domingo, 28 de fevereiro de 2016

Crítica: Zootrópolis (Zootopia) . 2016


Mas que surpresa agradável! A Walt Disney Animation Studios regressa à bicharada da maneira mais adorável e refrescante possível! Realizado por Byron Howard (Bolt e Tangled), Rich Moore (Wreck-It Ralph) e Jared Bush este é o 55º filme produzido pela Disney.

Num universo paralelo onde os animais vivem como os humanos, Zootrópolis é a cidade maravilhosa, símbolo de sucesso e dos prazeres que vida urbana tem no seu pleno. Judy Hopps (Ginnifer Goodwin) é uma coelha do campo que desde muito jovem sonha em ser policia. Contra vontade de tudo e todos, superando as suas limitações, Judy consegue tornar-se na primeira coelha policia da grande cidade que é Zootrópolis. A vida do meio rural é completamente diferente da grande cidade e Judy irá enfrentar muitos desafios. É na sua primeira tarefa como policia que conhece Nick Wilde (Jason Bateman), um trapaceiro que ganha a vida a enganar os outros. Quando um número elevado de mamíferos começa a desaparecer na cidade, Nick acaba por se revelar uma testemunha chave, e criando aos poucos laços de amizade com Judy, unem-se para descobrir, contra a vontade do chefe da policia Bogo (Idris Elba), o mistério que anda a assombrar a cidade. 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Crítica: Triplo 9 (Triple 9) . 2016


John Hillcoat a jogar pelo seguro. Em demasia. Triple 9 é um thriller de acção, com um elenco cheio de nomes sonantes, incapaz de satisfazer ao se revelar apenas mais um de muitos dentro género, sem grande originalidade ou surpresas.

Um grupo de policias corruptos e ex-militares de Atlanta (Chiwetel Ejiofor, Anthony Mackie, Aaron Paul, Norman Reedus e Clifton Collins Jr.) a mando da impiedosa Irina Vlaslov (Kate Winslet), membro da máfia russa, a quem prestam serviços arriscados a troco de dinheiro, planeiam um último grande assalto antes de desfazerem o existente pacto com o diabo. Cada um com os seus motivos - a maior parte deles apenas por ganancia e poder - começam a organizar o esquema perfeito, que terá de envolver o conhecido código policial "999"(officer down) concentrando todas as atenções na morte de um policia em campo, enquanto outros têm tempo para realizar um assalto perfeito. Que policia sacrificar? Chris Allen (Casey Affleck) sobrinho do sargento detective da esquadra (Woody Harrelson) recém chegado à cidade, ainda não familiarizado com os novos colegas e ambiente na cidade.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Crítica: Salvé, César! (Hail, Caesar!) . 2016


Os Coen Brothers têm novo filme! Salvé, César! é o 17º filme dos realizadores e argumentistas Joel e Ethan Coen, e bem mais leve e gracioso que o seu último Inside Llewyn Davis, tendo tanto de sátira, como de homenagem à Hollywood dos anos 50, onde o enredo é bem mais simples e as coisas funcionam de forma bem mais concisa, sem grandes mistérios ou inúmeras alegorias características da sua escrita.

Em 1951, Eddie Mannix (Josh Brolin) é o responsável por manter os actores longe dos holofotes da imprensa, na produtora de cinema Capitol Pictures. Ao mesmo tempo que tem de lidar com os escândalos das estrelas dos estúdios, e com aspectos de produção dos vários filmes, Mannix está a ser pressionado para aceitar um trabalho numa empresa aeroespacial. Quando Baird Whitlock (George Clooney), o actor principal da maior produção do estúdio, "Hail, Caesar!", desaparece misteriosamente durante um dia de gravações, as gémeas cronistas sociais Thora e Thessaly Thacker (Tilda Swinton) começam a intimidar Mannix, que rápido descobre, que Whitlock foi afinal raptado por uma célula comunista intitulada de The Future, formada na sua maioria por argumentistas de cinema, tentando fazer com que Whitlock concorde com as suas ideologias políticas.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

It Takes 2 . #3 Anderson & Murray


Wes Anderson & Bill Murray

E já lá vão 7: Rushmore (1998) . The Royal Tenenbaums (2001) . The Life Aquatic With Steve Zissou (2004) . The Darjeeling Limited (2007) . Fantastic Mr. Fox (2009) . Moonrise Kingdom (2012) . The Grand Budapest Hotel (2014)

Sucesso da parceria:

Ainda com uma obra relativamente pequena, mas única e bastante quirky, Wes Anderson conta com a colaboração de Bill Murray desde 1998, no seu segundo filme Rushmore, e desde então esta parceria nunca mais parou. A relação entre os dois cresceu para além das cameras, e o próprio Wes já afirma que é impossível escrever um filme, sem pensar em algo especifico para Murray. O oitavo filme em conjunto já foi anunciado, ainda não tem data de estreia, apenas se sabe que será mais uma animação em stop-motion.

High-lights:

Participando nos seus filmes apenas com personagens secundárias, mas sempre marcantes, Bill Murray obtém maior destaque em The Life Aquatic With Steve Zissou. Apesar disso, quer sejam elas mais pequenas ou mais longas, as suas participações acabam sempre por ser bem elogiadas pela capacidade que Murray tem em se adaptar aos diferentes mundos que Wes é capaz de criar.

Spot on:

A forma inconfundível com que Wes Anderson executa os seus filmes, parece agradar a Bill Murray e a verdade é que aquilo que um faz, encaixa na perfeição na atitude mais arrojada e excêntrica do outro. Já é impossível pensar em Wes Anderson e não associar Bill Murray a ele.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Crítica: Mustang . 2015


Em pleno século XXI, ainda existem realidades difíceis de compreender. Adorável mas ao mesmo tempo passando uma atmosfera de sufoco e contensão, Mustang é uma belíssima representação da chocante realidade vivida por jovens adolescentes subjugadas às regras da sociedade em que vivem. Realizado por Deniz Gamze Ergüven, foi muito elogiado no ano passado no Festival de Cannes e está nomeado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro este ano.

Numa pacata aldeia Turca, cinco irmãs órfãs - Lale (Günes Sensoy), Nur (Doga Doguslu), Ece (Elit Íscan), Selma (Tugba Sunguroglu) e Sonay (Ilayda Akdogan) - encontram-se numa praia a festejar o fim do ano lectivo, e o começo das tão esperadas férias de Verão. Quando uma vizinha observa a inocente diversão entre as meninas e os rapazes amigos de escola, conta à avó das mesmas, alegando que o seu comportamento teria sido inaceitável e desrespeitoso. Ao chegar a casa são de imediato recebidas com agressividade. A revolta das irmãs, fruto da rebeldia da juventude, toma conta do seu dia-a-dia e a partir daí as reprimendas tornam-se constantes e os castigos cada vez mais severos, chegando ao ponto de estarem presas dentro de casa sem poder sair. Aos poucos a avó começa a trazer pretendentes para casa, determinada a casar as mais velhas para que possam sair de casa o mais rápido possível.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Crítica: Southpaw - Coração de Aço (Southpaw) . 2015


Jack Gyllenhaal tem vindo a construir uma sólida carreira, feita de escolhas bastante interessantes. A transformação física para interpretar um pugilista neste Southpaw - Coração de Aço é de elogiar, e o toque profundo que dá à interpretação notável, acontece que mesmo com o seu esforço o filme transforma-se a passo e passo num circulo de inúmeros clichés, conseguindo chegar ao mediano devido apenas à sua pessoa.

Billy Hope (Jake Gyllenhaal) é um famoso e bem sucedido pugilista no topo da sua carreira. A viver em Nova Iorque com a sua mulher Maureen (Rachel McAdams) e a filha Leila (Oona Laurence), a família vive para as competições e depende totalmente do sucesso da carreira de Billy, que lhes proporciona uma vida bastante estável e agradável. Após uma grave lesão na vista, Maureen convence Billy a retirar-se no seu auge, para viver tranquilamente com as duas uma vida normal, mas a decisão de realizar mais uma luta com um forte adversário rival, - provocado pelo mesmo num evento de caridade - tomará proporções gravíssimas, que acabarão por destruir não só a sua carreia, como tomaram conta de tudo aquilo que Billy mais ama na vida.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Crítica: Zoolander 2 . 2016


Derek Zoolander e Hansel McDonald regressam à passerele 15 anos depois, e mais valiam ter ficado na reforma. A sequela de Zoolander (2001) não traz nada de especial ou realmente significante, provocando apenas algumas - fracas - gargalhadas. 

Para quem ainda se lembra do filme original, o modelo mais bem sucedido do mundo, Derek Zoolander (Ben Stiller), ficou para sempre lembrado pela sua imagem de marca, a expressão facial apelidada de "Blue Steel". Pois quando as maiores estrelas da música pop mundial começam a aparecer assassinadas, deixando como pista uma foto no Instagram, com essa mesma expressão facial, a agente Valentina Valencia (Penélope Cruz) da divisão de moda da Interpol entra em contacto com Derek e o seu amigo de longa data Hansel (Owen Wilson) para a ajudar a infiltrar-se no mundo da moda e descobrir quem está por detrás dos homicídios. Enquanto isso, Zoolander tenta também reconectar-se com o seu filho, assim como terá de enfrentar o velho inimigo Jacobim Mugatu (Will Ferrell).

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Crítica: Trumbo . 2015


Existem sempre histórias interessantes por explorar sobre a indústria cinematográfica de Hollywood. Uma delas, quem foi e o que de importante fez o argumentista Dalton Trumbo. Focado na América dos anos 40 e 50, Trumbo é o biopic sobre o talento de um homem, sacrificado não só pela própria indústria como pelos colegas. É pena que saiba a pouco, acabando por se tornar num filme que se recusa a arriscar.

Dalton Trumbo (Bryan Cranston) conhecido argumentista de Hollywood, vê a sua carreira a ir por água abaixo, quando a sua militância no Partido Comunista do EUA começa a interferir no seu trabalho e nas relações com outras figuras anti-soviéticas da época. Quando é intimado a depor, acusado de propaganda escondida nos filmes que escreve, Trumbo recusa-se a responder as questões do Supremo Tribunal e é condenado à prisão, passando a constar o seu nome da black list de Hollywood, lista criada para negar trabalho a profissionais do entretenimento. Consequência que se reflectiu em grande escala também na sua vida privada, abalando a mulher Cleo (Diane Lane) e os seus três filhos, sobretudo a mais velha Nikola (Elle Faning). Humilhado, mas cheio de vontade de trabalhar, Trumbo mantêm-se fiel aos seus princípios. A reintegração na vida pessoal e profissional não vai ser fácil, mas a vontade de voltar a trabalhar no que mais gosta será aquilo que o vai mover para o continuar a fazer de que maneira for.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

PORQUÊ? #1 Robert De Niro, Dirty Grandpa (2016)

"Hold on! What is going on? OMG what am I seeing?"







[A carreira de um actor, não é feita só de sucessos. Por isso mesmo, vamos celebrar as escolhas menos felizes de grandes actores que em algum momento da sua carreira fizeram escolhas erradas.]

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Crítica: Deadpool . 2016



Muito se tem falado de Deadpool e a verdade é que a campanha de marketing tem sido incrível. Por isso mesmo, começou aos poucos a surgir aquela desconfiançazinha de que o resultado final poderia desapontar bastante. A verdade é que o filme é realmente bom, divertido e acima de tudo diferente dos filmes de super-heróis do costume. Tim Miller aventura-se na realização da melhor forma possível, com Reynolds a brilhar por si só.

Nas ruas de Nova Iorque, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é um emblemático mercenário, que passa os seus dias a proteger os indefesos que recorrem aos seus serviços. Após mais uma noite de trabalho, conhece a sua alma gémea, a então prostituta Vanessa Carlysle (Morena Baccarin). Passado um ano a viver um romance, Wade descobre que sofre de cancro terminal, e a proposta para um tratamento que promete dar-lhe habilidades de super-herói parece irrecusável. Deixando Vanessa para trás, na esperança de um regresso breve, Wade cai nas mãos de Francis Freeman (Ed Skrein) que o submete a processos extremamente dolorosos, um deles, o que o viria a tornar imortal, deixando-o desfigurado por todo o seu corpo. Decidido a aceitar os seus poderes, Wade quer recuperar o amor, enquanto isso vai mostrando todo um peculiar humor e personalidade, deixando o seu comportamento goofy bem vincado desde o primeiro minuto. Assim que os créditos inicias começam a rolar, sabemos que estamos prestes a assistir à história de um super herói diferente, espalhando todo o seu charme sobre nós.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Top 2015 | O que de melhor se fez o ano passado.

Depois de ter visto tudo aquilo que tinha a ver, chega finalmente o meu top de preferências do ano de 2015 (mais uma vez relembro que o meu top é feito consoante as datas de lançamento de origem e não em Portugal).

Para variar, custa-me imenso escolher apenas 10 filmes (sim, porque todos os anos a ideia é fazer apenas um top 10), então aqui fica o top 20 (por ordem de preferência, da esquerda para a direita):


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

PORQUÊ?


A carreira de um actor, não é feita só de sucessos. Por isso mesmo, vamos celebrar as escolhas menos felizes de alguns dos actores que em algum momento da sua carreira fizeram escolhas erradas. 

PORQUÊ? Porque os grandes actores também metem o pé na argola. Brevemente no May the CINEMA be with you.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Crítica: Os Oito Odiados (The Hateful Eight) . 2015


O que é que eu posso dizer? Sou fã de Quentin Tarantino! O seu oitavo filme chegou, e sabemos bem com o que contar. Violência over-the-top, humor e um enredo inteligente que estão sempre presentes, desta vez com a particularidade de também estarmos perante uma autentica beleza visual e absorvente suspense do inicio ao fim.

Alguns anos depois da Guerra Civil, Major Marquis Warren (Samuel L. Jackson), transporta três cadáveres a prémio para a cidade de Red Rock. Perante uma enorme tempestade instalada nas montanhas do Wyoming, pede uma boleia à diligencia de John Ruth (Kurt Russel), um caçador de recompensas que transporta a fugitiva Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh). Mais tarde encontram perdido o novo xerife da cidade para onde se dirigem, Chris Mannix (Walton Goggins) que se junta à viagem. Forçados a parar num alojamento que dá pelo nome de Retrosaria da Minnie, encontramos outras quatro misteriosas caras. Recebidos pelo mexicano Bob (Demián Bichir), constatam que dentro do lugar estão Oswaldo Mobray (Tim Roth) o carrasco de Red Rock, o sossegado cowboy Joe Gage (Michael Madsen) e o ex-general Sandford Smithers (Bruce Dern). A enigmática atitude de cada um dos peculiares personagens, vai nos deixando deliciados com tamanha intriga e aos poucos vamos percebendo que ninguém diz ser quem é.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Crítica: Horas Decisivas (The Finest Hours) . 2016


Terminamos o ano de 2015 recheados de histórias baseadas em factos verídicos. Começamos o ano de 2016 com mais histórias baseadas em factos verídicos. Horas Decisivas é um thriller / aventura realizado por Craig Gillespie (Lars and the Real Girl, Fright Night), com visuais cativantes e performances competentes, mas que não são o suficiente para salvar este relato, que peca pelo fraco argumento e falta de intensidade nas cenas de maior acção.

Em 1952, o petroleiro SS Pendleton fica literalmente dividido em dois, na Baía de Cape Cod. A guarda costeira local é destacada para o seu resgate. Bernie Webber (Chris Pine) é o capitão da pequena embarcação de salvamento, que juntamente com mais três membros da tripulação (Ben Foster, Kyle Gallner e John Magaro) arriscam as suas vidas, tempestade a dentro, na esperança de ir ao encontro do petroleiro e auxiliar os seus membros. Ao longo da história vamos saltitando entre o relato dos acontecimentos em terra - onde conhecemos pela primeira vez Bernie, a mulher por quem se apaixona (Holliday Grainger), assim como Daniel Cluff (Eric Bana) chefe da guarda costeira - e no mar - vendo de perto as dificuldades que os homens a bordo do petroleiro estão a passar, com Ray Bybert (Casey Affleck) na liderança.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

(1967-2014)


Faz hoje dois anos que o cinema o perdeu. 

"For me, acting is torturousand it's torturous because you know it's a beautiful thing.Philip Seymour Hoffman

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Crítica: Carol . 2015


Um amor arrebatador. Um fascínio à primeira vista. E tal como acontece com as personagens do filme, Carol têm em nós esse mesmo poder. Baseado no romance The Price of Salt de Patricia Highsmith, este é o relato hipnotizante de um amor proibido, levado até nós de forma magnifica por Todd Haynes

Na encantadora época de Natal de Nova Iorque dos anos 50, uma charmosa e requintada dona de casa de meia idade de seu nome Carol Aird (Cate Blanchett) conhece a simples e discreta jovem Therese Belivet (Rooney Mara) aspirante a fotografa, actualmente empregada na secção de brinquedos de um grande armazém da cidade. Ambas sentem de imediato uma forte atracção, e os encontros entre as duas começam a ser recorrentes, mesmo quando a possibilidade de um relacionamento entre as duas vai contra todos os costumes da época. Carol terá agora que lutar pela custodia da adorada filha contra o amargurado ex-marido (Kyle Chandler), arriscando-se a perde-la quando este a expõe perante um juiz, afirmando que a pratica de uma conduta homossexual, para além de ser impropria aos olhos da sociedade, lhe irá tirar o que de mais precioso tem na vida. Divida entra o amor pela filha e a vontade de viver uma vida sem segredos, Carol decide fazer uma viagem com Therese, onde encontrará perguntas e respostas ao mesmo tempo que o fascínio que sente pela jovem se apodera cada vez mais da sua mente.