quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Crítica: O Bebé de Bridget Jones (Bridget Jones's Baby) . 2016


Passaram 12 anos desde a última aparição de Bridget Jones no grande ecrã. Em 2001, O Diário de Briget Jones destacou-se deixando a sua marca no género da comédia romântica, mostrando provas de ter sido claramente influenciado pelo clássico de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, dando-lhe um toque moderno e fresco, que posteriormente também influenciou outros, centrando-se na versão honesta e feminina, da vida de uma solteirona na casa dos 30. A notícia de um terceiro filme na franquia, deixou um certo cepticismo no ar, especialmente depois de O Novo Diário de Bridget Jones em 2004, não tão brilhante e bem construído quanto o primeiro. A verdade, é que este O Bebé de Bridget Jones surpreende da melhor maneira, fazendo-nos lembrar a razão pela qual Bridget encantou o mundo pela primeira vez.

Bridget Jones (Renée Zellweger) tem agora 43 anos, e parece ter voltado à estaca zero no que toca ao amor. Agora com uma carreira profissional estável e respeitada no mundo da televisão, Bridget sente-se novamente incompleta no campo sentimental, depois de ter terminado à cinco anos o namoro com Mark Darcy (Colin Firth) o amor da sua vida. A idade começa a despertar em si novos objectivos e motivações, mas Bridget continua a ser fiel a si própria, e à sua maneira extrovertida de ser. Desesperada por um pouco de mais acção, deixa-se cair nos encantos de Jack (Patrick Dempsey) um completo desconhecido com quem tem um caso durante um festival de música. Passado uns dias, ao encontrar Mark, a velha chama entre os dois acende e isto tudo resulta numa noite de paixão. Bridget encontra-se agora numa situação complicada, quando descobre que está gravida mas não tem a certeza, qual deles é o pai.

Divertido, e acima de tudo despreocupado com a preditabilidade que alguns dos seus momentos possam ter, O Bebé de Bridget Jones mantêm-se fiel à sua essência, encantando não só pela piada que tem, mas também pelo espírito do amor, o rei de todas as emoções, seja que tipo de amor for. Bridget tem o seu jeito de ser, estar e a maneira como lida com os vários percalços da sua vida sentimental, social e familiar mantêm-se na verdade os mesmo, e é isso que faz com que esta seja uma personagem absolutamente fantástica, que não seria nada sem a interpretação impecável de Renée Zellweger, que faz com que Bridget seja só sua e a transforme numa versão real, que contém um pouco dos sonhos, motivações e inseguranças que qualquer outra mulher também poderia ter. E engane-se quem pense que irá agradar só ao público feminino!

Mais uma vez Bridget volta para mostrar que tudo o que é perfeito é aborrecido e que a imperfeição, força e carisma desta personagem é meio caminho andado para nos afeiçoarmos a ela. Charmoso e muito divertido, é certamente a comédia romântica do ano.

Classificação final: 4 estrelas em 5.
Data de Estreia: 15.09.2016

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