quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Crítica: Sin City: A Dame to Kill For (2014)


Data de Estreia: 28-08-2014

Em 2005 Robert Rodriguez presenteou-nos com Sin City, uma excelente obra cinematografica baseada nas novelas gráficas de Frank Miller, que trouxe algo novo e original muito ao estilo do Film Noir mas com um conceito visual absolutamente genial. Passados 9 anos Robert Rodriguez volta a transportar-nos para este "mundo do pecado", e desta vez não está sozinho, uma vez que Frank Miller deixa apenas a escrita para se juntar a ele na realização.

Neste Sin City: A Dame to Kill For (Sin City: A Dama Fatal), Frank Miller escreveu dois contos inéditos propositadamente para o filme e outros dois já existentes em suas obras. O problema é que todos eles parecem não suscitar o mesmo impacto dos do primeiro filme. A originalidade, o vigor e energia da primeira pelicula não se sente reflecte nesta.

Continua a ser brutal, violento e visualmente é sem dúvida digno de se ver no grande ecrã, mas no que toca aos personagens, não conseguem ser tão fortes e carismáticos e a história parece ser sempre insatisfatória tendo em conta cada final. O interesse que cada um dos contos nos desperta não está nem perto daquilo que o primeiro filme conseguiu fazer com a audiência e apesar de ser entretenimento por vezes damos por nós meio que entediados. 

Os personagens que já conhecemos do filme anterior não são tão sólidos ou suscitam tanto interesse quanto no primeiro. Quanto aos personagens introduzidos pela primeira vez, não conseguem ter a mesma força e eficácia. Com um elenco cheio de nomes bastante sonantes, muitos dos actores são mal aproveitados tendo muito pouco tempo no ecrã.

Estava expectante para ver como Joseph Gordon-Levitt se saia neste projecto. Ele é um dos jovens actores que mais gosto de ver no ecrã hoje em dia e afinal este tipo de papel pareceu não encaixar bem no seu perfil. Não que tenha tido uma má performance, mas simplesmente foi uma má escolha de papel. Eva Green, é a única que consegue dar ao filme um certo 'feeling' de sedução e perigo, não fosse ela 'a mulher fatal' mas o exagerado uso de cenas de nudez (nada contra, não tenho qualquer pudor a cerca disso) apesar de serem bastante artísticas, só fez com que o mais importante segmento em toda a história se transforma-se em algo deselegante. A performance de Eva Green no entanto é das melhores do filme, ela consegue ser tudo aquilo que a sua personagem requer, sensual, envolvente e totalmente fatal.

O que faltou a Sin City: A Dame to Kill For foi a mesma atitude, frescura e entusiasmo do primeiro filme. Talvez o facto de terem esperado 9 anos para fazer uma sequela também não tenha sido a melhor ideia.






Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

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