quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

my (re)view: A Forma da Água (The Shape of Water) . 2017


Saí desta experiência, meio que frustrada. Como eterna romântica que sou custa-me a crer que The Shape of Water acaba-se por se tornar um pouco superficial para mim e incapaz de me emocionar como eu esperava que acontecesse. Desde o inicio do ano que Guillermo Del Toro tem vindo a ser elogiado por esta sua mais recente obra, que para mim sofre de alguns problemas de narrativa, assim como é detentor de alguns momentos que a meu ver poderiam bem ter passado ao lado. Esta é a história de Elisa (interpretada brilhantemente por Sally Hawkins cuja expressão corporal tem forte presença visto Elisa ser muda) uma jovem que trabalha nas limpezas de um laboratório secreto do governo, num cenário passado durante a guerra fria. Quando o laboratório recebe uma estranha criatura, Elisa descobre que este é metade humano metade anfíbio, e sem saber bem explicar porquê os dois começam a criar um laço de afectividade bastante forte. A banda sonora transporta-nos para o lado mágico da coisa, sendo o filme uma clara homenagem ao celebre sci-fi Creature from the Black Lagoon, assim como uma demonstração que o amor pode ter muitas formas. Apesar do maravilhoso set design e do toque místico e de fantasia da banda sonora, The Shape of Water vive graças às performances, tanto de Sally Hawkins como de Richard Jenkins, Michael Stuhlbarg, Otavia Spencer e do magnifico vilão que Michael Shannon personifica, melhor que ninguém. Não deixa de ficar a mensagem poderosa de romantismo e de amor, que ultrapassa barreiras.

Classificação final: 3 estrelas em 5.

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