sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Crítica: Dois Dias, Uma Noite (Deux Jours, Une Nuit) 2014


Data de Estreia: 20-11-2014

Dois Dias, Uma Noite é um retrato daquilo por que muitos estão a passar na Europa dos dias de hoje, onde a crise faz cada fez mais vitimas sem querer saber das consequências.

Sandra (Marion Cotillard) acaba de passar por uma grande depressão, mas já pronta para voltar ao trabalho descobre a empresa para a qual trabalha propos aos seus empregados a opção de escolherem um prémio em dinheiro, em troca do seu despedimento. Sandra tem agora um fim-de-semana para convencer os seus colegas de trabalho a abdicar do prémio em dinheiro para poder manter o seu posto de trabalho.

Bastante modesto e extremamente realista é capaz de nos fazer entrar na vida de Sandra, sentindo cada momento como se estivemos ao lado dela durante esta jornada de dois dias e uma noite. A forma simplista como está filmado resulta na perfeição para aquilo que quer representar, fazendo nos sentir constantemente ao lado desta mulher. A parte moral e social tem grande peso na história, acabando por ser no fundo um estudo do ser humano, do seu comportamento e atitudes. Demonstrando emoções reais de forma convincente é impossivel ficar indiferente ao sofrimento desta mulher.

Marion Cotillard demonstra mais uma vez as suas excelentes capacidades como actriz, na performance absolutamente poderosa e profunda de uma mulher psicologicamente perturbada. Com uma bonita familia, marido que a apoia, mas com um passado que não sabemos ao certo qual é, mas que ainda a atormenta imenso. A sua performance consegue partir o coração de qualquer um, tendo um impacto muito forte no espectador.

Dois Dias, Uma Noite é um filme que com pouco consegue demonstrar muito, criticando por um lado a parte social mas deixando a forte mensagem de que se lutarmos, nos tornamos mais fortes, pois se tivermos firmeza suficiente e acreditarmos em nós, há sempre uma luz ao fundo do túnel.








Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

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