quarta-feira, 25 de maio de 2016

Crítica: Alice do Outro Lado do Espelho (Alice Through the Looking Glass) . 2016


Alice está de volta ao país das Maravilhas! A sequela do live-action de Tim Burton, Alice in Wonderland (2010) regressa agora com muitos dos mesmos personagens, com uma nova história para contar, mas desta vez pelas mãos do realizador James Bobin. O resultado não é o mais surpreendente de todos, mas sem grandes exigências diverte e entretém.

Alice Kingsleigh (Mia Wasikowska) acaba de regressar de uma volta ao mundo, a bordo do navio do seu falecido pai. De volta a Londres, Alice vê-se obrigada a abdicar naquilo que de mais precioso o seu pai lhe deixou, até que reencontra inesperadamente Absolem (com a voz do saudoso Alan Rickman, a quem é dedicado o filme) que a leva até um espelho mágico que a colocará de volta ao país das Maravilhas, onde o Mad Hatter (Johnny Depp) se encontra muito abatido e confuso acerca de dolorosos acontecimentos do passado. Cabe agora a Alice, com a ajuda de todos os seus velhos amigos, prevenir que algo de muito trágico aconteça, numa corrida, literalmente, contra o Tempo (Sacha Baron Cohen).

Esta é a prova de que mais pode ser apresentado dentro do universo dos contos de Lewis Carroll em Wonderland, mesmo que essa não seja da forma mais original e surpreendente possível. Segue claramente a linha visual que Tim Burton cravou nele, porém menos creepy e sombrio. Visualmente cativante, é colorido e vibrante (algo que o IMAX 3D ajuda a enaltecer), conta com cenários e guarda-roupa que ajudam ainda mais a dar vida a este mundo encantado. As mensagens são positivas, as performances sólidas e a nova viagem de Alice definitivamente agradável de assistir, mas é pena que a história siga demasiados clichés e a sua duração seja demasiado longa, o que acaba por prejudicar o climax da acção, que tal como o tempo diferença entre o primeiro filme e lançamento deste (de 6 anos) o faz perder por vezes o seu rumo. 

Alice do Outro Lado do Espelho não tem certamente a eficácia de que gostaria, coisa muito difícil de encontrar numa sequela de um filme do género, mas que estranhamente nos prende, ficando-se pelo nível do mediano, correndo o risco de cair rapidamente no esquecimento.

Classificação final: 3 estrelas em 5.
Data de Estreia: 25.05.2016

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