segunda-feira, 31 de março de 2014

Crítica: The Congress (2013)


Eu ouvi sobre este filme há alguns meses, mas eu não esperava que ele fosse lançado aqui em Portugal. Quando soube que seria eu imediatamente tinha que ter a chance de ir vê-lo na tela grande porque me parecia ser visualmente atraente e a sua diferente história me chamou a atenção também.

O Congresso é nos apresentado como uma história futurista sobre Robin Wright, a atriz que se interpreta a si própria. A indústria do cinema não é fácil, todos sabemos que o envelhecimento não é uma coisa boa em Hollywood. Os papeis começam a ser menores e começa-se a ser trabalhar cada vez menos. A beleza ganha quase sempre num mundo que vende beleza e juventude por toda a eternidade. A nova era de Hollywood em O Congresso é exatamente a inexistência de actores. Todos os actores são digitalizados para um computador, o computador faz tudo o resto. Eles só têm de assinar um contrato dizendo que são "propriedade" de uma produtora de cinema e está feito! Mas este filme não é apenas isso. A partir desse ponto, nós saltamos 20 anos no tempo, onde as pessoas são capazes de escolher viver no mundo real ou num mundo animado que lhes oferece a liberdade de ser o que eles quiserem e viver com uma percepção totalmente diferente do que o mundo onde viveram uma vez foi.


Todo o conceito do filme é muito inovador. A combinação de live-action e animação é absolutamente muito bem feita. Visualmente é fantástico, muito colorido e imaginativo. Por vezes assustador, mas bonito ao mesmo tempo. Definitivamente um filme único.

Um monte de questões morais são nos apresentadas, como, o que é a liberdade afinal? Porque é que os seres humanos são tão superficiaos e egoístas? E o que é a consciência humana? Entre outras... É muito profundo e temos de encontrar todas as mensagens escondidas sob o que estamos assistindo.




É definitivamente um filme que nos vai fazer pensar sobre uma série de questões poderosas que existem no mundo. Parece incrível e todos os temas abordados são muito importantes, mas eu acho que às vezes pode ser um pouco confuso e complicado. É por isso que eu não posso dar-lhe as 5 estrelas e também não sei se posso recomendar este filme a qualquer um, pois acho que não será um filme para todos os gostos. 

Eu só posso falar por mim e para mim valeu definitivamente a pena assistir! Eu acho que é um filme que precisa ser experimentado, porque é muito mais difícil de explicar.


Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

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