domingo, 1 de dezembro de 2019

my (re)view: Luce . 2019

imagem via thespool.net
Vivemos num mundo onde inconscientemente nos julgamos uns aos outros todos os dias, tentando adivinhar o que cada um pensa ou sente quando confrontamos com situações mais delicadas. O melhor de Luce é dar importância a isso mesmo. Durante o filme observamos o jovem Luce (Kelvin Harrison Jr.) a ser questionado e julgado por professores, amigos e família quer sejam essas afirmações sobre as suas acções verdadeiras ou falsas. Pensamos constantemente se os seus sentimentos e atitudes serão sinceros ou produto de uma mente que vê o mundo ao seu redor a fazer lhe imposições sobre a maneira como tem que se comportar, falar e até pensar. E é por isso mesmo que este filme se transforma num retrato tão bom do que a sociedade se está a tornar e da forma como a opinião da sociedade deve ou não influenciar a nossa maneira de estar. Não percebemos bem quem são os heróis ou quem são os vilões quando na verdade somos por vezes moldados aos olhos de outros para agradar a uma maioria. O filme tem um papel muito importante na questão interacial assim como social passando por temas sensíveis da actualidade. É também um filme de excelentes actuações com veteranos como Naomi Watts, Tim Roth e Octavia Spencer a brilhar ao lado da maior estrela deste filme de seu nome Kelvin Harrison Jr. o novato que mostra estar à altura de todos os outros. Luce podia ser só mais uma história sobre um adolescente conturbado, mas eleva-se pelo suspense e forma como mexe connosco emocionalmente. Bem escrito, bem montado, com grandes interpretações e óptima banda sonora, Luce é daqueles filmes que se transformam em experiências cinematográficas que permanecem connosco depois de acabarem.

Classificação final: 4,5/5.

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