domingo, 4 de maio de 2014

Crítica: Dial M For Murder (1954)


Já tinha aqui partilhado convosco que Dial M for Murder faria parte do Festival IndieLisboa e seria uma das minhas escolhas pois era um dos filmes de Alfred Hitchcock que não tinha visto ainda e seria uma oportunidade perfeita para o ver na tela grande e com o acréscimo de ser na sua edição especial em 3D.

Devo confessar que não sou fã do 3D​ e por causa disso estava um pouco apreensiva, mas pensei que esta seria uma experiência totalmente diferente. Eu já sabia que as técnicas utilizadas na altura eram apropriadas a 3D e afinal o chamado "Mestre do Suspense" parece que nunca fez nada mal!

Em 1953 Alfred Hitchcock filmou este filme especificamente com cameras 3D, mas este acabou por ser lançado nos cinemas apenas no normal 2D. Parece que o 3D não era propriamente uma coisa interessante naquela altura. 
Todas as técnicas de camera utilizadas são absolutamente incríveis! Foi uma das melhores experiências que já tive numa sala de cinema e definitivamente dos melhores 3D que já vi! Sentimo-nos literalmente dentro do filme, ali mesmo ao lado dos actores. Sentimo-nos tão perto deles que a tensão que é construída ao longo do filme resulta na perfeição. A profundidade é usada de uma forma incrível! Eu só vi este tipo de profundidade ser usada uma vez em 3D no filme de Martin Scorsese, Hugo.

A trama de Dial M for Murder é fantástica! Conta a história de um ex-jogador de ténis que arranjou um plano para assassinar sua esposa que tem um caso com um dos seus amigos. Se ela morrer, ele também receberá uma grande quantidade de dinheiro com um seguro que fizeram recentemente. O plano é perfeito, mas as coisas não correm como o previsto então ele rapidamente encontra um plano B. 
A história é muito intensa e a tensão é brilhantemente construída pouco a pouco. Os diálogos são óptimos e as performances também foram muito importantes para que tudo funcionasse tão bem . Ray Milland e Grace Kelly teveram performances fantásticas interpretando marido e mulher assim como Robert Cummings como o amante e Jonh Williams como o engraçado Inspetor Chefe Hubbard.

Eu tinha uma ideia totalmente diferente do que este filme seria devido ao facto ter visto mais que uma vez o remake de 1998 A Perfect Crime, com Michael Douglas e Gwyneth Paltrow. Mas afinal para além desse não seguir propriamente todas as linhas do original fica muito à quem da perfeição que Dial M for Murder é.





Sem qualquer sombra de dúvida, Dial M for Murder é um dos melhores filmes de Alfred Hitchcock e eu fico muito feliz por ter tido a oportunidade de ver esta obra fantástica no cinema numa experiência de 3D incrível.

Classificação final: 5 estrelas em 5.

Sem comentários:

Enviar um comentário