Data de Estreia: 12-02-2015
O tempo e o espaço são os dois elementos centrais de uma história de amor envolvente e cheia de esperança, onde aspirações e personalidades colidem em dois universos distintos, feminino e masculino.
Em Cometa saltamos para trás e para a frente, ao longo de seis anos, na história de um relacionamento que estava longe de ser perfeito, mas onde um e outro se conectam fortemente de forma inexplicável. Seguimos as várias fases da relação, momentos bons e maus, perante um peculiar estilo de edição e ângulos de camara que nos levam a questionar se o que estamos a ver é realidade, ou fragmentos de sonhos, misturados com etapas da relação dos personagens. Alguns desses momentos, e derivado ao facto da história não ser linear, não estão bem estruturados ou explorados o que faz com que o que estamos a ver se possa tornar confuso. Detalhes sobre o casal são omitidos, detalhes esses que poderiam ser importantes para percebermos o porquê de algumas situações. Enquanto andamos para trás e para a frente reparamos em algumas diferenças nos personagens, diferenças de mentalidade, personalidade, que são ali "enfiadas" sem sabermos o porquê delas, não abonando nada a favor da história.
O que se torna bastante curioso acerca deste filme é que qualquer imperfeição no argumento é magicamente camuflada pelas performances fascinantes por parte de Justin Long e Emmy Rossum, que são sem dúvida o melhor do filme. A química entre os dois é notória e a forma como se entregam aos personagens parece muito verdadeira e sincera. O diálogo fluido e a maneira como agem faz com que nos conectemos com eles e queiramos saber mais sobre estas personagens.
Há definitivamente talento naquilo que o realizador Sam Esmail fez neste seu primeiro trabalho como realizador, mas alguns momentos exagerados não contribuem para o sucesso do filme. No entanto, apesar das falhas que possa ter, revela-se estranhamente agradável do inicio ao fim, com a mais valia das impecáveis performances.
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