segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Crítica: Manglehorn . 2014


«Exibido no LEFFEST '15»

Depois do subestimado Joe (2013), David Gordon Green, resolve continuar a apostar em caminhos mas sombrios, com algo mais profundo e introspectivo, mas acontece que Manglehorn, não detém a mesma capacidade de cativar o espectador, nem mesmo com um nome como Al Pacino associado a ele. 

O filme tenta fazer o estudo de um personagem chamado Manglehorn (Al Pacino), que possui uma loja de chaves numa pequena cidade do Texas. Recatado e solitário, passa os seus dias a trabalhar e a cuidar da sua gata, pensando nos erros do passado, lamentando a vida que poderia ter tido, se a mulher que mais amou não lhe tivesse escapado das mãos. Tem uma relação distante com o seu único filho (Chris Messina) e uma simpática relação com a empregada do seu banco (Holly Hunter). Para além destes, alguns outros personagens menores são introduzidos na história, mas na verdade nenhum deles adiciona nada de relevante, e mesmo a forma como todos eles são apresentados e a dinâmica entre si, não causam grande impacto ou interesse no espectador.

Não há quaisquer tipo de dúvidas acerca daquilo que Al Pacino é capaz de fazer, e a sua performance é mais uma das boas, mas com pouco conteúdo. São apenas as adoráveis cenas entre si e a sua gatinha, e as poucas cenas que partilha com Holly Hunter, os pontos altos do filme. A mistura de realidade e a fantasia, é outra das coisas que parece não fazer grande sentido, mesmo em termos de estilo visual, acabando por ser um pouco confusas. Percebe-se qual a sua intenção e mensagem a passar, mas os caminhos que escolhe para chegar ao centro das questões, não são os melhores e cada vez que as coisas começam a tornar-se interessantes, existe sempre algo que quebra esse encanto. Um filme cheio de falhas, infelizmente impossíveis de esquecer.

Classificação final: 2 estrelas em 5.

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