sábado, 14 de setembro de 2019

my (re)view: Swallow . 2019


Suscitou a minha curiosidade depois de algumas críticas que li aquando da sua passagem pelo Sundance Film Festival no início desde ano e quando vi que Swallow faria parte do cartaz do Motelx, não queria perder a oportunidade de o ver. Conta a história bizarra de uma mulher de classe alta que de repente sente uma enorme compulsividade em ingerir os mais variados objectos. Na verdade, toda a estética meio vintage meio avantgarde é aquilo que salta mais a vista. Planos bem filmados, atenção ao detalhe nos cenários, cinematografia absolutamente incrível. Destaca-se também a brilhante e dolorosa (no bom sentido) performance de Haley Bennett que só não envolve mais devido ao insignificante poder de um argumento que podia ter arriscado mais, quer em diálogos quer em storytelling. O desenvolvimento de personagens é muito fraco e fiquei sem saber se o ridículo de algumas situações eram propositadas ou apenas fruto de uma má escrita. Numa história onde o principal é sabermos o porquê de uma compulsão, o filme obriga-nos sempre a focar-nos na vida luxuosa mas triste e vazia que a protagonista enfrenta, tendo sempre mais necessidade de mostrar a vida da dona de casa desesperada do que provocar o espectador ou causar-lhe algum tipo de sentimento perante o desespero daquela mulher cuja estranha vontade acaba por ter um porquê, que quando revelado não causa o impacto devido. Perdemos demasiado tempo com os clichés da família abastada tipicamente americana, quando se queria ver mais a parte psicológica e invulgar da questão.

Classificação final: 2,5/5.

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