terça-feira, 6 de outubro de 2015

Crítica: Black Mass - Jogo Sujo (Black Mass) . 2015


Se há subgénero dentro dos crime films que me agrade mais do que qualquer outro, são filmes de gangsters. Quer sejam elas histórias verídicas ou ficcionais, este é o tipo de filme que me cativa de maneira especial. Por causa disso mesmo, Black Mass era um dos meus mais esperados para este ano.

Em 1975, James "Whitey" Bulger (Johnny Depp), um perigoso gangster, controla quase todo o crime organizado no Sul de Boston em conjunto com os seus parceiros, liderando o chamado Winter Hill Gang. Enquanto Bulger disputa território com a máfia italiana, vê o seu irmão (Benedict Cumberbatch) em ascensão na carreira politica e um amigo de infância (Joe Edgerton) em progresso no FBI. Devido às circunstâncias surge assim a oportunidade perfeita de passar despercebido e encoberto de toda uma vida de crime, extorsão, drogas, dinheiro e mortes.

Baseado no romance com o mesmo nome, relatando factos verídicos sobre a história destes homens e reproduzido no grande ecrã pelas mãos de Scott Cooper (Crazy Heart, Out of Furnace) o filme demonstra ter claras influências de Martin Scorsese - com um ritmo não tão frenético como o seu mas semelhante em termos de cinematografia e sequências - ou de Francis Ford Coppola - principalmente com The Godfather, prestando bastante atenção a todo o mistério em torno do personagem principal. Johnny Depp contribui bastante para o fascínio acerca de "Whitey" Bulger. Bem conhecido por interpretar personagens bastante caricatos, esta parece ser a primeira que realmente nos aterroriza pelo realismo e frieza com que veste a pele deste psicopata. Esta é sem dúvida uma das melhores performances da sua carreira, onde transparece de forma impressionante a complexidade do protagonista. As performances secundárias, todas elas sólidas, contribuem também para um bom resultado final.

Apesar de algumas falhas na narrativa, o filme está repleto de momentos sombrios e envolventes, onde por vezes o silencio impera e a tensão transmitida através de um peso imenso na sua atmosfera. O mundo do crime, retratado sem dó nem piedade, onde por vezes homens com boas intenções rapidamente se vêem envolvidos em situações complexas, obtendo as piores consequências. Scott Copper continua assim no bom caminho, mantendo-se fiel a um estilo mais parado, mas muito intenso e interessante.

Classificação final: 4 estrelas em 5.
Data de Estreia: 08-10-2015

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