sábado, 24 de maio de 2014

Crítica: X-Men: Days of Future Past (2014)


"Será que estamos destinados a destruir-nos uns aos outros, ou podemos mudar e unir-nos? Estará o futuro realmente traçado?" - Professor Charles Xavier 

Um dos meus filmes mais esperados para este ano e wow fiquei mesmo feliz, porque X-Men: Days of Future Past ultrapassou totalmente as minhas expectativas!

Este filme não é apenas mais um filme de entretenimento comum, não é apenas explosões e efeitos especiais por toda a parte. Ele tem todos os ingredientes que este tipo de filmes precisam claro, mas com diferenças importantes e muito fortes. É um dos melhores filmes de super-heróis que já vi em muitos aspectos, com actuações de primeira classe e um enredo muito bem estruturado, com todos os elementos certos e as conexões certas que precisamos para colocar todas as peças no lugar. Para isso, precisamos saber pelo menos o básico sobre as características e habilidades dos personagens do Universo X-Men de outros filmes, mas isso não vai impedir os que não seguiram os filmes anteriores de desfrutar este filme de qualquer maneira.

Para o que seria supostamente um simples filme entretenimento ele tem um poder imenso sobre nós. Preocupamo-nos com os personagens mais e mais, e a tensão vai aumentando deixando-nos à beira do nosso assento quase durante todo o tempo de filme. Entre cenas de acção e momentos de emoção também há momentos de humor para aliviar um pouco toda a tensão. Esses momentos são muito habilmente entregues, nos lugares certos para iluminar a atmosfera escura e envolvente.

Michael Fassbender e James McAvoy são dois dos meus actores favoritos. Era impossível para mim não gostar de os ver aqui. Ambos deram performances incríveis, eles são capazes de dar profundidade aos seus personagens e transmitem-nos todas as emoções que temos de sentir através deles e o que é mais surpreendente sobre os dois é que isso acontece sempre, não importa o papel que desempenham e é por isso que são ambos tão bons actores. Hugh Jackman é Wolverine. Este será um daqueles personagens que sempre iremos ver quando olhamos para ele e sabe como interpreta-lo na perfeição. Jennifer Lawrence é sempre fantástica, não importa o que faça. Todas as pequenas participações de todos os actores envolvidos em outros filmes de X-Men foram óptimos de ver por mais pequenas que possam ter sido as suas aparições. E é claro, uma menção muito especial para as duas lendas do mundo da representação Sir Ian McKellen e Sir Patrick Stewart.

A única razão pela qual eu não dou cinco estrelas é apenas por um motivo. O filme deixa-nos com algumas dúvidas a pairar na cabeça. Coisas que podem ser um pouco complicadas de entender, porque já vimos muitas das coisas que aconteceram no futuro... Será o futuro dos X-Men o mesmo? Ou estes eventos irão afectar outros filmes daqui para a frente com novas histórias? Enfim, vamos esperar para ver.

Bom trabalho Bryan Singer e obrigado pelo trabalho incrível a realizar este filme.

X-Men: Days of Future Past é sem dúvida incrível e vai ser com certeza um dos meus favoritos do ano.

Podem vê-lo em muitas salas de Cinema por todo o país. Estreou apenas na passada Quinta-Feira, dia 22 de Maio e cheira-me que ainda vai ficar pelas nossas salas durante muito tempo pois as receitas de bilheteira estão a ser enormes, não só aqui como por todo o mundo. Vão ver pois vai valer a pena!








Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Crítica: Only Lovers Left Alive (2013)


Only Lovers Left Alive é mais um conto sobre vampiros, mas não como os que nos foram apresentados ao longo dos últimos anos. Pode-se dizer que este é realmente um filme muito "vampiresco" com tudo o que envolve a mística que é ser vampiro. Acho que é exactamente isso o que pretendemos num filme sobre eles e não algumas alterações um pouco estranhas, mas modernizadas vistas em versões recentes.

A atmosfera é absolutamente perfeita! Nunca vemos a luz do dia, a tristeza e o peso da morte está sempre presente, afinal os personagens estão na verdade mortos é claro. O ritmo pode não ser o melhor durante todo o filme e o que é mais interessante é que mesmo com falta de algum conteúdo nunca perdemos o interesse e queremos ver e saber mais sobre os personagens e para onde o seu eterno destino os vai levar. Todo o estilo do filme, desde a forma como é filmado, às cores, à luz, também contribui para nos arrastar para dentro dele. O filme também quer nos passar algumas mensagens sobre a sociedade de hoje em dia.

As performances são muito boas. Tom Hiddleston e Tilda Swinton deram performances muito interessantes e profundas. Afinal este é o filme deles, não há muito conteúdo na história que é apenas a cerca de dois amantes, dois amantes vampiros em que o seu amor resiste ao longo de séculos e estarão ligados para sempre, não importa as circunstâncias.

Only Lovers Left Alive é um verdadeiro filme romântico que eu vejo como uma Ode romântica. Um filme que quer triunfar o amor em geral.

O filme já é do ano passado mas só chega as nossas salas de Cinema a dia 12 de Junho com o título "Só os Amantes Sobrevivem".






Classificação final: 4 estrelas em 5.

domingo, 18 de maio de 2014

Crítica: The Double (2013)



Bem já que toda a gente foi ver o filme do Godzilla este fim de semana eu decidi contrariar "a onda" e ir ver The Double um filme que me causou bastante interesse desde que comecei a ouvir falar dele.

Richard Ayoade é muito peculiar como realizador. Em The Double, semelhante com o que ele fez no seu filme anterior Submarine de 2010, ele prova mais uma vez que gosta de escrever sobre personagens desajeitados com formas estranhas de viver a vida, aparências diferentes do normal e personalidades muito impróprias.

Simon é apenas um simples funcionário num escritório onde ninguém repara nele. Ele é sempre muito tímido e inseguro o que faz com que os colegas gozem com ele e na maioria das vezes não o levem a serio nem acreditem nas suas capacidades no trabalho. Quando um novo funcionário chega ao escritório, ele começa a ficar paranóico. O sujeito é fisicamente igual a ele, mas com uma personalidade totalmente oposta e parece que ninguém notou na diferença. Olham para eles como duas pessoas diferentes apesar de fisicamente serem iguais.

The Double é definitivamente um filme muito criativo com uma história verdadeira que é contada de uma maneira muito inteligente! Pode parecer um filme muito confuso, mas no meu ponto de vista até é bastante simples se pensarmos um bocadinho. Eu tenho a minha própria interpretação da história, mas é claro que não vou contar, pois não quero desvendar nada que não é suposto.
A mensagem que retiramos dele é muito triste, porque realmente reflecte o mundo em que vivemos. As pessoas adoram quando há alguém confiante, inteligente e agradável para todos à sua volta, mas geralmente esse tipo de pessoas são as mais cínicas e serão essas as primeiras que apunhalam os outros pelas costas. Mas esses são aqueles que mais facilmente conquistam o mundo.

As performances são óptimas! Jessie Einsenberg dá um desempenho absolutamente incrível e ele é perfeito neste papel. Mia Wasikowska é sempre encantadora, acho que ela vai se tornar uma actriz muito bem reconhecida. O elenco secundário também foi muito bom independentemente dos seus pequenos papéis.

A cinematografia é absolutamente fantástica! A luz, a cenografia, o trabalho de camera e todas as cores usadas foram simplesmente perfeitas! Um filme visualmente lindo de se ver!

Eu não vejo toda a gente a conseguir apreciar este filme no seu todo. Acho que não é para toda a gente, e com isso quero dizer, pode não agradar aqueles que não apreciam alguma "estranheza" num filme, e definitivamente devem esperar isto deste filme, mas realmente gostei e acho que ele transparece para o lado de cá a paixão dedicada na realização do mesmo. Mesmo que não sejam fans de filmes mais peculiares, acho que devem dar-lhe uma oportunidade.

The Double é um filme que certamente merece reconhecimento. Acho que pode vir a ser um dos meus favoritos deste ano.

Estreou apenas na passada Quinta-Feira, mas em Lisboa só se encontra nos Cinemas da Zon Amoreiras, Medeia Monumental e UCI El Corte Inglês.






Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Trailer: X-Men: Days of Future Past | 22 de Maio nos Cinemas


A Marvel Comics continua imparável com produções cada vez mais surpreendentes e é já para a semana que estreia o próximo filme da franquia X-Men.

X-Men: Days of Future Past é um dos meus filmes mais esperados para este ano e tal como podem imaginar o entusiasmo é grande! Em 2011 o realizador Matthew Vaughn fez um trabalho incrível com uma "prequel" que nos mostrava o inicio dos personagens mais enigmáticos do grupo de Mutantes, Professor X e Magneto, durante os anos 60 em X-Men: First Class. O filme mostra como os dois se tornaram amigos e rivais ao mesmo tempo. Este foi considerado o melhor filme dos cinco da franquia X-Men, portanto a expectativas para o seguimento da história neste filme são altíssimas, com o acréscimo de ser realizado desta vez pelo óptimo realizador Bryan Singer.

Com nomes muito bons tais como Michael Fassbender, James McAvoy, Hugh Jackman, Jennifer Lawrence, os lendários Ian Mckellen e Patrick Stewart, entre outros, tornam este filme de entretenimento ainda mais apelativo para os fans da Marvel ou até mesmo para quem gosta de passar um bom bocado a assistir a um filme de super heróis repleto de acção, ficção cientifica, aventura também com algum drama à mistura.

Mal posso esperar para o ir ver para a semana! Por enquanto aqui fica o trailer. Se tiverem oportunidade vão ver pois tenho a certeza que vai ser grandioso, ou pelo menos é isso que espero. Críticos pelo mundo que já viram têm-lhe dado classificações altíssimas portanto a expectativa é muita!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Crítica: The Monuments Men (2014)


The Monuments Men era um dos meus filmes mais esperados para este ano. O que aconteceu é que os pobres comentários foram tantos que eu acabei por perder o interesse em ir vê-lo enquanto esteve em exibição nos cinemas por volta do inicio deste ano. Após estes meses finalmente tomei a decisão de vê-lo.

Eu sempre gostei de filmes relacionados com a Segunda Guerra Mundial, todas as histórias com base nela causam-me interesse por isso o meu interesse por este filme foi imediato, ainda com o acréscimo da quantidade de grandes nomes associados a ele. Mas como em muitos outros filmes o elenco não foi capaz de salvar o filme.

Este filme quer elogiar o trabalho dos valentes homens que andavam à procura de arte roubada por Hitler durante a guerra. Hitler roubou e escondeu uma grande quantidade de obras de arte famosas dos maiores pintores e artistas de sempre no mundo. Se Hitler perdesse a guerra já estava programada a destruição de todas essas obras de arte e um grupo de homens estava disposto a literalmente arriscar as suas vidas pela Arte! Se eles não tivessem sido bem sucedidos talvez hoje não tivéssemos algumas das incríveis obras de arte de todos os tempos.

Enquanto realizador deste filme George Clooney quer realçar este aspecto. Durante todo o filme sentimos que aqueles homens adoravam o que estavam a fazer, estando realmente comprometidos com a sua missão. O que Clooney não foi capaz de fazer foi mostrar mais momentos deste grupo enquanto equipa. Era preciso aprofundar mais os personagens e alguns precisavam de mais tempo de ecrã. Bill Muray, John Goodman, Cate Blanchett, Matt Damon, Jean Dujardin, todos eles não tiveram oportunidade de ter momentos brilhantes no filme. A parte romantizada do filme entre Matt Damon e Cate Blanchett precisava de mais profundidade. A química entre os dois foi óptima e surpreendentemente (e digo surpreendentemente porque é suposto nos focarmos na história de arte roubada) as suas cenas foram as que eu mais gostei.

O ritmo não é o melhor. Há momentos muito lentos onde perdi o interesse e comecei a distrair-me, felizmente como queria saber mais sobre o que estes grandes heróis fizeram, isso foi o que me ajudou a ficar focada até ao fim. Também senti que algumas cenas foram desnecessárias e outras que precisavam ser mais desenvolvidas foram deixadas para trás.

The Monuments Men não é o filme incrível que eu estava a espera, mas com uma grande história e grandes actores, só por isso merece um certo crédito. Certamente não é fantástico, mas pelo menos mostrou-nos um lado da Segunda Guerra Mundial que nunca foi explorado em filme antes, mesmo que infelizmente tenha sido pobre.






Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

Alguns dos verdadeiros heróis desta história, intitulados como "The Monuments Men"

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Crítica: Neighbors (2014)


Viver num bairro aparentemente perfeito para criar uma criança, foi isso que pensou um jovem casal que acabou de ter uma bebé. Mas uma Fraternidade (casa de Universitários, que é muito comum se ver nos Estados Unidos) arrenda a casa mesmo ao lado. Festas, drogas, sexo, um casal e a sua bebé e o nome de Seth Rogen envolvido neste projecto soou-me bem, e realmente gostei do filme, mas no entanto não deixei de ficar um pouco decepcionada pois esperava um pouco mais. Neighbors parecia mais promissor no trailer. Há alguns momentos hilariantes que realmente nos vão fazer rir muito, mas depois há "o" grande problema que acontece com muitos trailers, especialmente quando se tratam de filmes de comédia, o facto de que muitas vezes as partes mais hilariantes já lá estão. Isso acontece com este filme.

As minhas principais queixas são a inconsistência ao longo do filme. Quando está a ficar muito bom ele rapidamente se torna descuidado. É cheio de altos e baixos. Algumas piadas são hilariantes, mas outras foram completamente desnecessárias. Alguns diálogos foram repetitivos, os personagens dizem as mesmas coisas repetidas vezes. E quanto aos outros vizinhos? Eles nunca se queixavam de nada? Aqueles miúdos passavam o tempo todo a destruir coisas, tinham festas loucas e nem sinal de outras pessoas na vizinhança?

Maior surpresa do filme, Zac Efron no papel do completo idiota! Ele realmente brilha fazendo o papel muito bem e é ele que definitivamente dá o melhor desempenho do filme! Eu gosto de Seth Rogen, ele faz-me sempre rir, mas acho que ele já interpretou este tipo de papeis tantas vezes! Eu acho que esta na hora de tentar algo diferente que não seja só o "gajo" que gosta de fumar erva. Por exemplo, gostei de vê-lo em Take This Waltz em 2012 num papel tão diferente, mais dramático. Não me interpretem mal pois eu adoro vê-lo a fazer comédia, mas está na hora de deixar a "erva" para trás! Rose Byrne é sempre muito doce, ela foi capaz de ser muito engraçada! Ela fez uma grande equipa, com Seth Rogen e apesar do que eu estava a espera ambos foram óptimos juntos!

Neighbors também revela ser um filme para cinéfilos, com isto quero dizer, há muitas referências a filmes por toda parte. Eu dei por mim a ser a única a rir na sala de cinema o que realmente é muito mau. Significa que a maioria das pessoas não entendeu as piadas. Também não esperava a profundidade dos temas e a quantidade de mensagens que o filme quer transmitir e gostei disso.

No geral, não foi tão bom quanto eu pensava, mas também não é terrível. Diverti-me muito a vê-lo. Eu diria que é uma comédia mediana. Não tenham medo de ir ver, pois apesar das falhas vão ser capazes de passar um bom bocado. 

Estreou só na passada Quinta-Feira, portanto se quiserem ver uma comédia que vos vai fazer sair da sala bem dispostos vão ver Neighbors!






Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Crítica: Transcendence (2014)


Apesar das críticas negativas que tenho visto por aí ultimamente à cerca deste filme, queria ir ver este recente thriller de ficção científica de qualquer maneira. Estava curiosa desde que vi o trailer. Transcendence acaba por ser afinal não tão transcendente assim, mas para mim também não foi tão terrível quanto muitos acharam.

Eu acho que a razão pela qual a maioria das pessoas acha o filme terrível, é porque mesmo o conceito sendo muito original, há tantas mensagens a serem entregues e tantos termos tecnológicos complexos falados ao mesmo tempo que de vez em quando nos sentimos um pouco perdidos.

Dr. Will Caster acredita numa Inteligencia Artificial, um super computador que pode ser capaz de ajudar os seres humanos a criar um mundo melhor. Mas há um grupo organizado de terroristas que são contra esta ideia. Seguido de alguns eventos trágicos, a mente de Will é transferida para o super computador que ele próprio criou com a ajuda da sua mulher. A mente de Will começa a crescer e assim que ele se torna mais poderoso, ele pode trazer sérias consequências para o Planeta.

Com um conceito tão forte e original o enredo não é muito bem estruturado e é pobremente desenvolvido. Acho que o ritmo é o maior problema deste filme. Às vezes as coisas acontecem rápido demais e outras vezes temos que esperar muito tempo para ver alguma coisa diferente acontecer. Talvez seja um pouco longo demais também.

Quando se trata de visuais e de cinematografia não há nada de mal a dizer, foram muito bem feitas! As performances também são sólidas, Johnny Deep, Paul Bettany e especialmente Rebecca Hall que dá um desempenho muito comovente e real. Morgan Freaman é sempre uma alegria de se ver, não importa o papel e Cillian Murphy outro bom actor, mas acontece que não lhes é dado muito tempo no ecrã. Gostava de ter visto mais dos dois.

Este filme tem uma quantidade de mensagens para transmitir que realmente nos mantém pensando sobre elas assim que o filme termina. Humanidade vs Tecnologia parece ser o tema principal deste filme. Poderá ser perigosa a Tecnologia num futuro próximo? O Homem pode controlar tudo apenas por rede? Somos seres humanos auto-conscientes? Somos capazes de ver o perigo na evolução da Tecnologia? Mas isso são apenas questões superficiais... A verdadeira mensagem do filme é sobre amor. O que é que um ser humano é capaz de fazer por amor verdadeiro? E foi essa volta reviravolta final do filme que me fez gostar um pouco mais dele. Bem, mas eu não quero estragar nada para vocês. Têm de ver para entender o que digo.

No geral, não esperem muito de Transcendence. Olhem para ele apenas como um filme de entretenimento de ficção científica onde as performances vão nos fazer interessar mais pela história, que por mais falhas que tenha é capaz de aquecer o coração ou com um toque emocional.






Classificação final: 3 estrelas em 5.

sábado, 10 de maio de 2014

Crítica: Dom Hemingway (2013)


Tinha altas expectativas para este filme e acabou por ser uma decepção.

Dom Hemingway, o personagem que também dá nome ao filme, é um arrombador de cofres e passou 12 anos na prisão. Após ser libertado, ele vai ao encontro de algo que lhe foi prometido em troca do favor de manter a boca fechada durante todos aqueles anos na prisão.

Algumas coisas na minha opinião não funcionam neste filme. Os personagens não são desenvolvidos o suficiente. Em alguns momentos não consegui entender se o que estava a ver era suposto ser engraçado ou não. Existem alguns filmes em que momentos "parvos" podem ser brilhantes (quando digo parvos refiro-me a cenas de humor ridicularizadas que espontaneamente nos fazem rir) e penso que deveria ser o caso pretendido, mas para mim acho que não funcionou bem. Outra coisa que me incomodou foi a relação entre Dom e sua filha. Este lado é suposto ser a virada emocional nesta história, a importância da sua tentativa de redenção por tudo que fez de mal na vida, mas é muito mal explorada e não é dado muito tempo de filme a esse aspecto.

Jude Law teve um desempenho absolutamente fantástico! A maneira como ele fala, anda, age e a sua transformação física são fantásticas para o que é necessário neste tipo de papel. Ele é definitivamente a melhor parte do filme! Eu não sei porque, mas quando eu era mais nova costumava pensar que Jude Law era apenas mais uma cara bonita entre muito no mundo do Cinema e nada mais. Mas ultimamente olho para ele de forma diferente. Espero que continue com grandes actuações como esta.

Em suma, Dom Hemingway tem mais estilo do que substância. Tive alguma dificuldade sobre que classificação daria a este filme. Resolvi dar-lhe três estrelas e são quase todas atribuídas num todo pelo desempenho de Jude Law. Acho que este filme vale a pena ver só pelo seu incrível desempenho.







Classificação final: 3 estrelas em 5.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Crítica: Blue Ruin (2013)


Estive para ir ver este film também ao IndieLisboa, mas como iria ser exibido no mesmo dia em que fui ver o Dial M for Murder tive de fazer uma opção.

Eu não sabia bem o que esperar deste filme, nem sabia muito sobre a história mas comecei a ler boas críticas e isso despertou curiosidade em mim.

Este é um filme sobre vingança. Percebemos isso muito cedo, mesmo no início do filme mas de uma forma que pensamos que conseguimos prever sempre o que vai acontecer a seguir mas afinal não é bem assim.

Blue Ruin tem uma atmosfera muito escura, uma cinematografia muito bonita, com muito bom ritmo para criar a tensão perfeita e o suspense necessário durante todo o filme. Não nos é entregue muito então temos de ser nós a achar a peças do puzzle até a revelação final.

Eu nunca vi o actor principal do filme antes, Macon Blair, mas só sei que a sua performance foi algo incrível! Ele consegue ser muito perturbador e nós conseguimos sentir a sua angústia e dor apenas pelo seu olhar. Ele consegue mexer com as emoções do publico.

No geral, não é um filme perfeito mas muito efectivo naquilo que pretende criar. É um bom thriller Indie com uma excelente performance principal que vai tocar as nossas emoções.

Parabéns a Jeremy Saulnier pela sua estreia como realizador e escrita deste filme.





Classificação final: 4 estrelas em 5.