segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Crítica: Mr. Turner 2014


Data de Estreia: 25-12-2014

Visualmente tão belo que o próprio filme parece uma genuína pintura. 

Uma biografia da última faceta da vida do pintor Inglês J. M. W. Turner, um grande pintor de paisagem do periodo Romântico. Seguidos a etapa de transição da sua carreira, quando o seu adorado pai morre, acontecimento que afectou imenso a sua vida e inspiração como pintor.

Somos transportados até uma Inglaterra aristocrática de forma bastante interessante onde cenários, linguagem e guarda roupa, muito detalhados retratam impecávelmente a época. A cinematografia é absolutamente brilhante, que o próprio filme parece uma autêntica tela, cheia de paisagens magníficas onde as cores e luz parecem ser um quadro de Turner.

Timothy Spall tem uma performance sublíme como Mr. Turner, num estudo de personagem complexo e muito bem conseguido, retratando na perfeição um homem que dedicou toda a sua vida à arte e nunca se interessou por muito mais além disso. Perturbado, mas ao mesmo tempo sensível, Spall consegue ser sempre bastante credível. Tal como Timothy Spall, Marion Bailey como uma das amantes de Turner e principalmente Dorothy Atkinson como sua fiel criada têm performances muito boas.

Mr. Turner é acima de tudo um filme sobre arte, mas também sobre a vida de um grande e peculiar pintor. É certo que derivado ao tema não irá agradar a todos, e também ao ritmo que pode não ser o melhor em algumas partes, mas é sem dúvida um retrato de uma época bastante interessante através dos olhos de um artista.









Classificação final: 4 estrelas em 5.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Oscars 2015 | Primeiro promo


Aqui está o primeiro anúncio promocial à 87.ª Edição dos Oscars 2015, onde Neil Patrick Harris irá ser o anfitrião. O anúncio tem apenas 16 segundos e não mostra nada de extraordinário. Resta saber se Neil Patrick Harris irá conseguir igualar o sucesso que Ellen DeGeneres teve na apresentação da gala do ano passado.

A gala irá realizar-se dia 22 de Fevereiro e os nomeados serão conhecidos dia 15 de Janeiro.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Poster & Trailer: Woman in Gold


Woman in Gold é um drama realizado por Simon Curtis (mais conhecido por ter realizado My WeekWith Marilyn em 2011). O filme é baseado na história verídica de Maria Altmann, uma sobrevivente do Holocausto que reside em Los Angeles. Ela e o seu advogado lutaram contra o Governo Austriaco, durante quase uma decada para reaver um quadro do pintor Gustav Klimt que pertencia à sua tia, que na altura da Segunda Guerra foi confiscado pelos Nazis.

O elenco conta com nomes como Helen Mirren, Ryan Reynolds, Daniel Brühl, Tatiana Maslany ou Katie Holmes e tem estreia marcada já para o próximo ano.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Crítica: Chefes Intragáveis 2 (Horrible Bosses 2) 2014


Data de Estreia: 25-12-2014

Em 2011 Seth Gordon trouxe-nos uma das comédias mais engraçadas dos últimos tempos. Para quem estava a espera de mais uma comédia do costume, Chefes Intragáveis supreendeu bastante e no geral proporcionou um bom pacote de entretenimento e boas gargalhadas. Passado três anos os amigos Dale, Kurt e Nick estão de volta, desta vez pelas mãos de Sean Anders.

Desta vez os amigos não querem trabalhar para mais ninguém. Querem ser eles os seus próprios patrões e criam uma engenhoca, mas para o negócio ir avante precisam que alguém invista neles. Depois de uma aparição num programa de televisão rapidamente recebem uma proposta de uma das maiores empresas de retalho dos EUA. Só não estavam era a espera de ser enganados. E apartir daí começa toda uma nova trapalhada de planos, desta vez não para matar ninguém, mas para fazer um rapto.

Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis continuam a ter um quimica incrível, e é impossivel não nos fazerem rir imenso em algumas cenas. Enquanto a história no primeiro filme era muito mais firme, cheia de bons e peculiares personagens, que em conjunto com a boa quimica dos actores, o tornaram numa grande comédia, esta sequela o que tem de mais forte é realmente a quimica entre os três numa história não tão admirável.

Christoph Waltz é muito mal aproveitado, aparecendo apenas em pouquissimas cenas. Como vilão, poderia ter sido mais explorado. Tal como ele, Jennifer Aniston e Jamie Foxx, são usados de forma muito pobre, mais parece que estão no filme apenas porque se encontravam no filme anterior e talvez fossem desnecessários na história. Ao contrário destes, Kevin Spacey é fantástico nas duas pequenas aparições que em cenas que partilha com o seu ex-empregado e amigos. A adição de Chris Pine ao elenco foi uma boa escolha visto que também ele contribui com momentos divertidos no filme.

Apesar de não ser tão surpreendente e mostrar algo que já vimos anteriormente, o que lhe tira de algum modo aquele brilho que mostrava no primeiro, Chefes Intragáveis 2 consegue proporcionar bons momentos de risada. Consegue entreter mas não é de todo tão memorável como o primeiro filme.








Classificação final: 3 estrelas em 5.

Feliz Natal *

O May the CINEMA be with you deseja a todos os seus seguidores um Feliz Natal recheado de bons filmes!

Groot | Guardiões da Galáxia.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Crítica: John Wick 2014


Data de Estreia: 13-11-2014

Um Ford Mustang, um cão, Russos e um Americano vingativo. Estes são os principais ingredientes de John Wick, um ex-assassino que se retira da vida do crime depois de ter encontrado o seu grande amor. Depois da morte da sua adorada mulher, devastado pela solidão e luto, recebe um presente encomendado pela sua mulher antes de morrer, um cachorro. Passado um dia da morte da sua morte, três russos invadem a sua casa, matam o cão e roubam o seu carro. Com sede de vingança Wick está preparado para voltar da reforma e deparar-se com gangsters que lhe irão dar muito trabalho.

Keanu Reeves está assim de volta aos filmes de acção, como o durão com que ninguém ser quer meter. Numa performance sólida, ele mostra que aos 50 anos continua a conseguir surpreender num papel bastante duro e impetuoso. No inicio, todo o mistério em volta da personagem resulta bem e Keanu Reeves transmite a escuridão necessária que o personagem precisa, apesar de ser um papel muito mais fisico que emocional.

Uma boa dimânica desde o inicio até ao fim, nunca aborrece e surpreende com cenas de acção absolutamente energéticas, com coreografias de luta muito bem executadas de ficar de boca aberta. Um tipo edição interessante e uma boa cinematografia, torna-o visualmente apelativo e apesar da sua predictabilidade e quantidade de buracos no enredo, é impossivel não estar entretido ao longo de todo o filme, numa exibição de puro entretenimento.

John Wick tem muito mais estilo do que substância, mas é sem dúvida um dos melhores filmes de acção deste ano.








Classificação final: 3 estrelas em 5.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Poster & Trailer: True Story


True Story é um thriller realizado por Rupert Goold baseado nas Memórias de Michael Finkel, um jornalista do New York Times. No filme, o assassino Christian Longo (James Franco), acusado de ter morto a sua mulher e seus três filhos, toma a identidade de Michael Finkel (Jonah Hill). Para tentar perceber porque este o fez, Finkel começa a aproximar-se de Longo o que poderá por em causa e perigo a sua vida privada.

Parace ser muito intenso e será muito interessante ver Franco e Hill contracenar em papeis bem mais sérios e intensos do que aqueles que fizeram na comédia This is the End, o último filme em que contracenaram. Ambos já mostraram que são capazes de fazer papeis que requerem mais intensidade do que as comédias que os lançaram nas luzes da ribalta em Hollywood.

O filme baseado em factos verídicos parece bem promissor e tem estreia prevista para os primeiros meses de 2015.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Crítica: Big Hero 6 - Os Novos Heróis (Big Hero 6) 2014


Data de Estreia: 18-12-2014

Big Hero 6 - Os Novos Heróis é a mais recente animação da Walt Disney Pictures, dos criadores de Wreck-It Ralph e Frozen, é inspirado numa banda desenhada da Marvel sobre uma equipa de super-heróis com o mesmo nome. Nele seguimos Hiro Hamada, é um menino prodigio de 11 anos, com uma inteligência muito acima de um menino da sua idade. Ele adora tecnologia e a ligação emocional que irá criar com um robot chamado Baymax vai ensinar-lhe algumas lições sobre o amor, amizade e espirito de equipa. Mais tarde, Hiro e mais quatro amigos, com a ajuda de Baymax irão formar então uma equipa de super-heróis.

É claro que os personagens principais da história são Hiro e Baymax, e são eles quem têm mais destaque, mas já que o filme se refere aos outros quatro membros "Big Hero 6" não lhes é dada a atenção devida. Podiam ter sido mais desenvolvidos e aproveitados. Baymax é sem dúvida o melhor do filme, ele é um personagem absolutamente doce e engraçado e toda a parte cómica do filme está praticamente entregue a ele, proporcionando os momentos mais divertidos. Outra das mais valias é um vilão forte, que consegue manter o suspense à cerca da sua pessoa até ao fim.

Um dos pontos mais fortes é sem dúvida a parte visual que está absolutamente bem feita. Apesar de hoje em dia ser dado destaque ao 3D, aqui ele é praticamente desnecessário, pois podemos usufruir da sua beleza visual também em 2D. Passado na cidade futurista de San Fransokyo (uma mistura da cidade de São Francisco e Tokio), o design é realmente interessante e creativo pois mistura as caracteristicas mais importantes de cada uma das cidades.

Temos de olhar para ele como filme de animação que é, pois o público alvo são as crianças, mas o uso de alguns clichés habituais não traz nada de novo e alguma predictabilidade faz com que não haja qualquer factor surpresa. Por outro lado algumas das mensagens que passa são extremamente importantes e o facto de lidar também o tema da morte de forma instrutiva é importante para o público jovem.

Um filme para todas as idades, que acaba por ganhar pontos a nivel visual e não tanto a nivel de história, mas os super-heróis estão mais que na moda e estou certa de que os mais pequenos também querem ver adaptado em versões mais leves histórias de aventuras como estas, em filmes cheios de super poderes.








Classificação final: 3 estrelas em 5.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Crítica: Mamã (Mommy) 2014


Data de Estreia: 18-12-2014
(Filme exibido na última edição do Lisbon & Estoril Film Fest)

Absolutamente verdadeiro, inteligente, tocante e avassalador. O realizador Xavier Dolan, soube ao certo como mexer com as emoções do espectador de uma forma impecável e é impossivel Mommy deixar alguém indiferente. O seu poder é imenso e assim que o filme termina sentimos um misto de emoções que nem sabemos bem explicar.

Uma mãe solteira vê-se obrigada a criar o seu filho, de comportamento super violento, sozinha. Mas uma nova esperança nasce quando se tornam amigos de uma misteriosa vizinha que irá trazer alguma luz as suas vidas.

Estas três personagens são das mais verdadeiras e honestas que já se viu no cinema. Todo o seu comportamento e diálogos transmitem uma veracidade de tal forma imponente que acreditamos plenamente que aqueles personagens são pessoas reais, a viver situações de uma vida real, e isso também se deve à magnifica interpretação dos três actores principais, que prestam aqui umas das melhores interpretações do ano. 

Com uma belissima cinematografia, ângulos sublimes e luz perfeita, visualmente também usa da sua originalidade para mexer connosco e apesar da atmosfera pesada e séria consegue proporcionar também momentos de felicidade. A banda sonora também tem um papel muito importante na história, e é usada de forma brilhante estando sempre relacionada com a cena a que estamos a assistir.

Por vezes há filmes, que de tão belos e profundos que são, é dificil falar sobre eles. Este é um exemplo disso. Mommy é um filme único, dos mais belos e honestos dos últimos tempos. Uma autêntica obra prima do cinema moderno.








Classificação final: 5 estrelas em 5.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Trailer: Knight of Cups


Aqui está o primeiro trailer para Knight of Cups o próximo filme do conhecido realizador Terrence Malick. O filme conta nos principais papeis com Christian Bale, Cate Blachett e Natalie Portman.

Pouco ou nada se sabe sobre o argumento do filme, mas pelo trailer podemos retirar que irá estar relacionado com o luxo e riqueza, onde vemos o personagem de Christian Bale, mulherengo e alegre, mas ao mesmo tempo incompleto e infeliz, se debatendo com alguns problemas, como que estivesse a passar por algum tipo de crise existêncial.

Todas as caracteristicas de Malick estão bem presentes neste trailer, portanto sabemos bem com o que podemos contar.

Crítica: O Desaparecimento de Eleanor Rigby: Eles 2014


Data de Estreia: 27-11-2014

Será o amor capaz de suportar tudo? Este é um filme sobre marcas de profunda tristeza causada por uma dor indescritivel. O mistério é praticamente constante e aos poucos buscamos as respostas escondidas sob as intrigantes circunstâncias.

Eleanor e Conor viviam um grande amor. Assim que o filme começa vemos uma cena que representa os tempos de glória do seu casamento, vemos felicidade estampada nos seus rostos. Na cena seguinte vemos Eleanor, andando de bicicleta pela Ponte de Manhattan e a saltar a vedação, numa tentativa de suicidio falhada.

Ao poucos vamo-nos apercebendo do porquê da ruptura no casamento de Connor e Eleanor, mas nunca de forma objectiva o que por vezes resulta bem pois faz aumentar o clima de mistério no ar, mas que por outro lado deixa uma certa frustação no espectador que acaba por não perceber ao certo algumas das situações e atitudes. Para uma história tão forte, triste, de atmosfera tão pesada, boas ideias não são bem elaboradas e no fim fica a sensação de algo incompleto, inacabado.

As cenas entre o casal são as mais envolventes e fascinantes, talvez pelo facto de termos dois talentosos actores nos principais papeis. Jessica Chastain e James McAvoy conseguem ter uma excelente quimica bastante natural. A dor e luto do casal é absolutamente visivel e apesar de McAvoy ser um actor fantástico é Chastain que brilha no filme. O seu olhar transporta uma dor tal que é impossivel não acreditar em tal tristeza vivida pela personagem. Para além deles, o elenco secundário é muito bom e relevantes cenas são entregues maginificamente por William Hurt, Viola Davis ou Isabelle Huppert

Este filme é a condensação de duas outras versões - Ele e Ela - que estão prestes a estrear em Janeiro e mostram as diferentes prespectivas individuais do casal.





Classificação final: 3,5 estrelas em 5.