Claire vive constantemente oprimida pela dor física e psicológica. Quando Nina uma das suas colegas do grupo de apoio para a Dor Crónica se suicida, Claire começa a ficar obcecada com a sua morte e procura respostas junto do marido e filho dela. Mas a pouco e pouco percebemos que para além de todo o desconforto causado pela sua doença, Claire contém também dentro de si o peso de um enorme desgosto emocional. Nesta procura por respostas, ela irá encontrar formas de sarar as suas feridas.
O filme acaba por perder imensos pontos quando não nos põe a par do que é ao certo a Dor Crónica. Sabemos que é essa a condição de Claire, mas não sabemos nem quando lhe foi diagnosticada, nem quaisquer aspectos significativos da doença. Os personagens não têm o desenvolvimento devido e pouco sabemos sobre as suas vidas até então. Muitos assuntos ficam a pairar no ar sem serem devidamente explorados, cabendo-nos a nós subentender quase tudo.
Jennifer Aniston tem aqui a forte performance dramática que faltava na sua carreira. Por sua responsabilidade o filme consegue ter um brilho especial. Ela demonstra aqui que consegue fazer muito mais do que a menina bonita e engraçada das comédias românticas, com uma grande entrega, fazendo transparecer toda a dor física e emocional da personagem. Aniston mostra a cada momento a augústia e vulnerabilidade que Claire carrega consigo todos os dias, vivendo e fazendo o essencial para poder ter uma vida minimamente digna, mas na realidade sem ter vontade de viver. É realmente uma performance digna de reconhecimento e se o filme tem vida é devido à complexidade que ela impecávelmente dá ao seu personagem.
No entanto o filme consegue evitar imensos chlichés e quando chegamos ao fim, faz nos reflectir sobre alguns aspectos da vida deixando também um voto de esperança e mudança.
Data de Estreia: 19-03-2015
Classificação final: 3 estrelas em 5.
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