segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Crítica: God's Pocket 2014


God’s Pocket é um dos últimos filmes que Philip Seymour Hoffman fez e basicamente tem estado na minha watchlist por causa disso. Um actor extremamente talentoso que partiu cedo demais, que irá deixar sempre um vazio no mundo cinematográfico. 

Não sabia muito sobre o filme e apenas antes de começar a ver li a sinopse que me pareceu bastante interessante. Logo de inicio percebemos que o filme vai ter uma atmosfera escura e pesada mas o caminho interessante que pensamos que irá seguir rápido se perde, pois criamos uma expectativa daquilo que vamos assistir que acabamos por ficar desiludidos.

Mickey tem um enteado um pouco louco, com umas atitudes e forma de estar um pouco estranhas. Quando este morre num acidente de trabalho, o bairro onde vivem, chamado God’s Pocket, não mostra qualquer tipo de compaixão pela família. A mulher de Mickey, mãe do rapaz, acha toda aquela situação estranha e exige que a morte do seu filho seja explicada pois algo parece estar errado. Isto tudo não poderia acontecer em pior altura, pois Mickey, não tem dinheiro para pagar o funeral e a sua mulher extremamente triste e deprimida com a perda do seu filho não consegue compreender toda a indiferença que é dada a morte do seu jovem filho tanto por parte do seu marido como por parte de todos os outros habitantes do bairro.

God’s Pocket tenta usar o humor negro em várias ocasiões, mas a meu ver sem qualquer sucesso. Não me fez rir nem uma única vez. Apesar das performances serem boas, até porque o elenco conta com nomes como Philip Seymour Hoffman, Christina Hendricks, John Turturro ou Richard Jenkins as suas performances não são suficientes já que a história não é capaz de ser sólida e nem sequer conseguimos simpatizar com qualquer um dos personagens. Não existe qualquer tipo de desenvolvimento dos personagens e damos por nós a divagar sobre outras coisas enquanto estamos a assistir ao filme. Uma das melhores coisas do filme é sem dúvida a sua cinematografia, com algumas cenas visualmente interessantes usando por exemplo a luz perfeita para retractar o estado de espirito do momento.

God’s Pocket é mais um exemplo de que como um grande elenco não consegue salvar um filme, simulando ao longo do caminho um resultado final que sabe a pouco.





Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

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