Não há nada pior do que sentir que perdemos mais de uma hora e meia a ver algo que teria potencial para muito mais mas que ao invés disso, transforma qualquer tipo de mistério em torno da sua história numa enorme frustração!
O Rosto da Inocência é baseado no caso verídico de Amanda Knox e do seu namorado Raffaele Sollecito, acusados de assassinar a jovem Meredith Kercher, com quem partilhavam um apartamento em Itália. Mas isto até parece que pouco ou nada terá a ver com o filme. A história passa o tempo todo a ser desviada das atenções do caso de policia para se focar nos problemas pessoais de um realizador de cinema (Daniel Brühl), que segue de perto todo o mediatismo do caso para mais tarde o transformar num grande filme de Hollywood. O que é mais triste acerca do filme, é que para puder compreender melhor o que vi, tive que pesquisar e ver alguns vídeos sobre o caso real, para que situações presentes no filme, me fizessem então sentido.
Desde o envolvimento com uma jornalista (Kate Beckinsale) que o ajuda a obter informações sobre o caso, o relacionamento de amizade que cria com uma jovem inglesa (Cara Delevingne), às atitudes quase absurdas que vai tomando ao longo do filme, o equilíbrio entre a sua vida e o caso não é sólido, tornando-se muitas vezes confuso. Por vezes é difícil perceber o rumo que a história toma, e apesar de saber quais as intenções que teria, ou significado a passar, não suscita qualquer emotividade, antes pelo contrário, consegue tornar-se bastante monótono. Cara Delevingne está mais que na moda, e é certo que a rapariga até que tem jeito para ser actriz. Tanto o seu talento como o de Daniel Brühl são totalmente desperdiçados, em papeis com pouquíssima profundidade e sem grande interesse. Outra coisa que me espanta é o facto de só ter descoberto com este filme o quão má actriz Kate Beckinsale é.
Classificação final: 1,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 17-09-2015
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