quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Crítica: A Canção de Uma Vida (Song One) . 2014


«Exibido no LEFFEST '15»

Ainda com um pequeno percurso pelas curtas metragens, a realizadora Kate Barker-Froyland estreia-se agora nas longas com este A Canção de Uma Vida. Infelizmente, este revela ser uma tentativa falhada de um tocante romance, aproximando duas pessoas através de uma situação não muito agradável. Romance à parte, também tenta demonstrar a importância que a música tem nas nossas vidas, mas de forma pouco efectiva.

A história segue Franny (Anne Hathaway) uma antropologista que se vê obrigada a regressar a Nova Iorque, quando o seu único irmão e músico, Henry (Ben Rosenfield), sofre um grave atropelamento e fica em coma. Franny, que recentemente se tinha chateado com ele, vive agora em constante agonia e sofrimento, tentando conectar-se com o irmão e perceber o porquê do seu grande amor pela música. Frequentando os mesmos sítios que ele, ouvindo as mesmas músicas que ele, experienciando vários momentos em sítios por onde Henry passava. Um dia, vai ao concerto do artista favorito de Henry, o cantor James Forrester (Johnny Flynn), partilha com ele a história do irmão. Quase de imediato, os dois criam uma ligação forte.

O filme tem o seu certo charme e o facto de ter muitos momentos musicais, que vão ilustrando um pouco o estado de espírito das personagens, conseguem em certa parte demonstrar a dor da personagem principal, mas não passa muito disso. A interpretação profunda de Anne Hathaway, não chega para dar a conhecer ao espectador a personagem o suficiente. Mesmo assim, a sua interpretação consegue ser de longe o melhor do filme. Todas as outras personagens são igualmente mal desenvolvidas, bastante superficiais. Chega a ser difícil perceber o porque de Franny se interessar por James, visto que a química entre os dois actores é quase nula, já que a interpretação de Flynn fica muito aquém da de Hathaway. O desinteresse começa a crescer a partir do momento em que nos apercebemos que não vamos conseguir saber muito mais, do que aquilo que nos foi apresentado logo no inicio e isso é frustrante.

Apenas mais um filme previsível, que pouco faz para se conectar connosco. Algo que já vimos repetido imensas vezes e que facilmente caí no esquecimento.

Classificação final: 2 estrelas em 5.

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