segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Crítica: Love & Mercy . 2014


Entrando dentro da mente brilhante de um génio da música rock/pop americana. Love & Mercy é a grande homenagem a Brian Wilson, um dos membros dos lendários The Beach Boys, principal responsável pelo sucesso musical do grupo, tendo compondo letras e músicas que ainda hoje são consideradas grandes referências no panorama musical.

Em plena a ascensão do grupo, seguimos Paul Dano - interpretando Brian Wilson nos anos 60 - os seus rasgos de genialidade musical, as drogas, os fantasmas da sua infância e juventude, misturados com os ataques de pânico e vozes que ouvia dentro da cabeça. John Cusack - interpretando Brian Wilson nos anos 80 - um homem reprimido a um passado que poderia ter-se transformado num futuro ainda mais brilhante. Aqui diagnosticado com esquizofrenia paranóica, Wilson vivia como prisioneiro do seu ofensivo terapeuta (Paul Giamatti), que tinha o controlo total da sua vida. Mas como se costuma dizer, o amor cura tudo, e seria uma vendedora de carros (Elizabeth Banks) a peça mais importante para salvar Wilson.

Independentemente de se ser fã dos The Beach Boys ou não, é impossível ficar indiferente à história e genialidade da mente deste homem. Através das magnificas performances de liderança de Paul Dano e John Cusack, a emotividade e envolvimento com o personagem passa para o outro lado do ecrã e é um autentico deleite ver dois actores entregar-se com tamanha dedicação. A atmosfera de melancolia e o lado sombrio e pesado da vida de Brian Wilson são eficazmente reflectidos, com um óptimo balanço entre os momentos do passado e do futuro, ligados na perfeição, para que a conexão entre atitudes e memórias sejam apresentadas da melhor maneira possível.

Embora alguns aspectos pudessem ser melhor explorados - como por exemplo a relação com os irmãos e família, ou até o aprofundamento na questão do abuso por parte do seu terapeuta - todas as outras coisas são tão boas que quase nos fazem esquecer esses pormenores. O realizador Bill Pohlad, consegue entregar-nos assim, um dos mais comoventes e poderosos biopics dos últimos tempos.

Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

Sem comentários:

Enviar um comentário