quinta-feira, 12 de março de 2015

Crítica: Mar Negro (Black Sea) 2014


Mar Negro trás de volta ao grande ecrã os thrillers submarinos. Pena que acabe por ser uma desilusão. Derivado as contingências do Capitalismo, um grupo de homens (metade ingleses, a metade russos) é contratado para uma perigosa mas tentadora missão, encontrar um submarino nazi afundado no Mar Negro cheio de ouro. Ingleses e Russos não gostam uns dos outros e é claro que não poderia dar bom resultado. O cenário do filme teria tudo para ser ideal, porém os caminhos escolhidos não foram os mais inteligentes.

Sobre os personagens não sabemos muito. Estamos perante uma tripulação em que a única coisa que constatamos é que tomam decisões quase irracionalmente, originando acontecimentos dramáticos em exagero. Decisões forçadas e cliché fazem com que aquilo que poderia ter sido uma interessante alegoria sobre a moral e ganância dos Homens, se torne muito superficial e sucinto.

Chegamos a um momento onde já prevemos tudo aquilo que vai acontecer e o desinteresse pela história e personagens vai aumentando gradualmente, onde os momentos mais significativos não têm a intensidade suficiente para sustentar certas cenas. O pior de tudo é que essa falta de intensidade, faz com que aquela atmosfera clautrofóbica que seria suposta existir num filme que é todo ele passado num submarino não existe.

Jude Law lidera o elenco, mas apesar do seu esforço - tirando o confuso sotaque escocês que tenta interpretar sem grande sucesso - a performance acaba por não ter o destaque devido, derivado ao pouco que lhe foi dado para trabalhar, num personagem com pouca profundidade. Flashbacks do passado, com a sua mulher e filho (mostradas repetidamente) não são o suficiente nos fazer conectar com ele. O mesmo acontece com o resto dos personagens, pois alguns pontos importantes do enredo são passados completamente ao lado e no final de tudo, o impacto que causa em nós não grande.

Data de Estreia: 05-03-2015


Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

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