domingo, 8 de março de 2015

Crítica: Félix e Meira 2014


Filme:

Esta é a história de duas pessoas infelizes e solitárias, que o destino vai cruzando, como que se subtilmente dissesse que seriam a salvação um do outro. Felix (Martin Bubreuil) é um homem comum, tentando encontrar um rumo na vida depois da morte do seu pai. Meira (Hadas Yaron) é uma mulher criada dentro dos rígidos termos do judaísmo ortodoxo. Entre os dois cresce gradualmente uma relação de forte afectividade, e o que começa como uma inocente amizade, vai-se tranformando num amor quase impossível devidos aos parâmetros de cada uma das suas vidas.


É muito curioso ver como cada um dos personagens tenda entender as regras de vida e dia-a-dia um do outro. A forma como é explorada a descoberta do desconhecido, quando entram no mundo em que cada um vive, é feita de forma bastante pura, como se de crianças se trata-se onde muitas vezes através do olhar dos actores conseguimos ver retratado o receio e a fraqueza de se o que estão a fazer será realmente aquilo que está certo. As interpretações por parte dos dois actores é bastante sólida, principalmente da parte de Hadas Yaron, que consegue transmitir muito com o seu olhar.

Contudo o ritmo do filme por vezes não é o melhor, visto que os acontecimentos não são muitos e não há conhecimento ou desenvolvimento suficientes dos personagens. Apesar disso, a carga emocional e o sentimento que transmite ao espectador consegue ainda assim ser efectivo.

Félix e Meira revela-se assim, um filme bastante único, que nos deixa com um espiríto de esperança e convicção na mudaça da vida e felicidade destes dois personagens.


Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

Sem comentários:

Enviar um comentário