quarta-feira, 17 de maio de 2017

ALIEN . RETROSPECTIVA


Esta semana com a chegada de Alien: Covenant, de Ridley Scott, faço uma retrospectiva apenas pelos primórdios filmes Alien (ficando a faltar ainda outra sequela Alien: Ressurection de 1997 realizado por Jean-Pierre Jeunet e a prequel Prometheus de 2012 que trouxe de volta Ridley Scott ao universo Alien), a franquia que deu a conhecer ao mundo a destemida Tenente Ellen Ripley e os temíveis Alien ou se preferiram Xenomorph.

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ALIEN (1979)

Há 38 anos atrás, Ridley Scott apresentava ao mundo a saga que o tornaria num dos realizadores mais consagrados da sua era. Alien, serve ainda hoje de referência para muito do que é feito dentro do género do sci-fi e do terror, marcando gerações e desencadeando interessantes teorias e mistérios ao longo destes anos. Sigourney Weaver surpreendia todos, saltando para as luzes da ribalta em Hollywood, com a corajosa Ellen Rippley, representando uma das personagens femininas mais badass de sempre, colocando numa posição de heroína e figura importante que fortalecia o papel da mulher perante mentalidades mais conservadoras. Perante um retrato do desconhecido, Alien mergulhava nas profundezas do universo criando uma atmosfera crescente em suspense e claustrofobia, capaz de inquietar a cada revelação chegando ao climax perfeito, a um ritmo perfeito. 

Abordo da nave Nostromo, já de regresso ao planeta Terra, estão sete tripulantes em hibernação espacial. Quando é detectado um misterioso sinal transmitido de um planetóide a tripulação acorda, investiga a situação e dá de caras com uma atmosfera inusitada, onde uma nave alienígena com uma enorme carcaça no seu interior, parecendo ter explodido, contém dentro do seu peito vários ovos, um dos quais lança uma criatura para o rosto de um dos membros da equipa. A tensão entre membros da equipa vai aumentando, existindo confrontos entre todos perante a inesperada situação.

Alien é um dos mais assustadores filmes de sempre, permanecendo na mente dos que o vêem. Simples e efectivo. Por mais que o queiram imitar, nada bate a construção perfeita desta original pérola não só do sci-fi, mas também do horror.

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ALIENS (1986)

Na altura, intitulado por muitos como o pobre substituto de Ridley Scott, James Cameron agarra com grande responsabilidade a sequela da franquia, acabando por até fazer um bom trabalho. Com uma abordagem muito maior no que toca a entretenimento e cenas de acção, é dada menos importância à atmosfera sinistra e de medo do primeiro filme, e Cameron arrisca numa formula mais popcorn, mas que não afugentou os fãs. Sigourney Weaver regressou mais uma vez, e ainda com mais power que da primeira vez.

Após os acontecimentos a bordo da Nostromo, Ellen Rippley é resgatada 57 anos depois de andar à deriva pelo espaço. Ao descobrir que o planeta onde a sua equipa descobriu os aliens foi colonizado, irá voltar a ele com uma equipa de fuzileiros, com a missão de resgatar as famílias que agora lá habitam, pois existem suspeitas que a praga alien estaria de volta.
Com um bom ritmo, muitas sequências de acção e espírito aventureiro, esta foi mais uma das obras extravagantes de James Cameron, que a transformou num estilo próprio, não pondo em risco o grandioso trabalho de Ridley Scott, apenas completando-o de maneira diferente. Bons personagens, dos que criam empatia com o público e uma Rippley mais emotiva são também a chave do sucesso, que conforme os anos vão passando se mantêm a mesma força, algo que obviamente também acontece com o seu antecessor.

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ALIEN 3 (1992)

O terceiro filme da franquia, dava a conhecer ao mundo do cinema um senhor de seu nome David Fincher, que já tinha feito uns quantos videoclips de artista famosos, nomeadamente Vogue de Madonna ou Freedom de George Michael. Para Fincher era o arranque de uma carreira de sucesso em Hollywood, mas para a franquia acabaria por se relevar um pouco mais fraco, menos interessante ou revelador, ao fim ao cabo menos surpreendente, apenas competente.

Depois de escapar mais uma vez do planeta alien a nave onde Ellen Rippley se encontrava despenha-se e caí em Fury 61, um planeta habitado por ex-condenados de uma prisão de segurança máxima. Rippley começa a suspeitar fortemente que o alien se encontra abordo da nave, e misteriosamente vários corpos começam a aparecer mutilados. Com a ajuda dos prisioneiros, juntam-se forças mais uma vez, na tentativa de acabar com a espécie alien que continua a atormentar todos, comandados por Rippley, cujo o lider dos Alien parece ter algum tipo de obsessão.

Com efeitos especiais melhorados, mas uma história que é das menos entusiasmantes da franquia, Alien 3 distancia-se ainda mais do que Ridley Scott fez no inicio, com uma diferente abordagem do meio envolvente e dos temas. Mais focado nas relações entre personagens, mesmo assim estes parecem não ter força para se destacarem, passando muitas vezes o sentimento de terror instalado pelos aliens para segundo plano. Não é que seja um filme terrível, pois a sua premissa é interessante, mas comparado com os anteriores seria normal que ficasse à quem de expectativas. 

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Sem nunca ter visto Alien: Ressurection (por achar um pouco desnecessário), mas tento gostado muito de Prometheus, parto para Alien: Covenant com algumas esperanças, mas mantendo as expectativas a um nível não muito elevado. Já não falta muito para descobrir, pois Covenant estreia esta quinta-feira.

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