uma tensão crescente que só Thelma Schoonmaker sabe impecavelmente criar com a sua estratégica e detalhada edição. Ao contrário do ritmo energético de Goodfellas (1990) e Casino (1995), Martin Scorsese foca-se apenas nas relações entre um triângulo de amizades com ligações à máfia e das consequências das acções através de uma abordagem mais específica, pesada e madura. Frank Sheeran (Robert De Niro) conhecido como "the irishman" dedicou a sua vida a cumprir ordens de outros, deixando para trás o papel de homem comum na sociedade. Quando este passa de condutor de pesados a assassino contratado pelo chefe mafioso Russel Bufalino (Joe Pesci), vai ganhando a sua confiança demonstrando lealdade ao longo de décadas, vindo a ser mais tarde a sua amizade com Jimmy Hoffa (Al Pacino) a chave para o que Frank tinha de mais parecido com uma vida normal. Scorsese sempre foi um bom comandante e cada vez mais prova que é mestre da perfeição. A firmeza e intensidade entre actores é tão poderosa, não só graças aos dotes de interpretações destes gigantes como do argumento onde o desenvolvimento de personagens só podia ser bem conseguido pelo facto do filme nos dar esse tempo necessário para os podermos compreender. Cada etapa e cada decisão fica mais descomplicada de perceber assim que vamos conhecendo melhor os protagonistas e a pureza da sua amizade. <b>The Irishman</b> acaba por não ser só um filme de gangsters, é também a história de um homem cujas escolhas mais importantes da vida foram trocadas por momentos de poder e promessas que no final não restaram. Nos dias de hoje parece que é cada vez mais difícil agradar a todos, mas caramba, quem não concordar com a beleza cinematográfica que isto é não sei em que mundo vive.</div>
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<div class="p1" style="color: #454545; font-size: 18px; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 3px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px;"><b>Classificação final: 5/5.</b></span></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-70097722912501496762019-12-01T16:26:00.002+00:002020-03-06T09:19:41.589+00:00my (re)view: Luce . 2019<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUYy1LFyKkStfBvO53cdakZcm3XoOnPguB1zEMd22-GTKbs7fxtZHeu63sfwFY2HcPCM-qBc7jtGQpmvOp5tiE12jWL6sdsFpWPa3qa_40X00V3sFWYL5uSWkLS5QACMGFAQ-CeJsdfjE/s1600/luce-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="840" data-original-width="1600" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUYy1LFyKkStfBvO53cdakZcm3XoOnPguB1zEMd22-GTKbs7fxtZHeu63sfwFY2HcPCM-qBc7jtGQpmvOp5tiE12jWL6sdsFpWPa3qa_40X00V3sFWYL5uSWkLS5QACMGFAQ-CeJsdfjE/s640/luce-1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">imagem via thespool.net</td></tr>
</tbody></table>
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Vivemos num mundo onde inconscientemente nos julgamos uns aos outros todos os dias, tentando adivinhar o que cada um pensa ou sente quando confrontamos com situações mais delicadas. O melhor de <b>Luce</b> é dar importância a isso mesmo. Durante o filme observamos o jovem Luce (Kelvin Harrison Jr.) a ser questionado e julgado por professores, amigos e família quer sejam essas afirmações sobre as suas acções verdadeiras ou falsas. Pensamos constantemente se os seus sentimentos e atitudes serão sinceros ou produto de uma mente que vê o mundo ao seu redor a fazer lhe imposições sobre a maneira como tem que se comportar, falar e até pensar. E é por isso mesmo que este filme se transforma num retrato tão bom do que a sociedade se está a tornar e da forma como a opinião da sociedade deve ou não influenciar a nossa maneira de estar. Não percebemos bem quem são os heróis ou quem são os vilões quando na verdade somos por vezes moldados aos olhos de outros para agradar a uma maioria. O filme tem um papel muito importante na questão interacial assim como social passando por temas sensíveis da actualidade. É também um filme de excelentes actuações com veteranos como Naomi Watts, Tim Roth e Octavia Spencer a brilhar ao lado da maior estrela deste filme de seu nome Kelvin Harrison Jr. o novato que mostra estar à altura de todos os outros. Luce podia ser só mais uma história sobre um adolescente conturbado, mas eleva-se pelo suspense e forma como mexe connosco emocionalmente. Bem escrito, bem montado, com grandes interpretações e óptima banda sonora, <b>Luce</b> é daqueles filmes que se transformam em experiências cinematográficas que permanecem connosco depois de acabarem.<br />
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<div class="p1" style="color: rgb(69 , 69 , 69); font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 3px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px;"><b>Classificação final: 4,5/5.</b></span></div>
Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5510862048877147391.post-9115824690280297742019-11-24T15:55:00.003+00:002019-11-24T15:55:26.532+00:00my (re)view: Le Mans '66: O Duelo (Ford v Ferrari) . 2019<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIupA3uObaMF8zKptnVUi7lcb7qgsMMMM0AcjqpGxwJ69ln2kaCnt-DNhGaSASh52F5MkFKY0OpneX5LM4V5_WimDcqIBQ7HSgHUjzYmAWAWihorqEo6LD-yNp77t4koOLS9qG7TeKUKQ/s1600/0x0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="711" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIupA3uObaMF8zKptnVUi7lcb7qgsMMMM0AcjqpGxwJ69ln2kaCnt-DNhGaSASh52F5MkFKY0OpneX5LM4V5_WimDcqIBQ7HSgHUjzYmAWAWihorqEo6LD-yNp77t4koOLS9qG7TeKUKQ/s640/0x0.jpg" width="640" /></a></div>
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Grande parte dos realizadores, não conseguem ser bem sucedidos quando toca a filmes relacionados com o automobilismo. É preciso excelência a nível técnico e sonoro para a experiência ser completa. James Mangold (<i>Logan, 2017</i>) consegue tudo isso e muito mais neste <i>Le Mans 66</i> onde as sequências de corrida são emocionantes, transportando-nos para dentro dos carros tal não é a adrenalina dessas cenas. Esta é a história verídica, sobre a disputa entre a Ferrari e a Ford, quando a última decidiu apostar na Formula 1. Para que isso acontecesse, uma equipa de engenheiros ao comando do ex-piloto, agora vendedor de carros desportivos Carroll Shelby (Matt Damon) são contratados por Henri Ford II (Tracy Letts) para construir um Ford GT40 com o potencial de derrotar a grandiosa Ferrari na corrida 24 Horas de Le Mans em França, com o destemido Ken Milles (Christian Bale) ao volante. Apesar do modelo de narrativa ser usual, os personagens são a chave do interesse e afectividade que criamos por esta história. Christian Bale é um actor notável e tudo o que faz, faz sempre bem. Matt Damon também funciona muito bem aqui e os dois têm uma química incrível que nos faz acreditar na natureza daquela amizade. O filme não nos engana nem uma única vez e sabemos bem com aquilo que contar. Há sempre a tendência nestas histórias de resiliência e disputa, de tornar tudo demasiado sentimental e piegas para apelar à lágrima fácil e também existem desses momentos aqui, no entanto a qualidade de todos os outros aspectos fazem com que isso seja um problema menor. Para além de divertido, é emocionante e deixa na cara aquele sorriso no rosto que qualquer feel good movie sabe deixar.</div>
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<b>Classificação final: 4/5.</b>Cátia Alexandrehttp://www.blogger.com/profile/13245313416542461153noreply@blogger.com0