segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Crítica: Só Podiam Ser Irmãs (Sisters) . 2015


Tina Fey e Amy Poehler são duas das mais bem sucedidas comediantes da actualidade. Quer a solo, quer em duo, a dinâmica entre as duas costuma resultar e isso seria aquilo com que contava neste Só Podiam Ser Irmãs. A verdade é que, poucas foram as vezes que soltei uma gargalhada. Bem, poucas ou mesmo nenhuma.

Quando as irmãs Kate Ellis (Tina Fey) e Maura Ellis (Amy Poehler) descobrem que os seus pais (Dianne Wiest e James Brolin) tomaram a decisão de vender a casa da família para ir viver numa comunidade sénior, estas ficam encarregues da tarefa de organizar os pertences de cada uma da casa. Ao regressar para um último fim de semana no lar que as viu crescer, organizam uma festa de arromba em jeito de despedida. O reencontro, não só com os velhos amigos de infância, mas também com os inimigos, provocará diversas emoções em ambas, visto que estão as duas um presas ao passado e a uma certa infantilidade que as impede de amadurecer e serem felizes.

O desenrolar da história é semelhante a muitas outras comédias que já vimos vezes sem conta, mas podia ter se tornado especial se tivesse sido dado a Fey e Poehler algo mais sólido com que se agarrar. As piadas gastas e muito forçadas, fazem com que não tenham o impacto pretendido e o resultado muitas vezes são apenas o esboçar de o sorriso ao invés de uma gargalhada. As melhores cenas estão quase todas no trailer e esse é outro dos seus maiores erros. A tão esperada festa parece ser interminável, e ao fim ao cabo nada de realmente importante ou surpreendente lá acontece. O elenco é totalmente desperdiçado, principalmente as duas protagonistas, que todos bem sabemos que são capazes de fazer muito mais e melhor. A ideia de caricaturar estereótipos, passa completamente ao lado, fazendo com que alguns dos momentos se tornem simplesmente parvos. E até poderiam perfeitamente ser parvos, mas com aquilo que eu chamo de 'toque inteligente' e um pouco de charme. 

Uma comédia que fica abaixo do mediano, ficando a faltar elementos que bem poderiam ter sido a chave para o filme seguir um caminho diferente e mais original.

Classificação final: 2,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 24-12-2015

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