Depois de ter ganho em 2013 o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com o magnifico A Grande Beleza, Paolo Sorrentino, regressa (e como não poderia deixar de ser) com a sua fantástica forma de integrar as mais belíssimas imagens como parte central e importantíssima numa história.
Passado num luxuoso hotel/spa nos Alpes suíços, A Juventude gira em torno de Fred Ballinger (Michael Caine) um compositor/maestro inglês e Mick Boyle (Harvey Keitel) um realizador/argumentista americano. Enquanto Mick se encontra a finalizar o argumento daquele que deverá transformar-se no mais memorável filme da sua carreira, com dificuldade em encontrar a inspiração e criatividade de outros tempos, Fred é convidado para ser homenageado pela Rainha de Inglaterra, situação que desencadeia um peso enorme sobre memórias do passado difíceis de lidar. Este é o curioso retrato de uma amizade de longa data, demonstrado através de um interessante estudo sobre o que é envelhecer, e as coisas que com isso advêm, contrastadas com o olhar que se tem sob o mundo quando ainda se é jovem.
Recheado de excelentes performances e personagens extravagantes, todos eles enfrentam qualquer tipo de dilema interior. Desde a filha de Fred (Rachel Weisz) que acaba de ser traída pelo marido, um actor que se debate com as suas capacidades de interpretação (Paul Dano), uma prostituta infeliz ou até uma paródia com um futebolista famoso, todos eles inseridos numa narrativa centrada em vários personagens ao invés de um só, cada um com o seu propósito e significado. Mais uma vez, para além da importância da música e das cativantes histórias a fantástica cinematografia é capaz de nos envolver de forma admirável, aspectos que Sorrentino sabe sempre conjugar muito bem. A sua complexidade é bem mais fácil do que aparenta ser e depressa se transforma em algo atraente, harmonioso e ao mesmo tempo nostálgico com cada história a reflectir o quão rápido o tempo passa, onde o amor suporta tudo. O amor por nós próprios e pelo que gostamos de fazer.
Recheado de excelentes performances e personagens extravagantes, todos eles enfrentam qualquer tipo de dilema interior. Desde a filha de Fred (Rachel Weisz) que acaba de ser traída pelo marido, um actor que se debate com as suas capacidades de interpretação (Paul Dano), uma prostituta infeliz ou até uma paródia com um futebolista famoso, todos eles inseridos numa narrativa centrada em vários personagens ao invés de um só, cada um com o seu propósito e significado. Mais uma vez, para além da importância da música e das cativantes histórias a fantástica cinematografia é capaz de nos envolver de forma admirável, aspectos que Sorrentino sabe sempre conjugar muito bem. A sua complexidade é bem mais fácil do que aparenta ser e depressa se transforma em algo atraente, harmonioso e ao mesmo tempo nostálgico com cada história a reflectir o quão rápido o tempo passa, onde o amor suporta tudo. O amor por nós próprios e pelo que gostamos de fazer.
Divertido e introspectivo, belo e perturbador. Mais um grande filme, pelas mãos de um dos melhores e mais talentosos realizadores contemporâneos da actualidade.
Classificação final: 4 estrelas em 5.
Data de Estreia: 10-12-2015
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