sexta-feira, 22 de maio de 2015

Crítica: Tomorrowland: Terra do Amanhã (Tomorrowland: A World Beyond) 2015


Brad Bird conhecido por ter realizado excelentes filmes de animação como The Incredibles ou Ratatouille traz agora ao grande ecrã a aventura de ficção cientifica Tomorrowland, baseada numa terra futurista que pode ser encontrada nos parques temáticos da Disney. A premissa parece bastante interessante - Frank e Casey viajam para um lugar algures no tempo e no espaço chamado Tomorrowland onde as suas acções afectam não só a si próprios, mas também o mundo - mas durante todo o filme por aqui nos ficamos e nada de muito especifico é apresentado acerca deste lugar especial.

Assim que o filme começa o personagem Frank (George Clooney) interage directamente com a camera e logo aí percebemos que iremos passar um bocado bem divertido, e a verdade é que durante todo o filme o interesse não se perde, mas no que toca à própria narrativa em si é que as coisas se tornam um pouco diferentes. Frank Walker (George Clooney) foi em tempos um menino prodígio que em 1964 entrou no mundo secreto de Tomorrowland (com a ajuda de uma perspicaz jovem) sendo mais tarde deportado de volta ao mundo real. Casey Newton (Britt Robertson) é a heroína da história, que graças a um misterioso pin, entra em Tomorrowland e tem a missão de salvar o mundo. Os dois irão juntar-se numa aventura que carrega consigo o peso daquilo que é a destruição ambiental e social da humanidade, algo que temos visto recorrentemente noutros filmes. A mensagem que passa é sem dúvida importante e nunca é demais lembrar, mas quer queiramos quer não, peca pela falta de originalidade.


Ao contrário daquilo que seria suposto, as partes fora de Tomorrowland são mais entusiasmantes do que em Tomorrowland. Não era suposto ser o contrário? E essa é provavelmente uma das coisas mais decepcionantes do filme que no trailer nos leva ao engano. Apesar dos visuais incríveis, o facto de haver pouca informação sobre aquele lugar acaba por permanecer um mistério. O vilão, David Nix (Hugh Laurie), não é suficientemente forte e é pobremente desenvolvido. A verdadeira surpresa aqui são todas as performances do elenco mais jovem (Thomas Robinson - que interpreta Frank enquanto criança, Raffey Cassidy e Britt Robertson) que têm um a vontade em cena enorme e as duas últimas uma química fantástica com George Clooney. Clooney é absolutamente adorável neste papel, rezingão, sarcástico e com bom coração, uma performance que cria imediata empatia com o público. 

Apesar da mensagem ambiental positiva e também da mensagem motivacional de acreditarmos em nós próprios e nunca desistirmos dos nossos sonhos, Tomorrowland não toca assim tanto em termos emocionais visto que as sequências de acção e aventura se sobrepõem a isso. Muito estilo e pouca substância, mas mesmo assim é impossível negar que não passamos um momento agradável.


Classificação final: 3 estrelas em 5.
Data de Estreia: 28-05-2015

2 comentários:

  1. "trás" está incorretamente indicado. Traz do verbo trazer é que está certo.

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    1. Muito obrigada pela correcção. Mesmo ao rever os textos, por vezes há coisas que me escapam (e dúvida básicas e vergonhosas surgem) mas passei muito tempo a escrever em inglês e a língua materna foi ficando um pouco para trás (agora sim penso que empreguei a palavra de forma correcta hehe).

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