terça-feira, 5 de agosto de 2014

Crítica: Hercules (2014)


Hercules, o grande e invencível Hercules!  O Herói da mitologia Grega, muito louvado pelo famoso “Mito dos 12 Trabalhos”, já tantas vezes retratado em filmes e na televisão. Mas para quem não sabe nada sobre mitologia Grega o filme faz logo de inicio uma pequena introdução à cerca da história de Hercules e do seu mito. Por ser algo que não é de todo novidade as expectativas não era muito altas, o que acontece é que o filme acaba por não desapontar enquanto blockbuster que é.

Aqui Hercules o semideus, filho de Zeus, temido pela sua bravura e força máxima vai ter de ajudar o Rei da Trácia e a sua filha a derrotar um tirano que quer conquistar as terras do império. Mas outras surpresas estão por desvendar e Hercules não está a contar com elas.

Os efeitos especiais por vezes podem não ser os melhores, mas as constantes cenas de acção e a dinâmica entre personagens fazem com que a história não seja aborrecida. Contudo a ultima meia hora de filme é sem dúvida onde o filme se destaca mais. Foi a parte mais divertida e aquela que tem maior significado em toda a história.

O filme não tem um tom definido, tanto tenta ser sério como tenta ser cómico e algumas vezes a comédia esta um pouco fora do sitio, no entanto há um personagem que constantemente e na minha opinião bem, tenta dar um tom mais leve e divertido à história, o personagem de Ian McShane. Outros dos grandes problemas do filme é o pobre dialogo e o uso de muitos clichés ao longo do filme.

Por norma este tipo de filmes mitológicos focam-se mais na parte histórica dos eventos, tentando apenas retractar uma época, mas a diferença aqui é que o filme também quer passar uma importante mensagem de lealdade entre pessoas. A química entre o elenco, que ao inicio parecia ser bastante distante vai aumentando ao longo do filme e cada vez mais sentimos a conexão entre personagens.

Dwayne Johnson parece ter se transformado num rei do entretenimento e vê-lo no papel de Hercules é algo que conseguíamos imaginar perfeitamente. Sem surpresas ele faz bem o seu papel, mas para mim é Ian McShane quem brilha mais neste filme. Nele, ele interpreta um dos guerreiros que acompanham Hercules. Ele é vidente e como tal é o único que consegue prever o que se vai avizinhar ao longo das suas jornadas. Um personagem muito alucinado e divertido que nos vai proporcionar algumas risadas. O resto do elenco secundário consegue performances satisfatórias. Quanto à participação muito falada de Irina Shayk, simplesmente não tenho nada a dizer, derivado ao facto de que ela tem apenas uma fala no filme e em todas as outras cenas em que entra (muito poucas) não diz nada. John Hurt é uma lenda, nada de mal a dizer deste senhor.

A história não segue totalmente à risca aquilo que a mitologia conta mas num filme deste género, temos que compreender que tudo tem de ser dramatizado para criar o efeito desejado. Para os grandes apreciadores da Mitologia Grega isso pode ser desapontante. A verdade é que apesar das suas falhas Hercules acaba por ser bem sucedido no que toca ao entretenimento que nos proporciona. Não é fantástico, mas também não é terrível. É simplesmente mais um filme mediano.

Hercules estreou na quinta-feira passada, dia 31 de Julho.








Classificação final: 3 estrelas em 5.

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