quarta-feira, 4 de maio de 2016

Crítica: Capitão América: Guerra Civil ( Captain America: Civil War) . 2016


Ora vamos lá falar do filme do momento. Agora que o hype começa a assentar um bocadinho - e consegui não me deixar influenciar por qualquer comentário que tenho visto desde a sua estreia - Capitão América: Guerra Civil não conseguiu provocar em mim o mesmo êxtase que pelos vistos causou em outros. Gosto do universo que a Marvel criou, mas talvez o facto de estar estagnado no mesmo nível de há algum tempo para cá, faça com que seja apenas mais do mesmo. Entretem? Sim. Gostei? Sim. Fiquei surpreendida? Não.

Desta vez, Steve Rogers aka Captain America (Chris Evans) sente-se sensivelmente abalado com o reaparecimento do seu amigo de longa data Bucky Barnes aka Winter Soldier (Sebastian Stan), depois de um novo incidente que envolve os Avengers. Com a pressão política a cair sobre os super-heróis, e a possibilidade de um acordo que passa a supervisionar tudo aquilo que fazem, o grupo acaba por se dividir. Uns ficam do lado de Captain America, procurando continuar um caminho livre apenas com o objectivo de proteger a humanidade, mesmo que tenham que continuar a sacrificar alguns civis, e outros do lado de Tony Stark aka Iron Man (Robert Downey Jr.), disposto a aceitar o acordo, consumidos por remorsos e culpa.

Os irmãos Joe e Anthony Russo, já haviam mergulhado no universo Marvel, quando em 2014 realizaram Capitão América: O Soldado do Inverno. Este filme acaba por conjugar aquilo que queríamos ver a seguir no que toca à história de Rogers e Barnes, que definitivamente resulta e continua a ter um grande peso emocional, mas assim que as restantes personagens ocupam igualmente o mesmo tempo de ecrã, mais parece que estamos perante outro filme dos Avengers. A narrativa nem sempre é consistente, e o vilão Helmut Zemo (Daniel Brühl) acaba por ser mal aproveitado, pois só sabemos realmente as suas verdadeiras intenções numa fase muito avançada do filme, depois de andarmos às voltas durante quase 2 horas e 45 minutos de filme. As cenas de acção são muitas, e muitas delas bem coreografadas, mas com CGI que deixa a desejar quando a exigência seria maior. Os membros ausentes (Hulk, Thor e Quicksilver) pouco ou nada são abordados, mas os novos membros são bem-vindos e causam interesse - um novo e divertido Peter Parker aka Spider-Man (Tom Holland), T'Challa aka Black Panther (Chadwick Boseman) também ele com uma carga emocional ligada a si e o já conhecido e divertido Paul Rudd e o seu Scott Lang aka Ant-Man que dá um toque de humor bastante agradável. O factor entretenimento está garantido e sem dúvida que os actores também contribuem para isso, mas talvez seja melodrama a mais e as sequências de luta sejam em demasia, mas afinal não era isso que se pretendia aqui?

A verdade é que Capitão América tem sobre si todo o importante legado dos Avengers, e é essencial para o sucesso do franchising. Se este é, ou não o melhor filme de sempre da Marvel? Eu não o diria. Mas não é definitivamente o pior.

Classificação final: 3 estrelas em 5.
Data de Estreia: 28.04.2016

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