quinta-feira, 16 de julho de 2020

my (re)view: Snowpiercer (season 1 - 2020)

imagem via www.rollingstone.com

Em 2013 o filme Snowpiercer de Bong Joon-ho capturou as atenções de Hollywood, no entanto foi apenas o ano passado que com Parasitas, Joon-ho surpreendentemente superou todas as expectativas para um filme coreano. A verdade é que a qualidade dos seus trabalhos e o sucesso dos seus filmes desde que o mundo começou a olhar para si de maneira diferente é agora evidente. Baseado na série de graphic novels franceses mas acima de tudo no filme de Jonn-ho, este novo Snowpiercer da Netflix tem a mesma premissa de apocalipse gelado onde os unicos sobreviventes no mundo estão dentro de um comboio com 1001 carruagens onde os passageiros estão distribuidos por classes e a igualdade é coisa que continua extinta da pouca Humanidade que sobrou no gelado planeta Terra. Enquanto no filme estamos mais focados na perspectiva dos membros da classe mais baixa do comboio e nos desenvolvimentos da revolução levada a cabo por eles na busca por igualdade social, nesta série apesar da premissa ser igual vamos saltitando entre carruagens e acompanhando momentos de todo o tipo de personagens e o factor surpresa não tem o mesmo impacto. O facto de irmos descobrindo no filme os detalhes ao mesmo tempo que os personagens torna tudo mais emocionante, na série isso é descortinado cada vez mais rapidamente a cada episódio que passa. A metáfora sobre o capitalismo e desigualdade social, não tem a mesma força e passam a ser o relacionamento entre personagens o foco principal. Daveed Diggs e Jennifer Connelly são quem faz com que este comboio não descarrilhe, Alison Wright ajuda mas passamos a temporada toda com escrita básica e nada de novo. A segunda temporada está confirmada e o último episódio deixa algum pano para mangas, mas o vilumbre de melhoria dos seus aspectos não fica definido. Até lá irei pensar se valerá embarcar na próxima carruagem ou não.

Classificação final: 3/5 estrelas.

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