domingo, 29 de março de 2015

Crítica: Era Uma Vez Na América (Once Upon a Time in America) 1984


Filme:

É sempre uma grande oportunidade ver ou rever os grandes clássicos do Cinema no grande ecrã. Para todos os amantes de cinema ou mesmo admiradores apenas de um certo filme, não há sensação melhor do que o poder experiênciar em sala. Esta foi uma experiência proporcionada pelo 8 ½ Festa do Cinema Italiano, na secção do festival que dá pelo nome de Amarcord, e que tem como objectivo (re)descobrir o cinema Italiano que fez história no cinema a nível mundial.

Era Uma Vez Na América foi o último filme de Sergio Leone. A versão passada foi a de 251 minutos, (aproximadamente 4 horas e 18 minutos) a versão desde sempre sonhada pelo realizador.
Uma nova cópia restaurada digitalmente que trás mais 23 minutos a esta obra do criador do Spaghetti Western. Para além de se revelar um filme absolutamente memorável no grande ecrã, (acredito que também o seja de qualquer outra maneira) para quem o viu pela primeira vez (o meu caso - vergonha das vergonhas, mas não me julguem - já andava para o ver desde sempre) não poderia haver melhor oportunidade e como grande fã de filmes de gangsters era impossível não ficar fascinada com aquilo que vi.

Como muitos devem saber o filme conta a história de um grupo de amigos de Lower East Side, em Nova Iorque. Desde muito novos começam a cometer pequenos crimes pelas ruas da cidade e a pouco e pouco à medida que estes crimes vão assumindo maiores proporções, eles cada vez se tornam mais mafiosos e mais respeitados por todos. Seguimos a história pela perspectiva de Noodles (interpretado belissimamente por Robert De Niro) ao longo de 35 anos, chegando ao ponto que percebemos o quanto a ambição e ganância interferiram no companheirismo entre estes amigos, levando-nos até uma grande reviravolta na história. Um encontro doloroso de um homem com os fantasmas do passado e muitos outros arrependimentos de uma vida cheia de amargura.

Desde a belíssima cinematografia, intrigante história, interpretações memoráveis e uma grandiosa banda sonora da responsabilidade de Ennio Morricone, Sergio Leone construiu um dos mais esplêndidos filmes de gangsters já alguma vez feitos. Um daqueles clássicos intemporais, em que a duração não importa nada! O tempo passa num abrir e fechar de olhos, e perante nós fica na memória uma grande experiência cinematográfica.


Classificação final: 5 estrelas em 5.

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