quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Crítica: Vício Intrínseco (Inherent Vice) 2014


Data de Estreia: 19-02-2015

Paul Thomas Anderson está de volta com este magnifico Vício Intrínseco, uma comédia negra adaptada do livro crime-noir psicadélico de Thomas Pynchon, onde seguimos o detective privado Doc Sportello (Joaquin Phoenix), que é contractado por uma ex-namorada para investigar o desaparecimento do seu novo namorado, um magnata rico do imobiliário. Rapidamente a investigação complica e é gerado num enorme labirinto, e uma panóplia de personagens invadem a história, cada um com o seu propósito e interesse no enredo.

Com um estilo super 90's o filme é uma mistura absolutamente perfeita do sombrio, misterioso e bizarro, com a California dos anos 70, com atmosfera muito hippie, como pano de fundo. Envolvente e sedutor, leva-nos numa viagem louca onde saltamos frequentemente da realidade para momentos semi-surreais e fantasiados, momentos esses que nos levam a pensar para além do que estamos a ver, interpretando os seus diferentes significados, coisa a que Paul Thomas Anderson já nos têm habituado nos seus filmes. A magnífica cinematografia e banda sonora que se enquadra perfeitamente a cada cena são outras das mais valias do filme.

Joaquin Phoenix tem uma performance absolutamente cativante e divertida, sempre muito bem apoiado pelo elenco secundário (Benicio Del Toro, Reese Witherspoon, Owen Wilson, Katherine Waterston) que se destaca, mesmo os que não têm muito tempo de ecrã. Dos personagens que se destacam mais, não posso deixar de mencionar Josh Brolin que nos proporciona alguns dos momentos mais hilariantes do filme, liderando todas as cenas em que entra.

Vício Intrínseco é sem dúvida mais um dos triunfos de Paul Thomas Anderson. Uma obra vibrante de um dos realizadores mais completos dos tempos modernos, e pelo qual estou sempre ansiosa em saber o que vai fazer a seguir.







Classificação final: 5 estrelas em 5.

4 comentários:

  1. Crítica muito fraquinha, não tanto pelo conteúdo, mas sim pela qualidade de escrita nela presente.De resto, concordo com o que foi dito. É um excelente filme, com uma grande mística envolvente. A sua relação com o livro creio que se mantém bastante fiel. 5*, mesmo!

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    1. Obrigada pelo comentário. Percebo perfeitamente que se note o meu amadorismo visto que não tenho qualquer experiência em escrita jornalistica e é normal que isso se reflita na minha escrita. Faço isto apenas porque tenho muito gosto.

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    2. É de louvar a sua humildade ao reconhecer as fraquezas.. Nem toda a gente possui essa capacidade, infelizmente. Dito isto, ganhou mais um seguidor do seu blogue! Não desista do projeto...

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    3. Muito obrigada e continuarei sempre a tentar melhorar as minhas capacidades.

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