terça-feira, 25 de novembro de 2014

Crítica: Serena 2014


Data de Estreia: 20-11-2014

A realizadora Susanne Bier, vencedora do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010 (In a Better World), tinha todos os ingredientes necessários para criar um bom drama cheio de intensidade e suspense, mas ao invés disso, ficamos perdidos no meio de uma história que nunca chega a criar qualquer impacto em nós como seria suposto.

Passado durante a Grande Depressão na Carolina do Norte, George Pemberton (Bradley Cooper) dono de um grande império de madeira, já viu melhores dias no negócio e tudo se torna ainda mais complicado depois de conhecer a sua futura esposa Serena (Jennifer Lawrence), uma mulher exigente e um pouco perturbada que perde o controlo quando descobre que não pode ter filhos.

Amor, loucura e sentimento de perda são algo presente, mas que não têm a capacidade de carregar sobre o filme a atmosfera sombria e doentia que deveria ter. Vamos descobrindo que Serena é fortemente perturbada por um passado muito dificil de esquecer, mas como personagem principal da história não lhe é dada a atenção que a personagem requer, perdendo imenso tempo com assuntos relacionados com o negócio do marido, muitos deles com a sua importância derivado ao periodo histórico, mas relativamente subjectivos para aquilo que era suposto passar através de uma história que no fundo é muito triste e pesada.

Jennifer Lawrence e Bradley Cooper já provaram diversas vezes que são bons naquilo que fazem, mas o que é certo é que nem um nem outro consegue brilhar a cem por cento no filme. Todo o seu talento é desperdiçado, mesmo nas cenas mais intensas, seguidas de algo sem sentido que quebra totalmente a energia e um diálogo que é por vezes desleixado.

Não existe desenvolvimento de qualquer personagem, o que os torna desinteressantes e aquilo que sabemos sobre eles é pouco, imensas coisas ficam por explicar. Assim aos poucos, num filme que não tem o melhor ritmo e uma duração mais longa do que deveria, o interesse pela história vai se perdendo. Das melhoras coisas que o filme tem será talvez a cinematografia, com bonitas paisagens, num cenário bastante imponente no meio das montanhas.

Infelizmente os dois nomes sonantes e talentosos de Serena não foram o suficiente, nesta história pobremente desenvolvida onde tudo parece estar errado.






Classificação final: 2 estrelas em 5.

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