quinta-feira, 15 de março de 2018

my (re)view: Tomb Raider . 2018


Tomb Raider não consegue fugir dos habituais problemas deste tipo de adaptação de video jogos para cinema, onde o argumento é fraco, os diálogos são pobres, as reviravoltas esperadas, mas a verdade é que vivemos esta experiência de forma bastante entusiasmante. Voltamos aqui às origens da jovem Lara Croft e sabemos perfeitamente que nada de mal lhe vai acontecer, mas vivemos cada dificuldade sua, cheios de emoção, intensidade e esse é exactamente o efeito que o jogo proporciona, cumprindo em parte aquilo que é devido. Alicia Vikander trás-nos uma Lara Croft menos sex symbol, muito mais aventureira, explorando de forma diferente aquilo que Angelina Jolie já havia explorado nas outras adaptações anteriores. Que Vikander é bastante competente já sabemos, vê-la neste papel bastante diferente do que costuma fazer e desafiador, mas o argumento dá-lhe obviamente pouco com que trabalhar e isso faz com que momentos mais emotivos não retenham da nossa parte tanta importância como os momentos de grande acção. Walton Goggins infelizmente não tem tempo suficiente para demonstrar o quão bom vilão pode ser, e isso é também um dos pontos fracos deste filme. Definitivamente cumpre com o entretenimento, quer por parte das cenas de acção como pelos cenários e efeitos visuais que são bastante competentes, abrindo no final as portas para continuidade dentro deste reboot. Não duvido que consiga, certamente os valores de bilheteira vão falar por si só. Assim que o filme terminou ficou a dúvida na minha cabeça: se isto é mau, então porque é que eu gostei!? Será que afinal é bom? Não merece positiva em geral, mas há que registar que o feeling requerido está lá todo.

Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

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