terça-feira, 29 de julho de 2014

Trailer: Guardians of the Galaxy | 7 de Agosto nos Cinemas


É já para a semana, a estreia de mais um do Universo MarvelGuardians of the Galaxy, um dos mais esperados blockbusters para este Verão e eu estou super entusiasmada para ele!

Uma equipa de super heróis que se intitula como "Os Guardiões da Galáxia" tem a missão de proteger planetas e galáxias de ataques alienígenas. Peter Quill aka Star-Lord tem algo muito cobiçado pelo vilão Ronan e eles devem unir forças para combater uma força cósmica que poderá ter proporções épicas.

O filme promete muita diversão e cenas cheias de acção! Aqui fica o trailer:

Crítica: Garden State (2004)


Não sabia bem o que esperar sobre este filme. Desde que saiu que ouvia falar dele mas não sabia nada sobre a história. Finalmente decidi vê-lo e apesar de ter lido muito boas criticas, a verdade é que não me consegui conectar com ele. Deixou-me sempre na expectativa de ver algo mais e isso não acontece. Desde o inicio que a história fica encalhada no mesmo lugar e o que é certo é que não há grande resolução na história a não ser o facto de acabar com o mesmo cliché de sempre, o típico final de filme amoroso em que o amor resolve tudo.

Escrito, realizado e protagonizado por Zach Braff, aqui ele interpreta um actor muito reservado que volta a sua terra natal passado muitos anos para ir ao funeral da sua mãe. Depressa percebemos que ele é um pouco perturbado e tem muitos problemas por resolver consigo mesmo. Voltando às origens ele vai tentar entender o porque do seu fraco estado emocional e também descobrir que afinal ele sempre esteve preso ao passado e necessita de uma mudança na sua vida pacata de pseudo-estrela de cinema em Los Angeles.

Nunca pensei que Natalie Portman me pudesse irritar, eu adoro vê-la representar, mas o que é certo é que algumas das suas cenas são mesmo irritantes! Ela fez o que pode, com um papel muito pobre. A mesma coisa aconteceu com Peter Sarsgaard que não teve muito por onde pegar também. Todos os personagens precisavam de mais desenvolvimento e isso prejudicou o filme substancialmente.

O grande problema que tive com Garden State foi mesmo o facto de nunca me conseguir conectar com ele, não senti que parecesse real e algumas das cenas chegam a ser um pouco ridículas. Chegamos ao fim sentindo um grande vazio, pois o filme nunca chega a entregar aquilo que promete e por isso é muito decepcionante.





Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

sábado, 26 de julho de 2014

Espreitadela: Avengers: Age of Ultron - Arte Conceptual

Tinha que partilhar estas fantásticas imagens aqui!

Já andavam a circular pela internet 6 posters conceptuais do filme Avengers: Age of Ultron que foram lançados na Comic-Con que se realiza nos Estados Unidos, em San Diego na California. Este evento promove não só tudo o que tem a ver com banda desenhada mas também sobre filmes em geral e series de tv. Finalmente podemos ver o poster completo sem a ausência de Thor e Hulk.

Para além destes dois e dos outros já conhecidos Avengers, Iron Man, Captain America, Black Widow e Hawkeye juntam-se agora para o nome filme Quicksilver e Scarlet Witch.

Nem seria preciso olhar para a imagem para saber que o filme promete, mas agora ainda mais! Mas para saber como vai ser, temos de esperar até Maio de 2015.

Aqui ficam os posters individuais e também a versão full-size:









sexta-feira, 25 de julho de 2014

Crítica: Snowpiercer (2014)


Muito imaginativo e com uma mensagem muito consciente daquilo que a humanidade é capaz, interpretando isso através de diferentes significados.

Snowpiercer é um filme baseado num romance gráfico francês chamado Le Transperceneige, e neste seguimos a história da humanidade, que vive a bordo de um grande comboio, depois de um problema grave ecológico que gelou o Planeta Terra para todo o sempre. Quase toda a população mundial morreu congelada menos aquela que embarcou no comboio, que passado 18 anos ainda continua a percorrer um trajecto mundial e segundo o seu inventor, Wilford, um engenheiro que previu os acontecimentos fatais, o comboio nunca irá parar. Se algum dos passageiros tentar sair irá morrer congelado. O comboio esta dividido por várias secções e estratos sociais, que não se podem misturar uns com os outros. Na ultima carruagem do comboio vive a mais baixa classe social que farta de viver em extrema pobreza, idealiza um plano para tentar deitar abaixo o domínio de Wilford que vive comandando tudo o que se passa no comboio da primeira carruagem. O principal objectivo dos rebeldes é chegar a Wilford e acabar com a desigualdade entre todos os seres humanos.

Apesar da sua história irreal este acaba por ser um filme com imenso significado e para se poder apreciar a importância das mensagens que ele quer transmitir temos que saber primeiro que tudo analisar o significado de todos os momentos que achamos que estão fora do lugar. Aquilo que para nos à primeira vista poderá estar longe do contexto ou parece não fazer sentido, derivado à condição do mundo e das pessoas daquele comboio, fará afinal muito sentido se conseguirmos olhar para lá do que estamos a ver.

A principal razão pela qual este filme consegue ser bem sucedido será talvez a realização do Coreano Bong Joon-ho, que com este filme se estreia na realização na língua inglesa. Apesar da língua e da quantidade de actores conhecidos, sentimos de qualquer maneira o estilo cinematográfico asiático muito presente durante todo o filme e isso é muito interessante.

Toda a cenografia é algo absolutamente magnifico! A forma como as carruagens foram idealizadas são excelentes, mas no que toca à imagem do mundo exterior deixa muito a desejar. O CGI é muito pobre e todo o mundo congelado parece muito irreal.

Esta cheio de personagens e momentos bizarros que quebram um pouco a atmosfera escura da história e isso é muito bom, pois proporciona-nos risadas espontâneas de vez em quando, aliviando a sua seriedade.

Chris Evans surpreendeu-me bastante. A sua performance é bastante emocional e conseguiu convencer-me das suas intenções e sentimentos. A sua figura nos últimos anos esta muito ligada ao Capitão América e durante este filme ele fez-me esquecer disso. A minha personagem preferida é sem dúvida a de Tilda Swinton, extremamente bizarra e única, algo que ela sabe fazer e muito bem! O resto do elenco, com nomes tais como John Hurt, Ed Harris, Jamie Bell, Octavia Spencer e os Coreanos Song Kang-ho e Ko Ah-sung também estiveram bem.

Acredito que este é aquele tipo de filme que cresce cada vez mais em nós após consecutivas visualizações. O seu maior problema poderá ser a sua longa duração. Apesar de nos entreter bastante durante a maior parte do tempo, devido à sua duração, o acto final acaba por perder um pouco a magia não tendo tanta intensidade e impacto como deveria ter tido.

Falhas à parte, é muito bom vermos um estilo diferente em Hollywood e tenho a certeza que este filme vai ser alvo de constantes análises ao longo dos anos, não só pelo seu estilo peculiar mas também pelas mensagens que quer passar.

Snowpiercer é um filme que projecta perfeitamente o tipo de estigmas da sociedade em geral, o problema que sempre existiu e infelizmente existe ainda nos dias de hoje entre os diferentes estratos sociais.

Estreou esta quinta-feira, dia 24 de Julho.







Classificação final: 4 estrelas em 5.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Crítica: Juno (2007)


Juno, do realizador Jason Reitman (Up in the AirYoung Adult), não é só mais um daqueles filmes sobre erros da adolescência ou sobre gravidez indesejada, é acima de tudo um filme sobre maturidade que foge a todos os clichés habituais de todos os filmes do género.

Juno tem 16 anos e é uma adolescente muito confiante e de bem com a vida. Tenta sempre aceitar tudo na vida com naturalidade e não fugiu à risca quando descobre que esta gravida. Rapidamente arranja uma solução e estando perfeitamente segura de que não esta preparada para ser mãe procura um casal para adoptar a sua futura criança. Mas depressa Juno descobre que tudo o que envolve uma gravidez, tanto fisicamente com psicologicamente, não é assim tão fácil.

A melhor coisa que este filme tem é talvez o facto de nós pensarmos que ele nos está a levar para um certo caminho e afinal tudo o que acontece não é bem aquilo que estamos à espera. Fugindo aos clichés habituais, acaba por se tornar um filme honesto, que aceita as decisões dos personagens sem exigir que sejam julgados pelas escolhas que fazem.

A performance de Ellen Page, que interpreta Juno, é sem dúvida fantástica! Muito natural e verdadeira, mas não só sentimos isso da sua parte mas também do resto do elenco.

No geral, Juno é um filme que com um tom sério consegue ser na mesma divertido, abordando questões essenciais da vida.





Classificação final: 4 estrelas em 5.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Espreitadela: Performance de Captura em Movimento


Trago-vos aqui mais uma curiosidade. Desta vez sobre um tipo de técnica que se está tornando cada vez mais habitual em Hollywood. Esta técnica é chamada de "Motion Capture Performance" ou em português se preferirem, Performance de Captura em Movimento.

Dawn of the Planet of the Apes (Planeta dos Macacos: A Revolta), agora nos cinemas, foi mais um dos filmes que se rendeu a este tipo de performance. Em vez de os macacos serem simplesmente gerados por computador, esta técnica faz com que a performance seja mais realista, pois todas as expressões faciais e a postura dos actores é posteriormente transformada naquilo que se pretende, neste caso macacos dando-lhes um ar muito mais realista:




Encontrei este video num artigo que li sobre o tema e partilho aqui com vocês. Muito interessante, demonstrando o avanço da tecnologia no Cinema:


Aqui estão outros exemplos de performances que foram criadas com a ajuda desta técnica:

Zoe Saldana em Avatar
Mark Ruffalo em The Avengers, como Hulk
Tom Hanks em The Polar Express
Andy Serkis em The Lord of the Rings como Smeagol/Gollum

domingo, 20 de julho de 2014

Crítica: Ida (2014)


Um filme onde as imagens valem mais do que as palavras. Ida é um filme poderoso que nos leva até à assombrosa Polónia pós guerra.

Este drama Polaco, é passado nos anos 60 e nele seguimos a história de Anna, uma freira noviça. A madre superiora do convento onde vive desde criança diz-lhe que antes de fazer os seus votos, ela tem de conhecer a sua família. Anna parte para uma cidade próxima e lá conhece a sua tia Wanda, uma ex-juiza com uma personalidade um pouco fria e revoltada que lhe diz que o seu nome verdadeiro é Ida e que os seus pais, judeus, foram assassinados durante a Segunda Guerra Mundial. Wanda e Ida embarcam numa viagem não só em busca dos restos mortais da família, mas também para encontrar algum tipo de paz interior cada uma com a sua razão.

Ida é um excelente filme que demonstra todo o terror vivido durante uma das piores épocas da História mundial. Toda a sua atmosfera transparece esse terror e de uma forma muito natural e até simples, passa para o lado de cá a dedicação que lhe foi dada.

A cinematografia a preto e branco é algo deslumbrante. Os ângulos de filmagem absolutamente brilhantes, muito cuidados e interessantes. O uso da música em algumas das cenas, ilustra cada situação. As performances das duas actrizes principais são muito profundas e complexas. Um trabalho impecável da parte das actrizes Agata Trzebuchowska e Agata Kulesza, que foram capazes de transmitir o peso de cada uma das suas personagens.

O final pode ser ambíguo. Mas isso não é sinal de que seja um mau final, pois podemos tirar dele aquilo que quisermos e imaginar o que achamos melhor para a figura central do filme. Todos os significados ficam para cada um de nós interpretarmos à nossa maneira.

Apesar do dialogo ser pouco é sem dúvida muito profundo. Muitas das cenas onde o silêncio impera, são assoberbadas pelas poderosas imagens que estamos a ver e isso torna-o numa obra muito boa apesar da sua simplicidade.

Ida estreou nas nossas salas na passada quinta-feira, dia 17 de Julho.








Classificação final: 4 estrelas em 5.

Crítica: Dawn of the Planet of the Apes (2014)


Em 2011, o realizador Rupert Wyatt trouxe-nos Rise of the Planet of the Apes que para mim foi apenas mais um simples blockbuster, bom no que toca a entretenimento mas com algumas falhas pelo caminho. Tinha uma história decente, um grande lado emocional e uma importante e controversa mensagem, mas a verdade é que não trazia nada de novo.

Este ano, e desta vez com Matt Reeves na realização, Dawn of the Planet of the Apes não era o filme pelo qual eu estaria à espera ansiosamente. Ver a continuação da história seria algo interessante, mas tinha a impressão que iria pelo mesmo caminho do primeiro filme. A verdade é que as boas críticas internacionais levaram-me a querer vê-lo já neste primeiro fim-de-semana de exibição.

Neste novo filme seguimos a nova vida de Caesar, o personagem principal do primeiro filme. O macaco que desenvolveu uma super-inteligência devido a uma substância criada para curar a doença de Alzheimer nos humanos. Caesar foi criado com humanos e sempre se sentiu muito ligado a eles emocionalmente, mas uma serie de eventos levaram a que ele viesse a liderar uma revolta pela parte de todos os símios. Nesta nova história vemos um mundo completamente diferente, vivendo num cenário apocalíptico. Caesar lidera um grande grupo de macacos num bosque nos arredores de São Francisco, vivendo aparentemente em paz, mas sempre com receio que a raça humana venha a interferir naquilo a que os símios consideram ser uma vida justa e em liberdade, contrariando tudo aquilo que muitos deles passaram em tempos, aprisionados e feitos cobaias por aqueles que outrora se diziam seus amigos.

Sentimos logo após os primeiros minutos que o filme escolheu um caminho diferente do primeiro. A introdução a esta nova fase e Era dos Macacos no Planeta Terra é feita de uma forma absolutamente brilhante! Com uma atmosfera muito escura e sombria somos arrastados para todo aquele ambiente que nos leva para a emoção certa no tempo certo. Para quem não viu o primeiro filme poderá haver algumas pontas soltas, mas nada de muito grave que não consiga acompanhar a história com clareza.

O estudo do personagem Caesar é algo fantástico, muito bem aprofundado e desenvolvido. Sentimos através dele todos os seus medos e frustrações. O actor Andy Serkis, que interpretou o papel deste Macaco com através de uma técnica avançada chamada de “performance de captura de movimento” (onde primeiramente o actor é filmado com um fato especial e depois através de CGI (imagem gerada por computador) é assim “transformado” naquilo que se pretende). O actor já é experiente nestas andanças pois foi ele que interpretou Gollum/Smeagol nas trilogias de O Senhor dos Anéis e O Hobbit e também no filme King Kong. O seu trabalho merece ser reconhecido, tanto neste filme como no anterior pois a sua performance é o que carrega o filme. Vê-se que houve da parte dele um estudo enorme sobre a espécie e o facto dele se transformar lindamente num macaco de verdade é magnifico. Outras performances do filme, nomeadamente a de Jason Clarke e do legendário Gary Oldman são muito marcantes, só tenho pena de que um actor do calibre de Oldman não tenha mais tempo de ecrã.

Algumas questões sobre Homem vs Animal são constantemente levantadas ao longo do filme e deixam-nos a pensar. Será que somos assim tão diferentes uns dos outros? Fisicamente até pode ser que sim, mas e no que toca a emoções? Liberdade? Sobrevivência? Poder? Sede de vingança? Revolta? É uma história que toca um pouco naquilo que todos nós humanos temos de mais feio.

A banda sonora é algo que também precisa de ser mencionado, pois reflecte perfeitamente todo o meio envolvente. Sombria e por vezes até muito assustadora vai muito bem com tudo aquilo que estamos a ver e com aquilo que cada cena nos quer transmitir.

As cenas de acção estão muito bem feitas e visualmente é um filme muito bonito. As cores e a luz foram impecavelmente estudadas e isso reflectiu-se no resultado final. Alguns planos são absolutamente fabulosos, principalmente quando se trata de cenas de mais acção.

Ao contrário daquilo que eu estava a espera, Dawn of the Planet of the Apes não é apenas mais um blockbuster que vamos ver este Verão. Sim é um bom filme de entretenimento mas com muito conteúdo, que não é só bom visualmente mas também nas mensagens que nos quer transmitir. Fiquei muito surpreendida pela positiva e fica aqui a recomendação.

Dawn of the Planet of the Apes (Planeta dos Macacos: A Revolta) estreou esta quinta-feira passada, dia 17 de Julho e encontra-se em muitas salas de Cinema espalhadas pelo país. Vão ver!







Classificação final: 4,5 estrelas em 5.