quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Crítica: Goosebumps: Arrepios (Goosebumps) . 2015


A nostalgia é uma coisa lixada! Confesso que principal ideia seria evitar este filme - a quantidade de opiniões más que tinha lido até à altura não abonaram a seu favor -  a verdade é que apesar de nunca ter lido a série de livros Arrepios, seguia com muito gosto a adaptação televisiva. Este é então o live-action, baseado nas obras literárias de R. L. Stine querido de muita gente que cresceu nos anos 90.

Quando Zach (Dylan Minnette) se muda com a mãe Gale (Amy Ryan) de Nova Iorque para a cidade de Madison no estado de Delaware, logo no primeiro dia de chegada ao novo bairro, tem um estranho encontro com os misteriosos vizinhos da casa do lado, o enigmático Mr. Shivers (Jack Black) e a bonita filha Hannah (Odeya Rush) apercebendo-se de imediato que algo invulgar se passa para lá das paredes da casa do lado. Na noite seguinte à sua chegada, Zach houve Hannah discutir com o pai, gritando de forma aflitiva logo de seguida, sente que ela se encontra em perigo e chama a policia. Pasmado com o facto de Mr. Shivers ter dito à policia que só podia ser engano pois não tinha filha nenhuma, Zach decide entrar em acção e com a ajuda do improvável novo amigo de liceu Champ (Ryan Lee) entra na casa dos vizinhos para resgatar a rapariga. O segredo que eles escondiam mal poderiam imaginar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Crítica: O Caso Spotlight (Spotlight) . 2015


Há histórias que precisam ser contadas, O Caso Spotlight retrata exactamente o porquê disso. Demonstra não só o poder do jornalismo na sociedade, como revela ser um importante estudo sobre o ser humano e os comportamentos que este adquire quando confrontado com realidades que vão contra as suas crenças. Realizado por Tom McCarthy (que também co-escreveu o argumento), este é sem dúvida um dos melhores filmes de 2015.

Baseado em factos verídicos, esta é a história sobre uma equipa de investigação do jornal Boston Globe denominada de "Spotlight Team", que trouxe à tona casos de pedofilia na igreja, na cidade de Boston e o encobrimento dos mesmos durante anos a fio. Um relato intenso da trajectória e do risco que a equipa de jornalistas correu quando decidiu apurar todos os factos, agindo contra a arquidiocese católica. Liderados por Walter Robinson (Michael Keaton), Mike Rezendes (Mark Ruffalo), Sasha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matt Carroll (Brian d'Arcy James) coordenam forças para investigar o meticuloso caso que lhes vai parar as mãos quando um novo editor, Marty Baron (Liev Schreiber) chega ao jornal. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Crítica: The Revenant - O Renascido (The Revenant) . 2015


A extrema dureza da execução deste filme tem sido falada por muitos sítios, assim como alguns factos sobre a história já eram bem conhecidos, mas estava muito longe de imaginar o nível de grandiosidade da mais recente obra de Alejandro González Iñarritu, que mais uma vez surpreende afirmando-se como um dos melhores realizadores da actualidade.

Baseado no romance homónimo de Michael Punke, este conto de vingança é inspirado na história verídica do explorador e comerciante de peles Hugh Glass (Leonardo DiCaprio), brutalmente atacado por um urso e abandonado à morte pelos seus companheiros exploradores. Um deles, John Fitzgerald (Tom Hardy), homem ganancioso e sem escrúpulos, capaz de tudo por dinheiro, até mesmo de matar Hawk (Forrest Goodluck) filho adorado de Glass, diante dos seus olhos. Com o velho oeste como pano de fundo, as hostilidades com as tribos nativo-americanas são uma ameaça constante, mas nada disso impedirá Glass de superar toda a sua condição e irá arranjar forças onde nunca imaginou, para encontrar por uma última vez o homem que assassinou o seu filho. Para além de ser uma belíssima história de coragem, amor e sobrevivência, é uma aventura épica, muito dura e violenta, mas que carrega consigo um fortíssimo lado poético e metafórico. 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Crítica: Um Avô Muito À Frente (Dirty Grandpa) . 2016


A questão aqui é: porquê Robert De Niro? Porquê? Um Avô Muito À Frente é provavelmente das piores comédias dos últimos tempos. E comédia não sei se será sequer o termo certo para este filme, pois fazer rir, faz pouco ou nada, e quando o fazemos é quase como que por pena do que estamos a ver.

Dick Kelly (Robert De Niro), reformado do exercito, acaba de perder a esposa ao fim de 40 anos de casamento. No dia a seguir ao funeral, o seu neto Jason (Zac Efron) é obrigado a leva-lo de Atlanta para a Florida visto mais ninguém estar disponível para o fazer. Jason é advogado, vai dentro de dias casar com uma colega de trabalho, e a louca viagem com o avô vai fazê-lo perceber que afinal não está a viver a vida que sempre quis. O que ele desconhece é que o avô é um tarado sexual de forma completamente absurda. Piadas desleixadas, linguagem descabida e situações absolutamente patéticas tomam conta da acção e rapidamente tudo se torna desmazelado, chegando até a ser aborrecido.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

It Takes 2 . #2 Burton & Depp


Tim Burton & Johnny Depp

E já lá vão 8: Edward Scissorhands (1990) . Ed Wood (1994) . Sleepy Hollow (1999) . Charlie and The Chocolate Factory (2005) . Corpse Bride (2005) . Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street (2007) . Alice in Wonderland (2010) . Dark Shadows (2012) . 

Sucesso da Parceria:

Ambos são conhecidos pela forma extravagante das suas colaborações. A atmosfera gótica e sombria, parecem ser aspectos que dominam e nos quais se sentem à vontade. A verdade é que apreciando mais, ou menos, a forma de Tim Burton fazer o seu cinema, é inconfundível, e Johnny Depp é o actor perfeito para demonstrar a irreverencia que torna esta parceria bastante autentica.

High-lights:

Em 1990, Edward Scissorhands é alvo de grande destaque, o que fez com que o nome de ambos saltasse de imediato para as luzes da ribalta, filme esse que se viria a transformar em filme de culto, ainda hoje admirado por muitos. Criando obras originais ou fazendo novas versões de conhecidas obras, são filmes como Charlie and The Chocolate Factory ou Alice in Wonderland que tornam Tim Burton ainda mais especial, criando uma visão única e diferente de todas, nada disso possível sem a entrega do camaleonico Johnny Depp.

Spot on:

É inevitável negar que a bizarrice de um, encaixa perfeitamente com a versatilidade do outro. Os gostos de Burton e Depp completam-se, e isso está mais que provado.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Oscars 2016 | Análise dos Nomeados


Chegaram as nomeações de cinema mais aguardadas do ano, os Oscars! A liderar as nomeações às estatuetas douradas estão The Revenant de Alejandro González Iñarritu com 12 e Mad Max: Fury Road de George Miller com 10. Logo de seguida The Martian de Ridley Scott com 7, Bridge of Spies de Steven SpielbergSpotlight de Tom McCarthy e Carol de Todd Haynes com 6. 

A 88ª Edição dos The Academy Awards realiza-se a 28 de Fevereiro em Los Angeles e será apresentada pela segunda vez, pelo actor e comediante Chris Rock. Como é habitual, nem todas as nomeações agradam a todos de igual forma e por isso mesmo, aqui partilho alguns dos aspectos que considero mais relevantes sobre as nomeações.

Maiores certezas:

» (Apesar de ser o único que ainda não tive a oportunidade de ver) The Revenant seria para já uma grande certeza em muitas das categorias. Iñarritu é muito bom naquilo que faz, e pelo segundo ano consecutivo está em altas! (tendo vencido o ano passado os Oscars de Melhor Filme e Melhor Realizador).

» Mad Max: Fury Road demonstra que os blockbusters também podem ser grandes filmes e as nomeações a prémios começaram a ser uma constante. Estar nomeado para os Oscars seria algo certo.

» Inside Out da Pixar e Anomalisa de Charlie Kaufman nomeados para Melhor Filme de Animação. Tão diferentes, mas ambos fortes concorrentes ao prémio.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Crítica: A Queda de Wall Street (The Big Short) . 2015


Um mero filme sobre Wall Street, pensam vocês. Ao contrário daquilo que podemos pensar A Queda de Wall Street é muito mais que isso, é uma história sobre homens que se preocuparam e debruçaram sobre algo substancialmente preocupante que viria a causar um estrondoso impacto num futuro próximo. Realizado e co-escrito por Adam McKay, o filme mantém os toques de comédia característicos dos seus filmes, mas surpreende num registo diferente do habitual, bem superior.

Baseado no livro The Big Short de Michael Lewis, seguimos no filme não só o rebentar da crise financeira de 2008, como também o lado daqueles que a conseguiram prever anos antes. Desde o inicio do filme que o espectador segue de imediato e freneticamente o detalhar dos acontecimentos através dos seus peculiares personagens. A história é narrada na primeira pessoa por Jared Vennett (Ryan Gosling) que nos vai guiando e introduzindo os principais envolvidos na questão. Dr. Michael Burry (Christian Bale), o primeiro a descobrir como funcionava o fraudulento sistema bancário de hipotecas, arriscando muito ao longo de anos para o poder provar. Mark Baum (Steve Carell) um tipo que afirma só estar feliz quando é infeliz e que apesar do stress e da ansiedade constante em que vive é incapaz de abandonar Wall Street e Ben Rickert (Brad Pitt), um bilionário com os pés bem assentes na terra, um papel mais pequeno mas encantador. Entre mais uns quantos personagens, todos eles relevantes, todos eles interessantes.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Crítica: Brooklyn . 2015


Há filmes simplesmente belos, que nos emocionam pela sua genuinidade e emotividade. Sem grandes complexidades, apenas retratando emoções da vida real. Brooklyn é um desses filmes. Realizado por John Crowley, baseado no romance de Colm Tóibín com o mesmo nome, esta é uma história simples sobre ultrapassar barreiras e aprender a crescer.

Passado em 1952, a história inicia-se numa pequena localidade do sul da Irlanda, onde a jovem Eilis Lacey (Saoirse Ronan) trabalha numa loja de comércio local. Sem grandes hipóteses de futuro no país, a sua irmã Rose (Fiona Glascott) organiza a sua partida para os EUA, mais propriamente para a cidade de Brooklyn, onde poderá encontrar oportunidades diferentes de vida e onde poderá também integrar-se mais facilmente visto que a comunidade irlandesa na cidade teria um número bastante substancial. Apesar de ter alojamento e trabalho garantidos com ajuda do padre Flood (Jim Broadbent) amigo da família, e da senhoria Madge (Julie Walters), Eilis sente-se completamente sozinha e amargurada num país totalmente diferente do seu, onde todos os dias a tristeza e o sofrimento abalam a normalidade do seu dia-a-dia. Mas o aparecimento de Tony (Emory Cohen) na sua vida irá mudar tudo, ou não se dissesse que o amor cura tudo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Golden Globes 2016 | Vencedores

Leonardo DiCaprio venceu o Golden Globe de Melhor Actor Drama por The Revenant.

73ª Edição dos Golden Globes realizou-se na madrugada de ontem. Ficou marcada não só pela animação, a habitual língua afiada do actor e apresentador Ricky Gervais, mas também por algumas surpresas e o ignorar de alguns casos que mereciam reconhecimento. The Revenant e The Martian foram os filmes mais consagrados na cerimónia. Vamos agora a uma pequena análise.

Certezas: 

» Sylvester Stallone ganhar Melhor Actor Secundário na categoria Drama, com Creed. Sem dúvida um dos melhores momentos da cerimonia. Rocky Balboa rocks!! Foi empolgante vê-lo ganhar!

» Inside Out ganha Melhor Filme de Animação!

» Mesmo ainda sem ter visto The Revenant, Leonardo DiCaprio a  vencer é sempre uma satisfação. Ver o eterno esquecido ganhar prémios não deixa de ser especial. Será que é desta que ganha o Oscar?

Crítica: 99 Casas (99 Homes) . 2015


Nada mais que um retrato real do capitalismo. 99 Casas, é um thriller realizado por Ramin Bahrani que faz o reflexo do pesadelo vivido por muitas pessoas após o colapso dos bancos em 2008, que as levou a perder as suas casas.

Dennis Nash (Andrew Garfield) é pai solteiro, vive com a mãe Lynn (Laura Dern), o filho Connor (Noah Lomax) em Orlando na Flórida, e ficou recentemente desempregado. Já há algum tempo que as escassas capacidades monetárias afectam a vida da família, e o pagamento da hipoteca da casa vem ficando para trás. Assim que são notificados com uma ordem de despejo, Dennis tenta lutar contra a situação, recorrendo a todos os meios para ficar com a casa em que cresceu e viu o seu filho crescer. Depois de um último aviso por parte do tribunal, inesperadamente o agente imobiliário Richard Carver (Michael Shannon) bate à porta com ordem de despejo imediata, e o mundo de Dennis abala a seus pés. Sem sitio para onde ir, ele e a família não sabem o que fazer e Dennis irá encontrar a solução para os seus problemas junto daquele que menos espera.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Crítica: Joy . 2015


Porque é que David O. Russell continua a cometer os mesmos erros? Esta é a pergunta que de imediato persiste assim que Joy termina. Uma história que aparentemente pode parecer um pouco louca, mas que é na verdade baseada em factos verídicos. Forte nas interpretações, fraca no argumento.

No inicio do ano de 1990, Joy Mangano (Jennifer Lawrence), uma jovem mãe, tenta sustentar a sua família totalmente disfuncional, lidando todos os dias com os problemas dos outros, sem ter tempo para olhar para si. Quando inventa a Miracle Mop (uma esfregona que tem a capacidade de torcer sozinha através de um mecanismo pensado por si) a sua vida começa a dar uma reviravolta. Desta família fazem parte o ex-marido (Édgar Ramirez) que se recusa a sair da cave lá de casa, a mãe (Virginia Madsen) compulsiva que passa o tempo a ver telenovelas, o pai (Robert De Niro) que continua em busca do grande amor da sua vida, a meia-irmã (Elisabeth Röhm) que adora meter-se em tudo o que Joy faz e a avó Mimi (Diane Ladd), a única capaz de lhe dar o apoio moral e a responsável por fazer acreditar que um dia seria alguém importante. Todos estariam envolvidos no projecto da Miracle Mop e Joy não poderia imaginar as peripécias que isso lhe iria trazer. Um biopic charmoso, mas incapaz de impressionar.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Top I'm sorry! | 2015

Enquanto a lista de melhores do ano de 2015 não chega, estas são para mim (sem qualquer ordem especifica) as maiores desilusões que o ano que ficou para trás nos deixou. Alguns dos filmes porque não corresponderam às minhas expectativas, outros porque são simplesmente maus.