quinta-feira, 14 de novembro de 2019

my (re)view: Um Dia de Chuva em Nova Iorque (A Rainy Day in New York) . 2019


A cada ano que passa as polémicas em torno da vida privada de Woody Allen aumentam, mas isso não parece demovê-lo da vontade de querer continuar a fazer filmes. A Rainy Day in New York viu a sua estreia banida de vários cinemas pelo mundo, nomeadamente nos Estados Unidos, onde não foi exibido em nenhuma sala. Em Portugal, Allen continua a ter um público bastante fiel, e boa receita de bilheteira com mais uma destas suas cartas de amor à cidade que tanto idolatra como sendo a melhor e mais interessante cidade do mundo, Nova Iorque. Já são várias as provas de que Allen é fiel aos seus conceitos e temas, não existindo aqui nada de novo no que toca ao material de escrita, notando-se uma certa repetição, repetição essa que se afirma claramente como opção e não falta de criatividade. Quer sejam os temas recorrentes ou não, o encanto nova-ioquino está sempre lá, assim como as dúvidas existenciais e problemas amorosos dos personagens principais. Timothée Chalamet é actualmente um dos jovens promissores mais interessantes da indústria, incorporando na perfeição o típico personagem dos filmes de Allen, neurótico e inseguro cuja namorada Ellen Fanning, se deslumbra por um realizador e um argumentista de cinema para um projecto jornalístico da faculdade. Uma viagem divertida e descontraída pela Nova Iorque boémia e artística onde Allen aproveita para criticar um pouco a indústria cinematográfica, gozar consigo mesmo e até fazer umas ligeiras provocações. Estamos assim perante mais um filme feito para os fãs de Woody Allen, aqueles que compreenderam melhor como um dia de chuva em Nova Iorque pode ser bastante especial.

Classificação final: 3,5/5.

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