quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Crítica: Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos (Little Miss Sunshine) . 2006


Review presente na edição nº40 (Verão) da 

Não há nada melhor que um filme onde o magnifico trabalho de um excelente elenco consegue fazer jus a uma boa história, repleta de interessantes personagens. Little Miss Sunshine não é nem mais nem menos que um estudo fascinante e divertido sobre um conjunto de pessoas bem peculiares, diferentes umas das outras que subtilmente (ou não) nos vão alertando sobre alguns aspectos importantes da vida.

De uma família claramente disfuncional fazem parte seis membros. Frank (Steve Carell) o tio homossexual suicida, Sheryl (Toni Collette) a mãe que acredita nos valores da família, Richard (Greg Kinnear) o pai obcecado com sucesso, Dwayne (Paul Dano) o filho revoltado a fazer um voto de silêncio, Edwin (Alan Arkin) o avô expulso de uma casa de repouso devido a comportamento impróprio e por fim mas não menos importante, Olive (Abigail Breslin) a filha mais nova e aspirante a miss num concurso de beleza. Apesar de todas as diferenças e arrelias entre familiares, o amor que sentem uns pelos outros é mais forte que tudo, e uma longa viagem a bordo de uma velha VW, em busca de concretizar um sonho da pequena Olive, será algo que irá reafirmar isso mesmo.

A dinâmica peculiar da família está cheia de mensagens e de algum modo crítica social. O modo como o ser humano tem a tendência de julgar o outro, e a forma como por vezes é incompreendido, é analisado de forma engraçada sempre da forma mais honesta possível.

Único, repleto de humor e importante relevância emocional. Um dos que vemos e não mais esquecemos, não só pela importância das mensagens, mas também pelo vínculo afectivo que cria connosco. Little Miss Sunshine é um daqueles que nos apetece revisitar e não há nada melhor que isso.

Classificação final: 5 estrelas em 5.

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