terça-feira, 22 de setembro de 2015

Crítica: Evereste (Everest) . 2015


"Baseado numa incrível história verídica", é o mote para esta trágica aventura que retrata os acontecimentos passados em 1996 no Monte Evereste, quando dois grupos de alpinistas tentaram chegar ao cume da montanha, tendo sofrido situações inesperadas, algumas que infelizmente os levaram à morte. Realizado por Baltasar Kormákur, Evereste é vertiginoso e triste ao mesmo tempo, onde a condição humana é posta à prova, apenas por pura adrenalina e prazer.

Uma história triunfal, inspiradora, sobre coragem e realização interior que é totalmente bem sucedida no que toca às performances, por parte de um elenco de luxo que não desilude. Apesar da pouca profundidade que é dada a todos eles - muito em parte por culpa de haver tantos personagens a explorar que seria impossível dar a mesma atenção a todos - a emotividade e naturalidade com que representam faz nos realmente acreditar nas suas convicções. Jason Clarke, Jake Gyllenhaal, Josh Brolin, John Hawkes, Michael Kelly, Emily Watson, Keira Knightley. Sam Worthington, Robin Wright entre outros, quer sejam os seus papeis mais pequenos ou de maior destaque, marcam as suas posições, não ofuscando ninguém, contribuindo para o envolvimento do público na acção.

Apesar de ser inteiramente criado com CGI, todas as paisagens são visualmente deslumbrantes. Este é definitivamente um bom exemplo de como a imagem gerada por computador pode ser bem sucedida, transportando-nos até ao local, como se estivessem realmente em pleno Evereste, com cenas de cortar literalmente a respiração. No entanto, o inicio do filme é um tanto ou quanto lento, e o final apressado demais. Pelo meio, tentativas - por vezes falhadas - em fazer alguns dos personagens sobressair, sabem a pouco, mas tendo em conta o número de personagens envolvidas nos acontecimentos era algo já esperado. 

Mesmo com as suas falhas, o bom casting, óptimos visuais e história inspiradora são o suficiente para agradar. Tendo em conta a quantidade de elementos e personagens na história, é provável que resultasse melhor enquanto mini-série ou documentário. Ainda assim, é algo recomendável.

Classificação final: 3,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 24-09-2015

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