quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Crítica: Mapa para as Estrelas (Maps to the Stars) 2014


Data de Estreia: 11-12-14

Hollywood aos olhos de David Cronenberg. Divertido, charmoso, absolutamente estranho, mas ao mesmo tempo fascinante. Isto é "o" Mapa para as Estrelas. Uma sátira inteligente e cheia de humor onde Cronenberg mostra um lado mais obscuro e profundo daquilo que é o mundo das estrelas de Cinema.

No filme seguimos três histórias separadas que se irão interligar ao longo do filme. A de Havana Segrand (Julianne Moore), uma actriz de meia idade desesperada pelo seu grande regresso as luzes da ribalta. A de Agatha (Mia Wasikowska), uma jovem que acaba de chegar a Los Angeles para ir trabalhar como assistente na casa de Segrand. E finalmente a de Benjie (Evan Bird), um jovem actor de treze anos que rapidamente se tornou milionário devido ao enorme sucesso de uma comédia em que participou.

Personagens bastante peculiares muito bem interpretadas por todo o elenco, que é capaz de brilhar a cada cena. Para além das grandes interpretações de John Cusack, Olivia Williams, Robert Pattison e do jovem Evan Bird, destacam-se as excelentes performances de Mia Wasikowska e da magnífica Julianne Moore, num papel absolutamente incrivel que já lhe valeu prémios de melhor actriz, um deles, a Palme d'Or no Festival de Cannes no inicio deste ano.

Enquanto aborda certas situações usando bastante humor negro também lida com outras de forma muito séria. Doença mental, abuso sexual e depressão são todos temas de destaque interessantemente atingidos. Temas fortes e situações por vezes bastante perturbadoras que são capazes de mexer com a audiência.

Mapa para as Estrelas é um filme que lida principalmente com "fantasmas" do passado, tendo como fundo um mundo louco de Hollywood, que talvez não fuja assim tanto da realidade de algumas estrelas da indústria.









Classificação final: 4 estrelas em 5.

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