quarta-feira, 27 de julho de 2016

Crítica: Jason Bourne . 2016


Matt Damon está de volta ao papel mais icónico da sua carreira. O resultado não é mau, mas está muito longe de ser fantástico. Apesar dos recheios confirmados que teria em relação a este novo segmento da franquia, a acção está garantida, naquele que será provavelmente o melhor filme de acção deste Verão.

Passados 9 anos, estamos perante o quarto filme, em que Paul Greengrass e Matt Damon formam dupla, para reviver mais uma vez o passado obscuro de Bourne. Depois de The Bourne Identity (2002), The Bourne Supremacy (2004), The Bourne Ultimatum (2007) e do spinoff com Jeremy Renner, The Bourne Legacy (2012), aqui está o regresso do memorável assassino da CIA que perdeu a memória. O mundo vive tempos conturbados e após o seu desaparecimento no fim do último filme, Jason Bourne (Matt Damon) reaparece para prestar auxilio a Nicky Parsons (Julia Stiles) parceira de longa data, que acabaria por descobrir revelações intrigantes sobre a operação que envolveu Bourne. Enquanto isso, um novo programa intitulado de Iron Hand, está preparado para iniciar, com o objectivo de o executar, iniciando assim uma caça ao homem, ao mesmo tempo que Bourne continua ainda em busca de sobre o seu passado e da sua família.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Crítica: Cenas de Família (The Family Fang) . 2015


Jason Bateman é bem conhecido no mundo da comédia, tendo feito parte de alguns sucessos do género ao longo dos últimos anos, mas a sua faceta de realizador, num registo um pouco mais sério é algo que certamente poderá ter pernas para continuar a andar. Cenas de Família é um indie aparentemente light, mas que rapidamente se transforma em algo melancólico, abordando temas familiares interessantes.

Annie (Nicole Kidman) e Baxter (Jason Bateman) são dois irmãos fortemente marcados pela infância atribulada que tiveram, quando se viam envolvidos pelas performances artísticas dos seus pais (Christopher Walken e Maryann Plunkett) que viviam para atrair a atenção de pessoas comuns, ao encenar pequenas situações com o objectivo de provocar várias emoções surpreendendo o público. A quantidade de aparições ao longo dos anos 80 e 90, fizeram com que esta família se torna-se famosa, e como consequência a imagem de Annie e Baxter ficaria associada à fase em que o mundo os conhecia e intitulava de Child A e Child B. Hoje, Annie é uma actriz conceituada e Baxter um pseudo autor de romances, ambos com a particularidade de viver presos a um passado que tem tanto de longínquo como de recente, pois perante um per causo terão de lidar novamente com a peculiaridade dos seus pais que escondem um segredo. Tudo isto os fará reviver momentos, e até encontrar respostas certas com a ajuda da maturidade que outrora não teriam.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Crítica: O Amigo Gigante (The BFG) . 2016


Steven Spielberg volta a apostar numa aventura para toda a família! O Amigo Gigante, baseado na obra homónima de Roald Dahl, chega finalmente ao grande ecrã, depois de ter sido adaptado anteriormente para tv e teatro. Muito mais que uma obra que presta homenagem ao sentido da amizade, seja ela entre quem for, foi também o regresso da colaboração entre Spielberg e Melissa Mathison (responsável pelo argumento de E.T.), o seu ultimo projecto, depois de ter falecido em 2015, sendo o filme dedicado à sua memória.

Algures no centro de Londres, a viver num orfanato, conhecemos a inteligente e muito rebelde Sophie (Ruby Barnhill). Uma noite, já bem tarde, na varanda do seu quarto, a corajosa menina vislumbra do outro lado da rua aquilo que aparentemente parece ser um gigante. Ao ver que Sophie o teria apanhado, o Gigante (Mark Rylance) captura-a e leva-a consigo para a terra dos Gigantes, onde Sophie terá de viver o resto dos seus dias em segredo, longe de qualquer um que pudesse revelar a existência de tais criaturas na Terra. Enquanto Sophie terá de lidar com as peripécias dos outros gigantes que habitam o local, nomeadamente o facto de a verem como uma refeição, também irá aprender um pouco sobre o oficio do seu novo amigo a quem atribui o nome de "O Amigo Gigante" (ou BFG - Big Friendly Giant). A existência do Gigante representa para todos algo muito mais importante do que Sophie poderia pensar, visto que este captura sonhos e encarrega-se de os distribuir pelos humanos durante o sono. Será isto tudo verdade? Ou será apenas fruto da imaginação? As duas hipóteses ficam em cima da mesa, neste conto onde os actos e o valor da amizade são a principal mensagem a passar.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Crítica: Miles Ahead . 2016


Realizado, co-escrito e protagonizado por Don Cheadle, Miles Ahead é baseado na vida do lendário músico de Jazz, Miles Davis. Com uma estrutura não linear, arrisca imenso, quase como que correspondendo exactamente à personalidade da pessoa que retrata. Uma viagem louca, por alguns episódios da vida de um dos músicos mais influentes do século XX.  

No fim dos anos 70, Miles Davis (Don Cheadle) encontra-se numa longa pausa de 5 anos na sua carreira. Vive agora constantemente isolado, passando a maior parte do seu tempo em casa, agarrado a drogas e acima de tudo sofrendo, preso a memórias do passado, sem a criatividade de outrora. Eis quando o jornalista Dave Braden (Ewan McGregor) da Rolling Stone Magazine força a entrada em sua casa em busca de uma entrevista. Inesperadamente, os dois viveram os próximos dias atribuladamente, quando o disco em que Davis tem trabalho nos últimos 5 anos, é roubado por um produtor musical com a ajuda de um aspirante a músico. Em busca do disco perdido, Braden e Davis embarcam em algumas aventuras, aventuras essas que fazem com que Davis reviva algumas situações do seu passado, nomeadamente o seu casamento com Frances Taylor (Emayatzy Corinealdi) considerada como sua musa inspiradora.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Crítica: Sing Street . 2016


Quer seja como realizador, quer seja como argumentista, John Carney tem certamente qualquer poder especial. Quase como sem saber bem porquê, a simplicidade das suas histórias, sempre com um toque musical à mistura, permanecem connosco muito para além dos seus filmes terem chegado ao fim.

Estamos na Irlanda, na cidade de Dublin, em plenos anos 80. Conhecemos Conor (Ferdia Wlash-Peelo), um jovem de 14 anos que se encontra numa fase menos boa da sua vida, quando ele e os irmãos se vêem no meio da crise matrimonial dos seus pais (Aidan Gillen e Maria Doyle Kennedy) que se debatem com problemas financeiros, que originam discussões e mau estar na família. Quando se vê obrigado a sair de um bom colégio, para frequentar a escola pública das redondezas, Conor depara-se com uma realidade totalmente diferente da que estava habituado. Surgem problemas com os novos colegas e também com professores, mas a esperança dos seus dias melhorarem, residem na misteriosa, bonita e super cool Raphina (Lucy Boynton), pela qual Conor fica imediatamente encantado. Rendido, decide convida-la para participar num videoclip da sua banda. Mas a verdade é que Conor nem sequer tem uma banda! Eis então que a pouca auto-estima de Conor desaparece, a criatividade começa a surgir, estando prestes a deixar para trás os seus medos agora que encontrou a sua musa e ganha coragem para começar a seguir o seu sonho de cantar numa banda.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Crítica: Um Traidor dos Nossos (Our Kind Of Traitor) . 2016


Adaptado do romance homónimo de John le Carré, Um Traidor dos Nossos, é um thriller político e de espionagem realizado por Susanna White. Infelizmente, é o tipo de filme que não surpreende, mas que certamente entretém, correndo o risco de rapidamente cair em esquecimento. 

Perry (Ewan McGregor) e Gail (Naomie Harris) encontram-se em Marraquexe para um fim de semana romântico, com o objectivo de ultrapassar a crise matrimonial que enfrentam. Na penúltima noite na cidade, conhecem Dima (Stellan Skarsgard), um homem aparentemente atencioso, mas que faz parte da máfia russa, encarregado de tratar do sistema de lavagens de dinheiro. Dima rapidamente faz-se amigo do casal, pedindo-lhes que o ajudem a fazer chegar até aos serviços secretos Britânicos, informação classificada sobre o grupo de mafiosos do qual faz parte. Perry e Gail vêem-se então obrigados a estar envolvidos no meio de uma teia de interesses políticos e de corrupção, o que poderá por em grande perigo o bem estar de cada um.

domingo, 3 de julho de 2016

Crítica: Estado Livre de Jones (Free State of Jones) . 2016


Que tremenda desilusão. Estado Livre de Jones desperdiça totalmente a sua importantissima história verídica, quando não decide o que na realidade quer ser. Aqui encontramos Matthew McConaughey em mais uma performance emocional, mas que mesmo assim é incapaz de impressionar ou marcar a diferença, nesta a narrativa aborrecida e inconsistente sem qualquer notoriedade.

Durante a Guerra Civil Americana, Newton Knight (Matthew McConaughey) um agricultor do condado de Jones no estado do Mississipi, abandona a guerra para se juntar a um grupo de desertores e escravos fugidos de várias localidades para formar uma rebelião que lutava contra a igualdade de direitos perante a confederação do condado. Com um papel extremamente importante na luta dos direitos civis e igualdade entre raças e género, Knight foi figura imponente ao estabelecer sem medos uma comunidade multi-racional. Um drama ficcional baseado em factos verídicos sobre a verdadeira história de Newton Knight.