terça-feira, 16 de junho de 2015

Crítica: Mundo Jurássico (Jurassic World) . 2015


Passado 22 anos, o parque está de novo aberto! Mundo Jurássico é o quarto filme da franquia Jurassic Park que Steven Spielberg criou em 1993, aquele que é um importante passo na história do cinema, marcando uma mudança no que toca a alguns aspectos técnicos, pioneiros e incrivelmente feitos para a época. Para todos os que cresceram com os filmes Jurassic Park como eu, o regresso deste universo era sem dúvida algo esperado com entusiasmo mas, sempre ciente de que dificilmente estaria à altura do primeiro filme (visto que os outros três que se seguiram também não conseguiram ser tão fortes). Colin Trevorrow é o responsável pela nova sequela que é capaz de nos deixar boquiabertos com as novas criaturas e espaços temáticos do parque, mas que não consegue igualar a magia do primeiro filme.

Na Isla Nublar, o mesmo local onde Jurassic Park esteve em tempos aberto, pelas mãos da InGen (companhia de engenharia biológica fundada pelo Dr. John Hammond (Richard Attenborough), o criador do primeiro parque temático com dinossauros) está agora reaberto e em plenas funções. Mundo Jurássico, acolhe milhares de visitantes curiosos para ver e interagir com dinossauros num lugar único. Sempre prontos a inovar e mostrar coisas novas a quem visita a ilha, a InGen cria um novo dinossauro, geneticamente modificado, com o nome de Indominus Rex, conseguido através de DNA de vários predadores. Quando o dono do parque Simon Masrani (Irrfan Khan) pede ao treinador de velociraptors Owen Grady (Chris Pratt) para inspeccionar o novo dinossauro, este percebe que algo de errado se passa com a criatura. Grady tenta alertar a manager do parque Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), dos perigos que a InGen poderá ter com nova atracção principal, mas já seria tarde demais pois Indominus Rex consegue escapar do cativeiro e prepara-se para um massacre total.

É claro que a história não é original, e a passo e passo já sabemos o que vai acontecer, mas desde bem cedo o filme mostra que não quer ser comparado com nenhum dos outros três, especialmente com o primeiro. Respeitando a história inicial, é nos mostrado pequenas ligações, apontamentos visuais e até falados de eventos do primeiro filme, marcando bem esse legado. Mundo Jurássico é um filme que segue o seu próprio caminho e isso é bom, sem grandes surpresas seguindo uma formula simples. A escolha de Chris Pratt é outro factor que abona a favor do filme visto que o seu carisma e toques de humor dados por ele, mostram que neste momento não poderia haver ninguém melhor para fazer um papel do género. Os efeitos visuais são aprazíveis, mas comparado com o que se fez em 1993 até parece que deixam a desejar. O CGI é cada vez mais o rei no que toda a blockbusters, e aqui só podia ser usado em grande escala, só acho que alguns momentos mereciam ter sido mais bem conseguidos, visto que hoje em dia já se é capaz de criar através de computador coisas absolutamente incríveis. 

Mundo Jurássico é sem dúvida uma boa peça de entretenimento, afinal de contas quem é que não fica fascinado com este mundo dos dinossauros! 22 anos depois não consegue transportar toda aquela magia para si, mas reaviva a memória da obra fantástica que Spielberg fez e deixa no fim um belo sentimento de nostalgia.


Classificação final: 3 estrelas em 5.
Data de Estreia: 10-06-2015

2 comentários:

  1. Também sou crítico, mas avalio artigos científicos. Noto que falta solidez à sua análise. Já as comparou? Inaceitável nota 3 para este esquecível Blockbuster, e 2,5 para Mulher de Ouro. Visite um Museu do Holocausto como no filme e reveja a película. Vc vai sentir a parte pessoal e emocional que lhe faltou.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Peço desculpa pela resposta tardia. Sou apenas uma pessoa que gosta de escrever sobre cinema, não sou crítica profissional, daí o facto de talvez faltar solidez na análise. Nunca visitei nenhum Museu do Holocausto pois onde vivo não existe nenhum e infelizmente ainda não tive oportunidade de poder sair do meu país e viajar para poder ver um. O facto pelo qual dei 3 a este e 2,5 ao Woman in Gold está explicado na análise que faço, por mais pobre que seja. Quando dou uma nota tento dar segundo o género em que o filme se insere e talvez já que o Woman in Gold pretende retratar algo mais real deveria tê-lo feito de forma mais efectiva, enquanto o Jurassic World é apenas mais um popcorn movie para divertir e ver de "cerebro desligado". Obrigada pelo comentário é sempre bom ouvir outras opiniões.

      Eliminar