sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Crítica: Kingsman: O Circulo Dourado (Kingsman: The Golden Circle) . 2017


Tal como todas as sequelas, também Kingsman: The Golden Circle sofre o fardo de ser o seguidor de um sucesso e isso é sempre dificil de superar. Matthew Vaughn sabe com toda a certeza o que é fazer entretenimento, e pode afirmar-se como um dos que sabe o que faz nesse campo. Golden Circle é goofy, é lunático, é divertido, sendo absolutamente impossível não ficar maravilhado com tanto divertimento ao longo de duas horas e vinte. Repetitivo sim, aborrecido nunca.

Recodemos o puto chamado Eggsy (o carismático e talentoso Taron Egerton), que no primeiro filme tinha sido recrutado para uma agência de serviços secretos de seu nome Kingsman, com metodos ultra secretos que usavam de uma tecnologia de ponta. Depois da morte do seu mentor Harry (Colin Firth), Eggsy melhorou ainda mais as suas capacidades e em conjunto com o seu colega tech expert Merlin (Mark Strong) soma uma quantidade de missões bem sucedidas. Quando alguns pontos estratégicos Kingsman são misteriosamente atacados, fragilizados recorrem à ajuda dos seus assossiados Statesman, uma agência secreta americana que opera no Kentucky numa destilaria de whiskey. Eles irão ter de trabalhar em conjunto com Tequila (Channing Tatum), Champagne (Jeff Bridges), Ginger Ale (Halle Berry) e o próprio do Whiskey (Pedro Pascal), para por fim ao plano maléfico de Poppy (Julianne Moore) uma peculiar traficante de droga obcecado pelo estilo 50's, que segundo a própria, tem a melhor estretégica para legalizar as drogas nos EUA. 

domingo, 24 de setembro de 2017

Crítica: Mãe! (Mother!) . 2017


Tal como o ponto de exclamação no final do seu título, Mãe! quer provocar, indignar, mostrar um forte objectivo. Darren Aronofsky é conhecido pela diferença e por querer sempre mostrar um lado mais metafórico e surreal dos temas, e este seu novo filme não é excepção. Mas Mãe!, claramente inspirado pelo estado do mundo actual, acaba na maioria das vezes por se tornar confuso e demasiadamente bizarro, ao invés de criar uma certa subtileza nas mensagens, atirando nos para todos os lados ao mesmo tempo.

Jennifer Lawrence é a jovem esposa de Javier Bardem, um escritor famoso que vive um imenso bloqueio de inspiração, há muito tempo aprisionado pela falta de criatividade. Eles vivem isolados, numa casa gigante que outrora foi completamente devastada por um incêndio que acabou por destruir quase tudo. Ao longo de um ano, Lawrence reconstroi dia-a-dia a casa, sentindo-se frustrada e infeliz, à espera de quando é que o marido volta a ter o seu momento de glória. Um dia Ed Harris bate à porta, no dia seguinte aparece a sua mulher Michelle Pfeiffer, e ao contrário do que Lawrence espera o marido convida-os para passar uma temporada lá em casa. Tal como ela, até nós ficamos confusos e começamos a suspeitar das atitudes repentinas do marido. Coisas estranhas começam a acontecer, numa roda interminável de comportamentos que não sabemos explicar.

domingo, 17 de setembro de 2017

Crítica: Sorte à Logan (Logan Lucky) . 2017


Depois de ter afirmado há uns anos que se iria retirar do mundo da realização, ficando apenas ligado a projectos televisivos, Steven Soderbergh quebra a promessa para o bem da humanidade. Simples, mas com estilo e uma grande dose de humor inteligente, Logan Lucky é mais uma certeza que Soderbergh tem obrigatoriamente que continuar a cultivar este lado da carreira.

Jimmy Logan (Channing Tatum) e Clyde Logan (Adam Driver) são irmãos e consideram-se bastante azarados na vida. Jimmy tinha uma carreira promissora no football que lhe escapou derivado a uma lesão num joelho. Clyde é um veterano da guerra do Iraque, que perdeu parte de um braço em combate. Longe de ligar a superstições está a irmã Mellie Logan (Riley Keough). Quando Jimmy descobre a que a sua ex-mulher Bobbie (Katie Holmes) está a pensar mudar-se para outra cidade com a filha de ambos, Jimmy elabora um plano que consiste em assaltar uma pista de corridas de Nascar, pois adquiriu conhecimentos da forma como funciona o sistema pneumático de recolha de dinheiro durante as corridas durante uns tempos em que lá trabalhou. Para que o plano resulte vão precisar contar com a ajuda do velho conhecido Joe Bang (Daniel Craig), um criminoso com muita experiência. 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Crítica: Detroit . 2017


Ninguém pode negar que Kathryn Bigelow sabe o que é criar tensão num filme! Detroit é a mancha agonizante do pesadelo que é a agressividade policial americana perante a comunidade afro-americana que ecoa nas suas raízes históricas. Com muito poder emocional, este é um retrato de exclusão social e controlo por partes das autoridades.

O filme é todo ele suportado por um lado fortemente documental, nomeadamente na sua introdução que vai inserindo as personagens no contexto histórico, uma época onde reinava a discórdia entre policias e negros, que lutavam pelos seus direitos sociais e civis por toda a cidade de Detroit, até chegar ao episódio onde se centra o verdadeiro conteúdo moral desta história e daquilo que foram os eventos reais passados no Algiers Motel em 1967, , algo que acabaria por resultar na morte de três jovens negros e no sequestro e espancamento de outras nove pessoas. Alertados por um alegado tiroteio, depois de revistar o motel e verificar que um suposto sniper não se encontrava no local, um grupo de indivíduos das forças policiais, resolve submeter um grupo de jovens a um jogo mental aterrorizante, consequência do racismo e abuso de poder por parte de representantes da lei.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Crítica: Footloose . 1984


Directamente do universo dos teenage movies dos 80's, Footloose é dos mais queridos perante a malta que viveu a juventude durante essa época. Por mim, foi visionado apenas ontem pela primeira vez, e é daqueles que transmite, para quem não viveu a sua época, o feeling que marcou a era. O argumento pode ter defeitos, e a originalidade pode ser pouca, mas a sua energia contagia e também nós queremos soltar o bailarino que há em nós!

Quando Ren (Kevin Bacon), um rapaz sofisticado de Chicago chega à pequena cidade de Bomont, apaixona-se por Ariel (Lori Singer) filha do reverendo Shaw Moore (John Lighgow) que molda muitas das mentalidades da região. Ren tem estilo e adora dançar, comportamento abolido na cidade, interpretado como sinal de pecado, consumo de drogas e álcool. O jovem decide que é indispensável mudar mentalidades e quer organizar um baile, mas para isso terá de contrariar a vontade do reverendo, e também enfrentar algumas das figuras mais importantes da escola. Seguindo a tendência de filmes do género que saíram durante a época, Footloose assume-se como o filme de adolescentes que é, vive de momentos descontraídos e de humor que existem apenas para divertir e não para serem levados a serio, um tanto quanto a despreocupação típica de um adolescente.

domingo, 3 de setembro de 2017

flash review : The Hitman's Bodyguard . 2017


The Hitman's Bodyguard, de Patrick Hughes (2017)

Com uma premissa como a deste filme é certo que podemos apenas esperar, nada mais do que diversão. Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson são os tipos perfeitos para dupla de filme do género, quase como se o cinema estivesse a pedir uma versão nova de Riggs e Murtaugh, cujo ritmo é inigualável, mas a tentativa desse objectivo, não é totalmente má. O carisma de ambos faz com que o fraco argumento se torne tolerável e a gargalhada seja fácil. Joaquim de Almeida faz de Joaquim de Almeida, Gary Oldman até dá dó vê-lo nisto e a Salma Hayek está fabulosa no seu mini-role. Perdi a conta de quantas vezes ouvi a palavra motherfucker, mas se formos bem a ver, é disto mesmo que o filme vive. Asneirada constante uma atrás da outra, mas os dois tipos com pinta arrebitam toda a coisa!

Classificação final: ★★½