domingo, 12 de junho de 2016

Crítica: Atracção Fatal (Fatal Attraction) . 1987


Dan Gallagher (Michael Douglas) é um advogado bem sucedido que vive com a mulher e a filha em Nova Iorque. Com uma vida bastante confortável e feliz, nada faria prever o inferno que estaria para chegar. Quando a mulher e a filha vão passar uns dias fora, Dan conhece Alex Forrest (Glenn Close) uma cliente da firma onde trabalha, e os dois têm um estrondoso affair durante um fim-de-semana. Enquanto Dan vê o caso como um erro que quer apagar do passado, Alex vê as coisas de forma diferente. O segredo de Dan rapidamente é posto em risco visto que Alex se transformou numa obsessiva stalker que não vai desistir enquanto não tiver o que realmente quer. Ter Dan só para si.


Fatal Attraction é um dos mais famosos thrillers eróticos dos anos 80, que fica fortemente marcado não só pela sua carga emocional, boa escrita e grandes interpretações, mas também por ter influenciado muitos outros que se seguiram dentro do género. Facilmente poderia ser adaptado à era moderna e o é interessante como à medida que vai alcançando uma maior intensidade, se vai tornando mais aterrador e começamos a olhar para ele quase como se de um filme de terror se tratasse. Aqui o sexo é agressivo, ao mesmo tempo destrutivo, deixando os personagens suplicando por mais, com Michael Douglas e Glenn Close a mostrarem-se perfeitos para os seus papéis, especialmente Close que fascina com o seu ar doentio e alucinado, interpretando uma das vilãs mais marcantes de sempre do cinema.

As questões morais e aquilo que é a natureza humana revela-se aqui o mais importante, nunca esquecendo que a tentação é uma coisa perigosa. Não é o filme perfeito, mas sustenta muito bem a ideia que quer passar.

in Take Cinema Magazine, edição 43 Erótica.

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