sábado, 8 de abril de 2017

Crítica: A Bela e o Monstro (Beauty and The Beast) . 2017


A cada anunciar de um novo remake da Disney, é sempre difícil imaginar os clássicos mais queridos da nossa infância a ser readaptados em obras live-action. Bill Condon conseguiu transportar a magia de A Bela e o Monstro de volta a 2017 e transforma-o numa autentica delicia, que demonstra mais uma vez o porquê de ser uma das mais belas e mais significativas histórias que a Disney já fez.

Este conto já todos sabemos de cor. Bella (Emma Watson) é uma jovem e ambiciosa rapariga, que vive numa pequena vila francesa com o seu pai Maurice (Kevin Kline). Numa das viagens de Maurice ao mercado da cidade mais próxima para vender pequenas caixas de música que constrói, ele e o seu cavalo Phillipe perdem-se na floresta e são capturados por um feroz Monstro (Dan Stevens). Ao ver o pai capturado pela terrível criatura, Bella decide trocar a liberdade do pai pela sua, num castelo medonho onde os objectos têm vida. Com o passar do tempo, apercebe-se que o Monstro é afinal um príncipe, que derivado ao seu feitio arrogante e presunçoso, se encontra amaldiçoado por uma bruxa, assim como os servos do seu castelo. Para quebrar o feitiço precisa de um verdadeiro amor que o faça voltar à fase humana ou então ficará com um aspecto aterrador o resto da sua vida.

Esta versão, pouco ou nada acrescenta de novo, sendo que o que acrescenta não é exagerado ou sem sentido, dando pequenos toques que não interferem em nada com a narrativa original da história. Mantendo-se fiel ao clássico de 1991, Bill Condon trás brilho e detalhe ao mais elevado nível! Os cenários, o guarda-roupa e a banda sonora recriam de forma perfeita os momentos mais icónicos e dão importância aos que não seriam tão relevantes. O elenco encaixa na perfeição naquilo que poderíamos imaginar, mas talvez o seu maior erro seja dar um destaque diferente aos personagens secundários, que por vezes sobressaem mais que os protagonistas. Cheio de coração, conta ou reconta, uma das mais simples e belas histórias infantis, dando toda a importância ao que somos e não à aparência que temos. Diz-se que os olhos também comem, e neste caso o aspecto visual torna-o bastante especial.

Chegamos ao fim e percebemos que continuamos a testemunhar a verdadeira magia da Disney. Bom casting, fiel à história, com um toque refrescante de modernidade. A nostalgia é lixada! Durante aquelas duas horas senti-me outra vez criança.

Classificação final: 4 estrelas em 5.
Data de Estreia: 16.03.2017

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