quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Happy New Year *

O May the CINEMA be with you deseja a todos os seus seguidos um excelente ano de 2016! Venham daí muitos e bons filmes! Cheers!

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Nota: Aproveito para referir que o top dos meus filmes preferidos referentes ao ano de 2015, só sairá lá mais para o fim de Janeiro. Visto que faço o top baseado nas datas de lançamento e não nas datas de estreia em Portugal, ainda há algumas coisas a ver. Fiquem atentos!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Crítica: Creed: O Legado de Rocky (Creed) . 2015


Em 1976 o mundo conhecia o famoso Rocky. A história de preseverança de um jogador de boxe em Filadélfia. Sylvester Stallone era não só o protagonista mas também o argumentista da história, e à medida que os anos foram passando e a sua influencia foi crescendo cada vez mais. Entretanto 7 filmes sobre Rocky Balboa foram feitos e a personagem tem servido de inspiração não só para muitas pessoas que cresceram com os filmes, mas também algumas das suas cenas mais famosas reproduzidas e homenageadas noutros filmes. 39 anos depois do primeiro filme, chega a sequela Creed - O Legado de Rocky.

Adonis "Donnie" Johnson (Michael B. Jordan) teve uma infância conturbada, descarregando a imensa raiva para com adversidades da vida, em constantes lutas com outras crianças e adolescentes pelos refúgios de acolhimento pelos quais ia passando. O gosto pela luta está dentro de si, Donnie sente que esse será o único caminho a seguir e é no ringue que conseguirá ser absolutamente feliz. Filho de uma relação extra-conjugal do celebre personagem da saga, Apollo Creed (Carl Weathers), Donnie parte para Filadélfia na esperança de chegar até Rocky Balboa (Sylvester Stallone), um dos oponentes do seu pai nos tempos de glória de ambos. Mas Rocky tomou um rumo completamente diferente na vida e voltar ao boxe está longe dos seus planos. Cabe agora a Donnie a árdua tarefa de convencer Rocky a treina-lo, para que consiga entrar no mundo do boxe profissional.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Crítica: A Rapariga Dinamarquesa (The Danish Girl) . 2015


A Rapariga Dinamarquesa é sem dúvida um filme de performances. Realizado por Tom Hooper, este drama extremamente emocional dá pela segunda vez em dois anos, a oportunidade a Eddie Redmayne de brilhar, mostrando mais uma vez aquilo que vale, fazendo algo ao mesmo nível de exigência daquilo que fez em A Teoria de Tudo, filme pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Actor o ano passado.

Einar Wegener (Eddie Redmayne) é um famoso pintor de Copenhaga, casado com a igualmente bem sucedida e também pintora Gerda Wegener (Alicia Vikander). Sendo ambos grandes amantes de arte, as suas personalidades e gostos encaixam, fazendo deles um casal aparentemente perfeito. Acontece que Einar esconde um segredo, difícil para muitos de compreender. Einar é aos olhos dos que o rodeiam o marido ideal, mas o seu maior desejo seria tornar-se uma mulher. Baseado na história verídica de Lili Elbe, adaptado do romance que tomou por base os diários e cartas da mesma, a história inicia-se na década de 20 e acompanha algumas das transformações físicas e psicológicas de Einar, até à década de 30, onde já como Lili se submete àquela que foi a primeira cirurgia de mudança de sexo.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Guilty Pleasures | 2015

Guilty Pleasure: Algo que se considera prazeroso apesar de se sentir culpa por tal. Algo que a maior parte das pessoas não gosta, mas pelo qual sentimos um carinho especial. Sem medos, nem vergonhas, (e nenhuma ordem preferencial) estes são os meus guilty pleasures 2015!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Star Wars | Os Influenciados


Artigo presente na edição nº 41 da Take Cinema Magazine

Como icónica saga de filmes que é, inicialmente mesmo sem o saber, Star Wars traçou de imediato um caminho muito forte, não só na história do cinema de ficção-cientifica, mas também na história do cinema em geral. Mudando não só a forma como são lançados muitos filmes hoje em dia, mas também pela grandiosidade e efeito que conseguiu atingir em toda a cultura pop, até quem nunca viu um único filme, consegue identificar alguns elementos da mesma, quase que inconscientemente, mais uma das provas da sua magnitude. Magnitude essa, que se veio a reflectir em muitos outros filmes, e até séries, posteriores ao lançamento dos seus três primeiros filmes (Episódio IV, V e VI). Com a estreia do novo Star Wars: Episode VII – The Force Awakens, fazemos uma pequena viagem, falando sobre alguns dos aspectos que influenciaram muitas outras obras que se seguiram.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Crítica: Um Presente do Passado (The Gift) . 2015


Escreve, realiza, interpreta. Joel Edgerton, faz o trabalho completo neste Um Presente do Passado, onde fez questão de recuperar a atmosfera dos bons thrillers dos anos 90, e adicionar a pitada creepy necessária quando se trata de aprofundar o comportamento de alguém bastante estranho.

Quando o casal, Simon (Jason Bateman) e Robyn Callum (Rebecca Hall) se mudam de Chicago para Los Angeles depois do marido ter aceite trabalho numa nova empresa, dão de caras com Gordon "Gordo" Mosely (Joel Edgerton) um sinistro ex-colega de secundário de Simon. Ficando de imediato a saber a morada do casal, Gordo começa a aparecer de surpresa, levando sempre consigo um presente. Simon começa a sentir-se extremamente desconfortável com a situação, mas a sua atitude distante e fria, para com alguém que demonstra amizade por si começa a inquietar Robyn, que tenta ser amável, querendo retribuir a gentileza de um velho amigo de infância do marido. Acontece que afinal, Gordo teria algo bem mais misterioso e sombrio preparado para o casal. Um momento traumático jamais se esquece, e alguém do passado vai fazer questão de relembrar isso.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Crítica: Só Podiam Ser Irmãs (Sisters) . 2015


Tina Fey e Amy Poehler são duas das mais bem sucedidas comediantes da actualidade. Quer a solo, quer em duo, a dinâmica entre as duas costuma resultar e isso seria aquilo com que contava neste Só Podiam Ser Irmãs. A verdade é que, poucas foram as vezes que soltei uma gargalhada. Bem, poucas ou mesmo nenhuma.

Quando as irmãs Kate Ellis (Tina Fey) e Maura Ellis (Amy Poehler) descobrem que os seus pais (Dianne Wiest e James Brolin) tomaram a decisão de vender a casa da família para ir viver numa comunidade sénior, estas ficam encarregues da tarefa de organizar os pertences de cada uma da casa. Ao regressar para um último fim de semana no lar que as viu crescer, organizam uma festa de arromba em jeito de despedida. O reencontro, não só com os velhos amigos de infância, mas também com os inimigos, provocará diversas emoções em ambas, visto que estão as duas um presas ao passado e a uma certa infantilidade que as impede de amadurecer e serem felizes.

It Takes 2 . #1 Scorsese & De Niro


Martin Scorsese & Robert De Niro

E já lá vão 9: Mean Streets (1973) . Taxi Driver (1976) . New York, New York (1977) . Raging Bull (1980) . The King of Comedy (1983) . Goodfellas (1990) . Cape Fear (1991) . Casino (1995) . The Audition (2015) - curta-metragem.

Sucesso da parceria:

A sua primeira colaboração em 1973, colocou ambos os nomes nas luzes da ribalta. O vibrante estilo de realização e as recorrentes histórias de violência e estudo de personagens de Martin Scorsese, combinava maravilhosamente com os talentos de representação e carisma de Robert De Niro, uma coisa levou à outra e rapidamente se tornaram ícones do cinema. A sucessivas colaborações pararam em 1995, altura em que Scorsese começou a querer explorar caminhos diferentes, o que o levou ao encontro do seu novo parceiro regular Leonardo DiCaprio.

High-lights:

Em 1976, Taxi Driver ganha a Palma de Ouro no Festival de Cannes e as sucessivas colaborações foram alvo de várias nomeações e vitórias a prémios ao longo dos anos, incluído o Oscar de Melhor actor atribuído a De Niro por Raging Bull. Em 1990, era lançado Goodfellas, considerado um dos melhores filmes de gangsters de sempre e passado 20 anos depois da última colaboração, a curta-metragem The Audition juntava Scorsese De Niro a DiCaprio. Um novo projecto (The Irishman) já foi confirmado para breve. Ficaremos muito atentos à espera.

Spot on:

Quando um dos melhores actores de sempre, se junta com um dos melhores realizadores de sempre a parceria só poderia ser grandiosa. Tudo o que fazem juntos, parece transformar-se em ouro, ou não fossem muitos dos filmes que fizeram considerados das maiores obras cinematográficas de todos os tempos.

sábado, 19 de dezembro de 2015

It Takes 2


O May the Cinema be with you está prestes a dar inicio à nova (e primeira) rubrica do blog que dará pelo nome de It Takes 2, e vai ser publicada uma vez por mês. Será um pequeno espaço para homenagear duplas de grande sucesso no mundo do cinema, desde actores, realizadores, produtores, editores, cinematógrafos ou músicos. Aqui serão apresentados de forma simples e rápida dando destaque a pequenas curiosidades e razões do seu sucesso, não só como forma de reconhecimento, mas também com o intuito de despertar o interesse nas personalidades em questão, para quem ainda não conhece.

Nada melhor para começar, do que uma das melhores colaborações de sempre, a de Martin Scorsese e Robert De Niro. Stay tuned!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Crítica: Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII - The Force Awakens) . 2015


J. J. Abraams tinha um grande peso sobre os seus ombros. Para além de não ser nada fácil pegar numa trilogia com a carga pop que Star Wars tem, este sétimo episódio, não seria apenas realizado por si, mas também co-escrito. A esperança que J. J. Abraams fizesse renascer o espírito da trilogia original (episódios IV, V e VI) era elevada, e este filme teria obrigatoriamente a responsabilidade que isso acarreta.

Passado 10 anos do lançamento do último filme, Star Wars: O Despertar da Força, regressa com as caras bem familiares e outras novas cheias de carisma. A antiga Aliança Rebelde é agora a Resistência, que luta o Império da Primeira Ordem, liderado por Kylo Ren (Adam Driver). Quando Poe Dameron (Oscar Isaac), piloto da Resistência, é raptado pela Ordem, o seu droide BB-8, consegue fugir para o planeta árido de Jakku, onde conhece Rey (Daisy Ridley) que mais tarde formará equipa com Finn (John Boyega), um antigo stormtrooper. Quanto ao resto? Ficamos por aqui...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Crítica: A Última Noitada (The Night Before) . 2015


Seth Rogen, Joseph Gordon-Levitt e Anthony Mackie andam a alegrar as salas de cinemas com aquela que é a comédia deste Natal! A Última Noitada é, nada mais nada menos, do que uma dose de muito humor, muita parvoíce, mas também detentora de uma boa mensagem sobre a amizade e aquilo que realmente são os valores de Natal.

Este é o conto festivo sobre três homens, que querem finalmente tornar-se adultos, e organizam aquela que será a última noite de consoada que festejam somente os três. Quando em 2001 Ethan (Gordon-Levitt) fica órfão, os seus melhores amigos Isaac (Rogen) e Chris (Mackie) festejam a noite de Natal consigo, visitando alguns dos mais emblemáticos lugares em Nova Iorque, tentando confortar o amigo na esperança de preencher o seu vazio. Passados 14 anos, chegou a hora de por fim à tradição e seguir em frente e a despedida vai ser memorável, pois Ethan tem em sua posse convites para o "Baile do Quebra Nozes", a mais badalada festa de Natal, à qual tentam ir desde a primeira consoada que passaram juntos. A noite vai ser bem atribulada e até chegarem à tão esperada festa, muita coisa ainda estaria para acontecer.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Crítica: A Juventude (Youth) . 2015


Depois de ter ganho em 2013 o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com o magnifico A Grande BelezaPaolo Sorrentino, regressa (e como não poderia deixar de ser) com a sua fantástica forma de integrar as mais belíssimas imagens como parte central e importantíssima numa história.

Passado num luxuoso hotel/spa nos Alpes suíços, A Juventude gira em torno de Fred Ballinger (Michael Caine) um compositor/maestro inglês e Mick Boyle (Harvey Keitel) um realizador/argumentista americano. Enquanto Mick se encontra a finalizar o argumento daquele que deverá transformar-se no mais memorável filme da sua carreira, com dificuldade em encontrar a inspiração e criatividade de outros tempos, Fred é convidado para ser homenageado pela Rainha de Inglaterra, situação que desencadeia um peso enorme sobre memórias do passado difíceis de lidar. Este é o curioso retrato de uma amizade de longa data, demonstrado através de um interessante estudo sobre o que é envelhecer, e as coisas que com isso advêm, contrastadas com o olhar que se tem sob o mundo quando ainda se é jovem.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Golden Globes 2016 | Nomeados



Foram divulgados há poucas horas, pela Hollywood Foreign Press, os nomeados para a 73ª Edição dos Golden Globes, que se realizará a 10 de Janeiro de 2016, com Ricky Gervais a fazer as honras da gala pela terceira vez. 

Carol, de Todd Haynes lidera as categorias de cinema com 5 nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Actriz Principal para Cate Blanchett e Rooney Mara. Mad Max: Fury Road, de George Miller para surpresa de todos continua a ser uma constante este ano, nas nomeações para Melhor Filme. Com 4 nomeações cada estão Spotlight, The Revenant, The Big Short e Steve Jobs.

Produções menores também não foram esquecidas, com Brie Larson e Mark Ruffalo a serem nomeados nas categorias de interpretação por Room e Infinitely Polar Bear, respectivamente. Na categoria de Melhor Animação, a Pixar consegue nomeações para os dois filmes que lançou este ano, Inside Out e The Good Dinosaur, e também Anomalisa se encontra entre os nomeados.

Aqui fica a lista completa com todos os nomeados (apenas nas categorias de cinema):

Crítica: No Coração do Mar (In The Heart Of The Sea) . 2015


Ron Howard está de volta! Depois de alta velocidade em Rush, traz consigo a trágica aventura que está por detrás de um dos épicos mais conhecidos em todo o mundo, Moby Dick. Baseado no livro "In The Heart of the Sea", de Nathaniel Philbrick, No Coração do Mar retrata os eventos passados a bordo do baleeiro Essex e do seu naufrágio.

Os eventos são narrados no presente por Thomas Nickerson (Brendan Gleeson), o único sobrevivente vivo do naufrágio. Enquanto este conta os pormenores da sua trágica história a Herman Melville (Ben Whishaw), flashbacks da assombrosa viagem pelo pacifico são nos mostrados. Foi na altura que muito jovem, Thomas (nesta fase interpretado por Tom Holland) conheceu Owen Chase (Chris Hemsworth), um corajoso marinheiro forçado a obedecer às ordens do capitão George Pollard (Benjamin Walker), quando lhe havia sido prometido o comando na sua próxima viagem. Nenhum dos homens abordo estaria preparado para o terror que se avizinhava, naquela que seria para muitos deles, a última viagem em alto mar das suas vidas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Crítica: Amor Polar (Infinitely Polar Bear) . 2015


Amor Polar é o drama escrito e realizado por Maya Forbes, sobre bipolaridade e crescimento interior, com muito mais significado para si própria do que poderíamos pensar. Uma obra autobiográfica, que retrata uma parte da sua infância, com um tom mais leve e divertido visto pela perspectiva de duas crianças. As expectativas eram altas, a crítica na sua maioria positiva, mas a verdade é que acabou por me desiludir imenso.

Passado no inicio dos anos 70,  no filme seguimos a história de Cameron (Mark Ruffalo), das suas filhas Faith (Ashley Aufderheide) e Amelia (Imogene Wolodarsky), e da esposa Maggie (Zoe Saldana). Esta família poderia ter uma vida perfeitamente normal, se Cameron não sofresse de bipolaridade, o que influência tudo, não só na sua vida, mas também nas que o rodeiam. Incapaz de manter um emprego e com comportamentos irregulares, Cameron acaba por ser internado, e passa uma temporada num hospital psiquiátrico o que levou o seu casamento a um ponto de rotura. Mas é quando Maggie se vê forçada a retomar a escola em busca de um melhor emprego para sustentar a família, que Cameron vai ter de ser capaz de ajudar a criar as suas filhas e os três atravessarão obstáculos juntos, por mais complicado que possam ser.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Crítica: A Modista (The Dressmaker) . 2015


Algures nas profundezas do deserto Australiano, encontramos uma pequeníssima aldeia, bem peculiar, recheada interessantes habitantes. São esses mesmos habitantes e os eventos pessoais do passado, que nos dão o mote para este drama/comédia muito teatral sobre vingança. Nem sempre consistente, mas minimamente agradável.

Em 1951, Myrtle "Tilly" Dunnage (Kate Winslet) regressa a Dungatar, a sua terra Natal, para tomar conta da sua mãe (Judy Davis) que se encontra doente. Mas Tilly não traz consigo apenas saudade, traz também a enorme vontade de descobrir o que realmente aconteceu quando aos 10 anos foi levada para fora da cidade, para um colégio interno, acusada de ter assassinado um colega de escola. Tendo estudado costura em Paris, agora modista, Tilly transforma todos com as suas peças de alta costura, vendo na sua arte, uma forma de se conectar com todos aqueles que a acusam pelo assassinato do passado. Tilly é confiante e irreverente e está de volta para mudar não só a sua vida, mas também a vida de todos aqueles a julgam e olham com indiferente, mas ao mesmo tempo fascínio.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Crítica: A Viagem de Arlo (The Good Dinosaur) . 2015


E se há 65 milhões de anos atrás, o grande asteróide responsável pela extinção dos dinossauros, afinal, não tivesse atingido o planeta Terra? É essa opção que a Disney/Pixar explora em A Viagem de Arlo.

No filme, seguimos a história de um apatossauro chamado Arlo (voz do jovem actor Raymond Ochoa), que vive com os seus pais e os seus dois irmãos num vale. Todos estão encarregues de cuidar da quinta onde vivem, e é lá que cultivam e criam alimento para o seu sustento. Arlo é o mais frágil dos três irmãos e a sua constante insegurança faz com que não consiga cumprir os seus principais deveres e objectivos. Num trágico dia, levado pela corrente de um rio, Arlo perde-se da família, mas será com a ajuda de um jovem humano chamado Spot, que irá encontrar o caminho de regresso a casa e não só. Esta é jornada do adorável dinossauro que irá aprender a superar os seus medos e a acreditar mais em si próprio.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Crítica: A Ponte dos Espiões (Bridge of Spies) . 2015


Pela quarta vez, Tom Hanks e Steven Spielberg voltam a juntar-se num projecto e cada vez que isso acontece é sucesso certeiro. Assim o é, neste thriller A Ponte dos Espiões, que conta com a Guerra Fria como pano de fundo.

Passado em 1957, o filme retrata a história real de James Donovan (Tom Hanks) um advogado a quem é pedido que defenda um prisioneiro, Rudolf Abel (Mark Rylance), acusado de ser um espião soviético a actuar em território americano. Donovan não passa de um advogado especializado em casos de companhias de seguros e ao entrar no campo do desconhecido irá descobrir que afinal se vai encontrar numa situação muito mais frágil do que aquela que pensava inicialmente. Contratado apenas para fazer "boa figura" enquanto representante dos EUA, sendo certo que iria perder o caso com toda a certeza, Donovan começa a ganhar um interesse diferente pelo caso, e toma consciência acerca de algumas das verdadeiras intenções e relações entre os EUA e a União Soviética. Tudo se complica ainda mais quando um avião americano se despenha em território soviético e o militar Francis Gary Powers (Austin Stowell) também é feito prisioneiro. Donovan terá em mãos a responsabilidade de negociar a troca dos dois homens. Um caso muito mais complicado e perigoso do que alguma vez poderia esperar.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Crítica: O Segredo dos Seus Olhos (Secret in Their Eyes) . 2015


Confesso que não é a primeira vez que vejo um remake americano, primeiro que o filme original em que foi baseado. A verdade é que muitas vezes, ficamos satisfeitos com a versão americanizada da coisa, mas arrependo-me definitivamente de ter visto isto em primeiro lugar. Escrito e realizado por Billy Ray, baseado no filme Argentino de Juan José Campanella - que venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010 - O Segredo dos Seus Olhos não passa de um filme desleixado e previsível que nem um elenco sólido consegue salvar.

Parte da história é passada em 2002, e gira em torno do assassinato de Carolyn (Zoe Graham), uma jovem violada e espancada até à morte, encontrada dentro de um contentor de lixo, próximo de uma mesquita que andava a ser investigada por Ray (Chiwetel Ejiofor), um agente do FBI que desconfia que membros desta tivessem intenções terroristas. Quando ele e a parceira Jess (Julia Roberts) chegam ao local, Ray constata que a jovem é afinal a filha de Jess. As provas do caso são quase nulas e o principal suspeito saí ileso. Entre flashbacks do passado e o presente, vemos agora Ray, 13 anos depois e ainda obcecado com o brutal assassinato que ficou por resolver. De regresso a L.A., pede ajuda a uma antiga paixão, a procuradora geral Claire (Nicole Kidman) para reabrir o caso, pois diz saber o paradeiro do homem que matou Carolyn.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Crítica: The Hunger Games: A Revolta - Part 2 (The Hunger Games: Mockingjay - Part 2) . 2015


Em 2012, a saga The Hunger Games, baseada nos best-sellers de Suzzane Collins chegava aos cinemas. Surpreendentemente mais inteligentes, sombrios e com mais conteúdo que as normais adaptações de literatura para jovens-adultos, a história chega agora ao fim, com um último filme bastante digno e satisfatório.

Agora que Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é a líder da revolução que tomou conta de Panem, o Capitólio tem os seus dias contados. Katniss e os seus amigos rebeldes preparam-se para derrubar o President Snow (Donald Sutherland), arriscando as suas vidas, eles estão prestes a enfrentar todos os perigos que Snow lhes colocará no caminho, sempre com esperança e vontade de vencer na mente. No meio disto tudo Katniss continua a ter de lidar com os complicados sentimentos que nutre por Gale (Liam Hemsworth) e principalmente com Peeta (Josh Hutcherson), ainda perturbado com a captura e tortura por parte de Snow, no segundo filme Catching Fire.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Crítica: Steve Jobs . 2015


Danny Boyle tem sempre algo de vibrante e elegante nos filmes que faz, pelo qual seria provavelmente a pessoa perfeita para conduzir um biopic sobre o génio Steve Jobs, e quando aliado com o grande argumentista, Aaron Sorkin, ainda melhor.

Inspirado na biografia escrita por Walter Isaacson o filme foca apenas três dos lançamentos mais significativos da carreira de Jobs, em 1984, 1988 e 1998. Captando os momentos passados antes de cada apresentação, é nos bastidores que vários detalhes biográficos nos são apresentados de forma bastante engenhosa e genial, tudo graças à magnifica escrita de Sorkin e à dinâmica realização e edição que nos fazem seguir ao pormenor cada personagem. A maneira hostil e egocêntrica como Jobs lidava com todas as pessoas que foram passando pela sua vida profissional e pessoal, podem ter sido concerteza dramatizadas ou exageradas, mas nunca de forma a que soem a falso. Um filme cheio de cenas intensas, frenéticas, por vezes claustrofóbicas, diálogos inteligentes, onde as várias personalidades se destacam e as suas ideias vão muito alem do óbvio. Entretenimento e substancia andam de mãos dadas, num dos melhores e singulares biopics já antes vistos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

LEFFEST '15 . (Encerramento)


Terminou ontem, a 9ª Edição do Lisbon & Estoril Film Festival. Passando por vários espaços espalhados por Lisboa e Estoril, o cinema e eventos relacionados com o mesmo, estiveram presentes durante 10 dias de Festival. Para além dos inúmeros filmes e eventos, as homenagens, retrospectivas e de ano para ano a vincada presença de muitos realizador, actores e produtores, são algo que marca bastante este festival, cada vez mais reconhecido no estrangeiro. Para além disto existe também a atribuição de prémios. Nesta edição foram atribuídos os seguintes:

Prémio Melhor Filme Jaeger-LeCoul: 11 Minut, de Jerzy Skolimowski
Prémio Especial do Júri João Bénard da Costa: Chant D'Hiver, de Otar Iosseliani
Prémio Revelação TAP - Melhor Realizador: Brady Corbet por The Childhood of a Leader
Prémio Melhor Curta Metragem: Mother Earth, de Piotr Zlotorowicz
Menção Honrosa: Marasmo, de Gonçalo Loureiro

É sempre bom descobrir o que de melhor este festival tem para nos oferecer, e em 10 dias de festival o balanço é positivo. Tive a oportunidade de visionar 10 dos inúmeros filmes que por lá passaram e confesso que as desilusões foram algumas, mas existem sempre descobertas interessantes, e muitas outras que ficam ainda por descobrir. A baixo ficam todos os links de reviews de filmes do festival. Para no ano há mais LEFFEST!

» Mia Madre, de Nani Moretti 
» Anomalisa, de Charlie Kaufman & Duke Johnson
» Profissionais da Crise, de David Gordon Green
» Manglehorn, de David Gordon Green
» 45 Years, de Andrew Haigh
» A Canção de Uma Vida, de Kate Barker-Froyland
» Diário de Uma Criada de Quarto, de Benoît Jacquot
» Room, de Lenny Abrahamson
» Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert
» 7 Chinese Brothers, de Bob Byington

domingo, 15 de novembro de 2015

Crítica: 7 Chinese Brothers . 2015


«Exibido no LEFFEST '15»

Escrito e realizado por Bob Byington, 7 Chinese Brothers é uma história bastante simples, sobre o eterno perdedor que parece não ter vontade de encontrar o caminho certo para a sua vida. Sem arriscar muito, o filme consegue ser bem sucedido derivado ao casting perfeito, pois ter Jason Schwartzman a interpretar esse tipo, dá muito mais charme à coisa. 

No filme seguimos Larry (Jason Schwartzman), um sujeito bastante peculiar, que acaba de perder o emprego num restaurante por roubar cinco dólares. No mesmo dia, consegue arranjar trabalho numa oficina de automóveis, onde de imediato se apaixona pela futura chefe (Eleanore Pienta). A sua avó carrancuda (Olympia Dukakis) tenta dar-lhe alguns conselhos para a sua vida, que Larry tende em não seguir, e nem mesmo o seu melhor amigo (Tunde Adebimpe), bem mais determinado e convicto, faz com que Larry encare a vida com outra atitude. Talvez a sua arrogância o impeça de ser totalmente feliz, mas a verdade é que mesmo assim o personagem consegue conectar-se connosco.

sábado, 14 de novembro de 2015

Crítica: Que Horas Ela Volta? . 2015


«Exibido no LEFFEST '15»

A submissão brasileira aos Oscars 2016 - Que Horas Ela Volta? - escrito e realizado por Anna Muylaert, teve a sua estreia no Festival de Sundance deste ano, onde ganhou um prémio do júri, posteriormente vindo a ganhar outro no Festival de Berlim. Um drama que explora as relações entre dois estratos sociais diferentes e também algumas ideias interessantes sob a superfície dos personagens, tanto de forma séria, como com humor.

Val (brilhantemente interpretada por Regina Casé), mulher do nordeste brasileiro, vive há 13 anos em São Paulo, como empregada doméstica na casa de uma família da alta sociedade. Depois de ter criado Fabinho (Michel Joelsas), o filho do casal, Val vive constantemente com a culpa de nunca ter criado a sua própria filha Jéssica (Camila Márdila) que teve que deixar para trás quando decidiu procurar algo melhor para o sustento da sua filha. Inesperadamente Jéssica decide ir para São Paulo, prestar provas para ingressar na faculdade, e Val vê aí a oportunidade de recuperar o tempo perdido. A convivência entre as duas não é fácil, e Jéssica irá provocar variados sentimentos em todos os membros da família.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Crítica: Quarto (Room) . 2015


«Exibido no LEFFEST '15»

O cinema tem o poder imenso de nos transportar para outros mundos e outras realidades. Consegue ter o poder de nos fazer felizes, tristes, e são grandiosos filmes como este, que por isso mesmo, nos tocam profundamente no coração. Realizado por Lenny Abrahamson (What Richard DidFrank) e baseado no romance de Emma Donoghue com o mesmo nome, Room é doce, devastador e capaz de estimular em nós inúmeros sentimentos.

Joy Newsome aka Ma (Brie Larson) e o seu filho Jack (Jacob Tremblay) de cinco anos, vivem em cativeiro na cabana de um jardim. Prisioneira de Old Nick (Sean Bridgers) desde os 17 anos, Joy educou e criou o filho dentro de um espaço mínimo, - por onde a luz passa, apenas através de uma pequena clarabóia - na verdade, o único mundo que Jack conhece. Todas as noites, o raptor visita a cabana para fornecer roupa e alimentos, e enquanto Jack dorme - dentro de pequeno armário - e viola Joy mais uma e outra vez. Desgastada física e mentalmente, ela faz de tudo para que o filho não perceba o verdadeiro porquê da situação em que vive, dando-lhe muito amor, num espaço onde as mais extraordinárias coisas acontecem aos olhos de Jack, pois a beleza do mundo existe porque a sua mãe faz com que esta aconteça, dentro dos horrores daquelas quatro paredes.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Crítica: Diário de Uma Criada de Quarto (Le Journal d'une Femme de Chambre) . 2015


«Exibido no LEFFEST '15»

Realizado por Benoît Jacquot, baseado no romance de 1900 de Octave Mirbeau com o mesmo nome, esta é a mais recente adaptação de Diário de Uma Criada de Quarto, onde são partilhadas connosco algumas das aventuras de Célestine, uma jovem arrojada que trabalha como criada.

Quando a jovem e bela Célestine (Léa Seydoux), saí da grande cidade parisiense para ir servir na província, na casa da abastada família Lanlaire, vai recordando alguns dos mais significantes momentos da sua vida, desde que começou a ser serviçal. Excêntrica demais para a época, Célestine é sempre o centro de todas as atenções, não só pela sua beleza mas também pela sua atitude, nada submissa. Enquanto tenta lidar com a intragável nova patroa e com as tentativas de abuso por parte do patrão, Célestine começa a sentir um certo fascínio por um dos empregados da casa, o misterioso Joseph (Vincent Lindon) que parece guardar alguns segredos.

Crítica: A Canção de Uma Vida (Song One) . 2014


«Exibido no LEFFEST '15»

Ainda com um pequeno percurso pelas curtas metragens, a realizadora Kate Barker-Froyland estreia-se agora nas longas com este A Canção de Uma Vida. Infelizmente, este revela ser uma tentativa falhada de um tocante romance, aproximando duas pessoas através de uma situação não muito agradável. Romance à parte, também tenta demonstrar a importância que a música tem nas nossas vidas, mas de forma pouco efectiva.

A história segue Franny (Anne Hathaway) uma antropologista que se vê obrigada a regressar a Nova Iorque, quando o seu único irmão e músico, Henry (Ben Rosenfield), sofre um grave atropelamento e fica em coma. Franny, que recentemente se tinha chateado com ele, vive agora em constante agonia e sofrimento, tentando conectar-se com o irmão e perceber o porquê do seu grande amor pela música. Frequentando os mesmos sítios que ele, ouvindo as mesmas músicas que ele, experienciando vários momentos em sítios por onde Henry passava. Um dia, vai ao concerto do artista favorito de Henry, o cantor James Forrester (Johnny Flynn), partilha com ele a história do irmão. Quase de imediato, os dois criam uma ligação forte.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Crítica: 45 Years . 2015


« Exibido no LEFFEST '15 »

45 Years é um drama realizado por Andrew Haigh, também co-escrito por ele, baseado no conto "In Another Country" de David Constantine. Sublimemente interpretado por Charlotte Rampling e Tom Courtenay, o filme dá-nos um olhar simples, honesto, absolutamente devastador, de um casal prestes a comemorar o seu 45º aniversário de casamento.

Quando Geoff (Tom Courtenay) recebe uma carta dizendo que o corpo da sua namorada de há 50 anos foi encontrado nos Alpes, a notícia abala de forma inesperada a sua esposa Kate (Charlotte Rampling), que se sente inquieta com o "reaparecimento" deste antigo amor. É partir daí, e durante a semana de preparação para a festa de aniversário de casamento, que os fantasmas do passado começam a interferir na vida do casal e atitudes de cada um, e um casamento de uma vida, começa a ser posto em causa por Kate. Será que ao fim de 45 anos, valeu a pena? Um conto que demonstra muito do quanto o ser humano gosta de guardar segredos que não compartilha com mais ninguém, que não consigo mesmo. A bela demonstração de que como uma revelação, pode mexer com a cabeça e sentimentos de qualquer um, trazendo desconfiança e dúvidas quando se pensava ter todas as certezas.