quarta-feira, 26 de julho de 2017

Crítica: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (Valerian and the City of a Thousand Planets) . 2017


What a fun ride! Para quem achava que lhe ia sair totalmente o tiro pela culatra, Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é uma agradável surpresa que nos transporta para dentro de um universo extravagante, cujo o objectivo principal é entreter. Não se enganem, pois não será nada mais. Desprovido de grande intelectualidade e até brincando demasiado com a parte sentimental da coisa, Luc Besson continua a teimar enveredar por caminhos apertados, caminhos esses que o impedem de obter os resultados necessários. No entanto Valerian destaca-se pela capacidade de entreter o espectador utilizando uma dinâmica aceitável durante um pouco mais de duas horas de filme.

Em pleno século XXVIII, Valerian (Dane DeHaan) e Laureline (Cara Delevingne) são agentes da unidade de humanos da policia espacial, que em tempos pacíficos e de harmonia vivem numa galáxia que aprendeu a viver consoante as diferentes culturas e conhecimentos dos habitantes de múltiplos planetas. Valerian tem um sonho estranho sobre um planeta desconhecido, onde habitantes de uma raça desconhecida extraem pérolas que contém energia e usam uma espécie animal para as multiplicar. Nesse sonho o planeta é completamente dizimado. Valerian e Laureline recebem então uma missão, cujo objectivo é recolher em segurança um desses mesmos animais que Valerian vislumbrou no seu sonho e para o fazer terão de o resgatar de um dealer do mercado negro.

Sabia de antemão que o filme era baseado numa BD francesa com o nome Valérian et Laureline, mas de resto fui completamente em branco para o que Besson me queria mostrar. Portanto qualquer apontamento que aqui faça é apenas baseado naquilo que o filme me ofereceu, visto não ter base alguma com que o comparar. Não encontramos por aqui nada que surpreenda a nível narrativo. A história de original não tem nada e a tentativa de criar empatia é constantemente forçada, através dos clichés habituais de todas as história de amor, aqui à mistura com a relação de colegas de trabalho, fugindo ao foco principal. Cara Delevigne, encaixa a meu ver neste papel, enquanto Dane DeHaan parece estar um pouco fora de água o que faz com que a química entre os dois seja estranha e por vezes pouco convincente. Mas se por um lado temos uma história banal, isso é compensado pela forma como os visuais e todo aquele mundo foi recriado. As criaturas e todos os espaços são bem conseguidos, o que torna esta aventura bastante tolerável.

Por mais silly que por vezes possa parecer, a verdade é que o filme diverte e mantém o público interessado do inicio ao fim. Luc Besson nos últimos anos pode estar longe de apresentar aquilo que já nos trouxe no passado, mas continuamos a querer ver o que ele tem para nos oferecer. Valerian e a Cidade dos Mil Planetas não é muito mais que um típico summer blockbuster e também não se quer assumir como nada mais.

Classificação final: 3 estrelas em 5.
Data de Estreia: 27.07.2017

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