terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Crítica: Amor Polar (Infinitely Polar Bear) . 2015


Amor Polar é o drama escrito e realizado por Maya Forbes, sobre bipolaridade e crescimento interior, com muito mais significado para si própria do que poderíamos pensar. Uma obra autobiográfica, que retrata uma parte da sua infância, com um tom mais leve e divertido visto pela perspectiva de duas crianças. As expectativas eram altas, a crítica na sua maioria positiva, mas a verdade é que acabou por me desiludir imenso.

Passado no inicio dos anos 70,  no filme seguimos a história de Cameron (Mark Ruffalo), das suas filhas Faith (Ashley Aufderheide) e Amelia (Imogene Wolodarsky), e da esposa Maggie (Zoe Saldana). Esta família poderia ter uma vida perfeitamente normal, se Cameron não sofresse de bipolaridade, o que influência tudo, não só na sua vida, mas também nas que o rodeiam. Incapaz de manter um emprego e com comportamentos irregulares, Cameron acaba por ser internado, e passa uma temporada num hospital psiquiátrico o que levou o seu casamento a um ponto de rotura. Mas é quando Maggie se vê forçada a retomar a escola em busca de um melhor emprego para sustentar a família, que Cameron vai ter de ser capaz de ajudar a criar as suas filhas e os três atravessarão obstáculos juntos, por mais complicado que possam ser.

Mark Ruffalo é um dos actores que mais gosto de ver trabalhar hoje em dia, e uma boa performance da sua parte era algo garantido. E foi. A complexidade que coloca na personagem, a sua atitude frenética e ao mesmo tempo afectuosa acabam por ser o melhor do filme. O problema é que mesmo assim não me consegui conectar a cem por cento com a personagem. O filme revela-se bastante frustrante de assistir por vezes, sabendo sempre a pouco. O fraco desenvolvimento e esclarecimento perante algumas das situações, é estranho tento em conta que a realizadora passou por várias das experiências que retrata. Há definitivamente um lado amoroso e sensível por detrás da história, mas o resultado final infelizmente parece um pouco forçado. 

Tenho pena que um filme com uma história e significado tão fortes como este, seja representado de forma tão superficial. 

Classificação final: 2,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 10-12-2015

Sem comentários:

Enviar um comentário